sexta-feira, 29 de abril de 2011

História Química de uma Vela de Michael Faraday



Excertos de A História Química de uma Vela de Michael Faraday, tradução de M. Isabel Prata e Sérgio Rodrigues, edição da Imprensa da Universidade de Coimbra e Sociedade Portuguesa de Química

Os dois primeiros parágrafos do capítulo inicial:

Proponho que, em troca da honra que me dão em virem até aqui para nos conhecerem, trazer-vos, no decurso destas lições, a História Química de uma Vela. Eu já abordei este tema numa ocasião anterior; mas, se dependesse apenas da minha vontade, trataria o mesmo tema uma e outra vez – tão elevada é a sua riqueza intrínseca, tão maravilhosas as contribuições que pode oferecer a todos os ramos da Filosofia. Não existe lei nenhuma no universo que não esteja de alguma forma relacionada com este fenómeno. Nenhum caminho é mais aberto, nem nos conduz melhor ao estudo da Filosofia Natural, que o estudo dos fenómenos físicos de uma vela. Assim, espero não vos desapontar tratando de novo este tema, ao invés de introduzir um novo tópico, que, acredito, não poderia ter tanto interesse como este.

Antes de continuar, deixem-me ainda dizer que, apesar de considerar este assunto tão elevado e ser minha intenção tratá-lo de uma forma honesta, séria e filosófica, mesmo assim, não me vou preocupar em falar para os mais velhos que estão entre nós. Concedo-me o privilégio de falar para jovens, como se eu próprio fosse um jovem. Assim o fiz noutras ocasiões e, se me permitem, assim o farei novamente. E, apesar de me encontrar aqui conhecendo as palavras que devo proferir ao mundo, isso não me impedirá de utilizar palavras familiares para vós que muito estimo estarem
aqui comigo hoje.


E o parágrafo final do último capítulo:

Na verdade há ainda mais uma coisa que eu queria aqui deixar antes de encerrarmos estas lições (porque nalgum momento vamos ter que chegar ao fim): queria expressar o meu desejo de que vocês, na vossa geração, possam ser comparáveis a uma vela; que possam como ela brilhar e iluminar aqueles que se encontram à vossa volta; e que todas as vossas acções possuam a beleza do pavio, tornando as vossas realizações honrosas e eficazes no cumprimento do dever para com os nossos companheiros.

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei do blog,tenho 2 blogs e 3 sites no google:
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Mónica disse...

muito bonito. encantador este texto, se algum professor meu tivesse falado assim numa aula teria sido fantástico!!! a maior parte eram tão malcriados que nem bom dia nem boa tarde
não conheço a historia da vela, de faraday só conheço a gaiola :D

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