Transcreve-se aqui a publicação no facebook de Carlos Aguiar, professor na Escola Superior Agrária de Bragança:
O CIMO-Centro de Investigação de Montanha foi condenado à morte pela FCT.
Morremos na praia, com 14 valores (bastavam os 15), submetidos por uma “Proposal for a decision” mais fabulosa e incoerente do que um monitório da Santa Inquisição.
Para a FCT não chegou ter produtividade científica (o único critério objetivo de avaliação de uma UI&D) superior a n centros avaliados com Muito Bom (a começar pelos nossos vizinhos da UTAD), e estar localizado num território economicamente deprimido, de todo dependente do sector primário, bem no centro da montanha portuguesa.
Não chegou também ter excelentes instalações de investigação (acabou de ser entregue um novo edifício com equipamento laboratorial de ponta), um corpo ativo, produtivo e focado de investigadores, e boas ideias (avaliadores externos [sic]).
Mas cumpriu-se o desejo da FCT: a distribuição dos recursos será feito de acordo com um ranking informal das instituições universitárias portuguesas: primeiro a UP, depois a UL, e assim por diante, acabando nos Institutos Politécnicos.
Se o CIMO passasse à segunda fase da avaliação das UI&D, o IPB teria uma percentagem de investigadores com acesso ao financiamento estratégico superior à UP, UL … o escândalo rebentaria nos jornais ...
1 comentário:
As avaliações externas acabam sempre por ser muito injustas. Sei-o por experiência própria quando era ainda presidente do «meu» agrupamento de escolas. Acabam sempre por servir objetivos "exteriores" de que raramente temos conhecimento.
Lamento. (e lamento também não entender parte das siglas utilizadas)
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