A Onésimo Almeida, na passagem dos seus 75 anos:Três quartos de século é uma grande razão para celebrar a vida e a obra do grande Onésimo. Para o século só lhe falta outro quarto de século, que ele saberá percorrer com a mesma graça com que percorreu os outros três. O Onésimo está sempre cheio de graças e é hora de darmos graças por ele ter tantas e boas. E, acima de tudo, graças por o termos.
Fora de graças: o Onésimo é um dos maiores pensadores sobre Portugal e a sua história. Como poucos ele vê, umas vezes de longe e outras vezes, felizmente muitas, de perto, o nosso país tal qual ele é, com
os seus defeitos e, vá lá, as suas virtudes. Se não somos melhor não tem sido por falta da pena e da voz do Onésimo a sugerir caminhos. Eu,
como ele, acredito que podemos ser melhores, acredito no progresso individual e colectivo. E, como
ele, quero cá estar amanhã a ver se esta ânsia de progresso se materializa. Ele, se aqui estivesse, contava-me já três graças sobre optimistas e pessimistas e todas elas teriam graça.
É feio ter inveja: mas, apesar disso, tenho alguma inveja da omnipresença do Onésimo quer
mental quer física, uma presença sob várias formas e sempre em boa forma.. É bom poder viver com ele perto,
mesmo estando longe: alguém que, do outro lado do rio Atlântico, nos aponta por vezes falhas ou imprecisões em textos num blogue ou num jornal para que, pelo menos na palavra escrita, vá havendo algum progresso. Como ele faz isso
com uma simpatia e uma graça que mais ninguém tem, proponho o verbo "onesimar".
Muito obrigado Onésimo. Por favor, continua a «onesimar», que isto sem «onesimação» fica não só mal expresso como um pouco sorumbático.
Um grande abraço do
Carlos Fiolhais
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