quarta-feira, 6 de setembro de 2023

POLÍTICAS (QUESTIONÁVEIS) GLOBAIS, PROBLEMAS GLOBAIS

Há alguns dias, uma jovem professora suicidou-se na escola onde leccionava. No diário, que terá deixado, sobressairá um crescente sentimento de mal-estar, devido, sobretudo, à ingerência dos pais dos alunos no seu trabalho. O facto de muitos colegas se reverem nesse sentimento e, de outros dois terem feito o mesmo que ela, desencadeou manifestações não autorizadas que encheram ruas. 

Queixam-se, em acréscimo, da desvalorização social do seu ofício, do aumento das tarefas que ele envolve, da negação da autoridade docente, do comportamento violento de alguns alunos, da pressão constante de muitos pais, da exigência de disponibilidade permanente, da cultura de reclamação...

Não me refiro a um país situado na Europa ou na América, para os quais, possivelmente, encontraríamos compreensão no imediato; refiro-me à distante Coreia do Sul. Acontece que as políticas globais para a educação escolar abrangem uma infinidade de países, este incluído. Logo, os problemas que identificamos num, estão em todos os outros, já configurados ou em vias disso.

Sobre o assunto, vale a pena ler duas notícias (aqui, aqui) e ver a seguinte reportagem da BBC.

1 comentário:

António Pires disse...

O sentimento de mal-estar vivido pelos professores da Coreia do Sul que, infelizmente, pode ter consequências trágicas, como são os suicídios de professores, é o mesmo mal-estar que se vive quotidianamente nas escolas portuguesas.
Por exemplo o problema da indisciplina dos alunos e a perda da autoridade docente, a todos os níveis, são temas tabu, e praticamente inexistentes, para os responsáveis políticos da educação em Portugal. Se o sucesso escolar a todo o custo implica o suicídio de professores, então que se suicidem!

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...