No Dia Mundial da Filosofia, uma nota dedicada a Joel Costa que fez chegar muitas "conversas" que o campo da moral suscita ao mais comum cidadão.
A moral, como campo teorético que sustenta a formação de juízos e conduz a acção, requer constante interrogação, dissertação e síntese.
Este trabalho infinito, parecendo trivial, não é para qualquer um, pelo menos na extensão e profundidade que certos temas ou casos requerem.
As pessoas, em geral, apanham aqui e ali este ou aquele indício de ideia, todos juntos formam a sua opinião, a qual, ainda que num momento muito afirmativa, tende a esquecer-se ou se descarta-se… a vida impõe-se e é preciso ir caminhando…
Há, naturalmente, os académicos que escavam e consolidam a reflexão, mas pouco dela passa das revistas, livros e encontros especializados para o quotidiano, onde se esboça e onde é preciso que ganhe forma.
E há quem, com mestria e discernimento, faça a ponte entre esses dois mundos. Aqui, refiro-me muito concretamente a uma pessoa: Joel Costa, que, como se saberá, “escreve e apresenta” um programa na rádio pública (Antena 2) intitulado Questões de moral.
Esse programa chega ao fim e com ele chega ao fim a difusão dum raciocínio seguro, revelador duma inteligência de excepção, dum trabalho de investigação e de preparação imenso... transformado em prosa leve num tom belíssimo, envolta em fina ironia. E sem moralizar. Fica ao ouvinte a tarefa de traçar o seu pensamento.
Pode o leitor aceder aqui a mais de sessenta programas disponíveis.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
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1 comentário:
Do panteão
Um sim! É de margem critério.
Séria em delícia certeza,
de ser o mais terno mistério:
letícia de serena firmeza.
Que por terno o ser crinça,
sapiência é sede e luz mestra!
D'esta a esperança vos alcança
de clareza em lança e balestra.
Vos sois, dígnos acertos;
relatos, actos e aspetos
e, a magna virtude nem cansa,
densa, consistira erguida
é voz íntegra a terra garrida
dos autos, quão d'alta mansa.
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