Informação recebida da Gradiva:
«O
talento de Jorge Buescu como divulgador da ciência matemática (e
portanto de todas as ciências) está na maneira como ele transforma a
descoberta e o avanço científicos em histórias de frisson quase detectivesco, levando-nos de caminho a praticar matemática e a raciocinar matematicamente. […]
Como
bom pedagogo, Jorge Buescu sabe das vantagens em desmitificar e
humanizar a ciência. Os caminhos da descoberta são sinuosos e cheios de
escolhos; há becos, bifurcações e vias que não levam a parte alguma.
Para a história ser bem contada, não se pode ignorar as polémicas, nem
esconder os erros debaixo do tapete. A matemática, como todas as
ciências, é feita por homens e mulheres, com qualidades e defeitos, como
os do público a quem se destina. Certo: neste livro há mais heróis do
que vilões e uns quantos excêntricos (para animar as narrativas).
Acima de tudo, há muito trabalho, anos a fio, às vezes em completo isolamento.»Jorge Calado, in «A ubiquidade da Matemática vista por um químico (uma digressão à laia de prefácio)»
Colecção «Ciência Aberta», 256 pp., €13,00 https://www.gradiva.pt/catalogo/45562/curvas-ideais-relacoes-desconhecidas-e-outras-historias-da-matematica
«Saúde e Fraternidade!» – A República Possível (1910-1926), de Fernando Pereira Marques
A situação em Portugal entre 1910 e 1926 não foi muito diferente da generalidade desituações coetâneas noutras sociedades europeias, do ponto de vista da radicalização da conflitualidade social e da instabilidade política. É, pois, redutor atribuir a queda da I República a «erros», a «faltas», a «desvios» – segundo as versões benignas de tipo historicista –, ou à perversidade «jacobina», «anticlerical», ou até «autoritária» dos políticos republicanos, segundo as versões de outros historiadores.
Em termos mais simples, não foi a balbúrdia de que falam alguns textos referindo-se a esse período, o caos ou a catástrofe que a propaganda salazarista descrevia ou que ainda vários sustentam, nem foi uma «Cousa Santa» traída por militares e por um ditador perverso.
Foi a «República possível» no contexto da sociedade portuguesa com as suas características e problemáticas específicas, um processo complexo mas modernizador que a ditadura militar e o salazarismo travaram eficazmente.
Colecção «Trajectos Portugueses», 312 pp., €13,00 https://www.gradiva.pt/catalogo/45566/a-republica-possivel-(1910-1926)
O Drama de Magalhães e a Volta ao Mundo Sem Querer seguido de Um Museu dos Descobrimentos: Porque Não?, de Luís Filipe F. R. Thomaz
O MAIOR DESCOBRIMENTO DA HISTÓRIA Fernão de Magalhães é, e a justo título, o mais conhecido e celebrado navegador da história universal. O seu nome está ligado a uma façanha inédita — a circum-navegação do Globo terrestre (1519-1522) — que, por ironia do destino, apenas teve lugar porque ele pereceu no decurso da viagem que planeara. Foi praticamente em desespero de causa que a nau Victoria (uma das duas que restavam das cinco partidas de Sanlúcar de Barrameda a 19 de Setembro de 1519) se decidiu a empreender a jornada de regresso, de Maluco a Espanha, pela rota portuguesa do Cabo, transformando assim em volta ao Mundo o que se previa ser uma viagem de ida e volta pelo Pacífico.
O mérito de Magalhães está, por um lado, em ter descoberto uma das passagens que ligam o Atlântico ao Pacífico, provando assim a circum-navegabilidade da Terra; mas está sobretudo em ter intuído que o regime de ventos daquele oceano — a que chamou Pacífico por o ter encontrado calmo ao nele entrar — devia ser idêntico ao do Atlântico, o que lhe permitiu escolher a rota certa e assim atravessar à primeira tentativa a sua imensidão, até aí inexplorada.
Um trabalho admirável daquele que, na área, é hoje, porventura, o investigador português com maior prestígio internacional, seguido de uma lição oportuníssima: Um Museu dos Descobrimentos: Porque Não?
Colecção «Trajectos Portugueses», 128 pp., €11,00https://www.gradiva.pt/catalogo/45564/o-drama-de-magalhaes-e-a-volta-ao-mundo-sem-querer
A Menina que Via o Mar de Várias Cores, de Vanda Gonçalves e Rui Sousa (ilustr.)
O
mar é azul. Excepto para Madalena, que conseguia ver várias cores no
mar, mas não sabia o que significavam. Jorgito, um amigo recente e
curioso, ajuda-a a tentar perceber a sua capacidade de ver o que mais
ninguém vê. Mas, entretanto, Madalena é raptada pelos Cientistas Sem
Escrúpulos, que tinham percebido como o estranho poder de Madalena de
ver o invisível valia muito dinheiro.
Conseguirá Jorgito, com a ajuda de Maenas, o caranguejo que gostava de organizar e planear, salvar Madalena?
Uma agitada aventura à beira-mar que vai divertir e ensinar coisas espantosas sobre os organismos invisíveis do mar.
Colecção « 48 pp., €11,30 https://www.gradiva.pt/catalogo/45568/a-menina-que-via-o-mar-de-varias-cores
Sem comentários:
Enviar um comentário