Mais uma teoria disparatada, que nada tem de científico, que chega aos media um pouco por todo o mundo: a ideia, aparentemente defendida por dois cientistas, de que existe uma alma quântica. O Ciência Hoje deu a notícia em Portugal, mas esta foi reproduzida em meios de comunicação social de vários países do mundo, tais como a Austrália e o Reino Unido.
Onde estão as provas, os artigos científicos com revisão pelos pares, as experiências ou observações reprodutíveis que comprovam esta teoria? Não há. Em vez disso há duas figuras de autoridade apresentadas para a validar, o que é uma marca clara da falsa ciência. Todo este frenesim se baseia numa entrevista de um dos cientistas que foi apresentada num documentário norte-americano, narrado pelo actor Morgan Freeman. Só que entrevistas não validam teorias científicas porque nelas cada um pode dizer o que quiser.
Os jornalistas deveriam conhecer melhor o processo científico para não amplificarem disparates. Esta controvérsia nada tem de ciência ou científico. Tem dois cientistas envolvidos, o que é completamente diferente. Mas, infelizmente, no que aos media diz respeito e com muito honrosas excepções, continuamos a viver na ditadura do engraçadismo.
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