Informação chegada ao De Rerum Natura.
A IMPRENSA
PORTUGUESA (1974-2010), um livro de JOÃO FIGUEIRA.
Desde “o dia inicial inteiro e limpo” até aos nossos dias, muitos jornais e
revistas nasceram e morreram, ao ritmo incerto e irregular dos sonhos,
das lutas, das desilusões e da esperança num país que aprendia a viver
em democracia. É sobre esses percursos, essas memórias e esses registos
que enfeitavam quiosques e animavam calorosas discussões de café,
num país ainda analógico e sem autoestradas, que se tecem as páginas
deste livrinho. Nem todas, verdade se diga, porque no curto período de
três décadas e meia o exercício do jornalismo, em Portugal, e as formas
de relacionamento com os públicos alteraram-se profundamente — e
dessas mudanças se dá também notícia aqui.
Do jornalismo que cheirava a tinta, borrava as mãos e que vivia no
epicentro da acção política, às redacções de hoje, todas tecnologia, sem o
fumo antigo dos cigarros e integradas em grandes grupos económicos ou
de comunicação, vai uma vida inteira de transformações profundas. Nem
sempre fáceis, quase nunca pacíficas. Como chegámos onde estamos?
João Figueira é docente na licenciatura e mestrado de Jornalismo da Universidade
de Coimbra e investigador no CEIS20. É autor dos livros Jornalismo em liberdade e Os jornais como actores políticos. O DN, Expresso e Jornal Novo no Verão Quente
de 1975. Foi jornalista durante mais de duas décadas, tendo conquistado alguns
prémios, entre os quais o de Reportagem atribuído pelo Clube Português de
Imprensa.
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1 comentário:
Dedicado a Imprensa Portuguesa por celebrar o livro do professor João Figueira.
Pastoril
Réstia moeda é a virtude,
vos quiséreis da saudade
sem emberna a terna idade
que grata, invade e alude.
Varonil quão suave berço,
embalara d'aura doirada,
poisada no canto e terço
o balido, forjara animada.
Oh, noite q'enluarada,
vos servira mea amada
e o manto, afora campo
n'este canto pastoril
a descência no espanto,
pastoreia o ar gentil.
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