Nota complementar ao texto O tempo em geologia, publicado no passado dia 21, que nos foi enviado pelo seu autor, o Professor Galopim de Carvalho.
Ao reler o texto acima identificado, pareceu-me dever completá-lo com os elementos que se seguem.
Os avanços da Física com reflexos na avaliação da idade dos minerais e das rochas foram objecto de continuidade e aperfeiçoamento a partir dos anos cinquenta do século XX, nomeadamente, a partir do conhecimento dos tempos de meia-vida (na ordem dos milhares de milhões de anos) de alguns isótopos radioactivos presentes em determinados minerais das rochas, como são, entre outros, o isótopo 40 do potássio (40K) e o 87 do rubídio (87Rb), nos feldspatos potássicos (ortoclase, microclina) e nas micas (moscovite e biotite), ou os isótopos 235 e 238 do urânio (235U e 238U), e o 232 do tório (232Th), em outros minerais. Passou, então a falar-se de geocronologia isotópica.
As datações dos minerais e das rochas por esta via têm vindo progressivamente a enquadrar as antigas escalas litostratigráficas e biostretigráficas, integrando-as numa outra, conhecida por escala cronostratigráfica, expressa em milhões de anos, constantemente actualizada e aperfeiçoada.
Passámos, assim, a poder escalonar no tempo e em termos absolutos, a história de Terra e da Vida.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
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1 comentário:
Positiva e séria a Geologia com complemento.
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