domingo, 30 de novembro de 2008

A PEDRA FILOSOFAL


Minha crónica no "Sol" de sabado (na foto uma imagem do novo Centro):

Está a terminar a Semana da Cultura Científica, que incluiu o dia 24 de Novembro, Dia Nacional da Cultura Científica. A data assinala o aniversário do nascimento de Rómulo de Carvalho, o professor, divulgador e historiador de ciência, que é talvez mais conhecido do grande público como poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão (o autor de “Pedra Filosofal”).

Pois foi precisamente nesse dia que abriu no edifício da Física da Universidade de Coimbra um novo Centro Ciência Viva com o nome de Rómulo de Carvalho. Em contraste com a maioria dos outros Centros Ciência Viva, que são sítios de descoberta científica através da experimentação, o novo Centro pretende fomentar a descoberta através da informação, sob as mais diversas formas: livros, revistas, filmes, programas de computador, páginas da Internet, etc. O Centro, que é a maior infoteca de divulgação científica em Portugal, irá colaborar com os demais Centros, com as escolas de vários níveis e com o público em geral na promoção da cultura científica. Vai crescer e aparecer.

Ideias não faltam, algumas bem originais: as colecções serão enriquecidas através de doações de amigos da ciência, à semelhança do que acontece nos países mais desenvolvidos (um editor quis ser o primeiro mecenas); numerosos livros e filmes poderão ser fornecidos por via postal para qualquer sítio do país; um programa de sessões presenciais, com transmissão na Web, mostrará escolhas comentadas dos melhores recursos para ensinar e aprender ciência (género “As Escolhas do Prof. Marcelo”); serão disponibilizados, também na Web, os resultados de concursos, nomeadamente os melhores registos vídeo de experiências caseiras e escolares, que todos os interessados poderão carregar e ver nos seus computadores, telemóveis ou Ipods; etc.

Num gesto simbólico, a família de Rómulo de Carvalho quis entregar um conjunto de livros que lhe pertenceram. Aquele núcleo de livros será a “pedra filosofal” do novo Centro, a pedra que vai permitir transformar metal em ouro, isto é, curiosidade em conhecimento.

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