Sumptuosas catedrais e mesquitas,
erguidas com fortunas e suor,
votadas a um deus que não exista,
servirão o fervor ou o terror?
Tanta pedra e também tanto luxo
votados àquilo que não tem prova,
alimenta-se em saber de bruxo
ou em arte que tal saber promova?
Aceitar o contraste perturbante
entre a fé que se não pode provar
e a pedra que a venera, triunfante,
mostra como se podem conjugar
a fé por que anseia o coração
com a recusa que vem da razão.
Eugénio Lisboa
quarta-feira, 24 de abril de 2024
VENERAR O QUE NÃO EXISTE
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
DAS PEDRAS AOS MINERAIS. SÉCULOS XVII E XVIII
Por A. Galopim de Carvalho Em começos do século XVII ainda se acreditava que as gemas como o diamante, o rubi, a safira, as ágatas, entre...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Não Entres Docilmente Nessa Noite Escura de Dylan Thomas (tradução de Fernando Guimarães) Não entres docilmente nessa noite seren...
Sem comentários:
Enviar um comentário