Na sequência do meu texto Uma interrogação, escrito, reconheço, num tom algo circunspecto, venho, neste pequeno apontamento, destacar duas reflexões que ouvi e que felizmente contrariam a atitude a que me referi.
Uma reflexão é da lavra de João Gobern que, na sua crónica de rádio de ontem, dia 3 de Maio, relembra a racionalidade que deve guiar o nosso pensamento e os nossos actos em circunstâncias com aquelas a que me referi no texto indicado. São menos de cinco minutos de escuta, os bastantes para nos fazerem lembrar que somos pessoas, e que em circunstância alguma devemos abdicar dessa condição.
A outra reflexão é D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa que, em entrevista a Secundino Cunha, assinalou isso mesmo: a exclusão da dignidade, inerente a essa condição de se ser pessoa, que, por vezes, talvez vezes de mais, ousamos fazer. Subscrevo inteiramente as suas palavras que rematam a dita entrevista: "A forma como isto acabou é triste."
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3 comentários:
Miguel de Unamuno já nos tinha descrito:
«Portugal é um povo triste, e é-o até quando sorri. A sua literatura, incluindo a sua literatura cómica e jocosa, é uma literatura triste. Portugal é um povo de suicidas, talvez um povo suicida. A vida não tem para ele sentido transcendente. Desejam talvez viver, sim, mas para quê...»
"A paixão trá-lo à vida, e a própria paixão, consumido o seu alimento, leva-o à morte. Hoje o que lhe resta? Dentro de uns dias, em 1 de Dezembro, celebrar-se-ão as festas da restauração da sua nacionalidade, de ter sacudido a soberania dos Filipes da Espanha. No dia seguinte voltarão a falar de bancarrota e de intervenção estrangeira. Pobre Portugal!"
Portugal Povo de Suicidas
Ed. Letra Livre, 2010
Como diz Dalai Lama (e eu concordo) na "na luta olho por olho o mundo acabará cego".
A paz não se constrói com troféus (duvidosos) de mortos.
Nada é mais relevante ou elevado
do que a pessoa humana, a criatura,
em cujo interior se configura
uma imagem de Deus humanizado!
JCN
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