quinta-feira, 18 de março de 2010
DIA MUNDIAL DA POESIA
É no Centro Cultural de Belém, no próximo domingo, dia 21 de Março. Ver programa aqui.
Na imagem: poesia "Máquina do Mundo" de António Gedeão (manuscrito na Biblioteca Nacional). Trancrição:
Máquina do Mundo
O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.
Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.
António Gedeão (Rómulo de Carvalho)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O corpo e a mente
Por A. Galopim de Carvalho Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
4 comentários:
Será que a Poesia... não merece mais que um dia?!... JCN
2010!
Neste ano de sinistras perspectivas
em que por decisões pec(aminosas)
nos estão reservadas dolorosas
e trágicas medidas restritivas,
vamos limpar, de facto, Portugal,
vamos limpá-lo, de uma vez por todas,
das hodiernas e nefastas modas
que fazem do país um lodaçal!
Vamos correr com tantos deputados,
que mais não são do que verbos de encher,
a par de ineficazes magistrados!
Para tantas mazelas e tão várias
não vão chegar, segundo quero crer,
as actuais lixeiras sanitárias!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Segundo a ideia que tenho,
poesia pode haver
em tudo que se quiser
desde a física ao desenho:
tudo é questão de, na essência,
ligar o sonho à ciência!
JCN
POR ATENÇÃO ÀS ROSAS
Não façam da poesia por favor
um caixote do lixo, uma esterqueira:
para esse efeito existe uma lixeira
em cada canto, para lá se pôr!
Evitem-se expressões despudoradas,
vocábulos, palavras escabrosas,
de fazerem corar as próprias rosas
vermelhas já de si... ruborizadas!
Repugna-me encontrar na poesia
metáforas de baixa qualidade
à laia dos Feitais e companhia.
Para esse efeito, como acima disse,
existe em cada canto da cidade
um sítio reservado à imundice!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Enviar um comentário