O Público de ontem (aqui) deu conta das ideias políticas de uma candidata à liderança de certa "juventude" partidária. Basicamente, apontam para a (recorrente) "modernização e digitalização" da escola.
Em concreto, pretende que:
- se substituam os manuais em papel por manuais digitais;
- se mudem os métodos de aprendizagem;
- se introduza a programação no 1.º ciclo do ensino básico;
- os alunos participem na avaliação dos professores;
- ...
Ideias vagas, erradas e periféricas em que todos os partidos, mais à esquerda ou mais à direita, insistem.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O corpo e a mente
Por A. Galopim de Carvalho Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
3 comentários:
A doutora Margarida Balseiro, sabe quase tão bem como eu, um simples mestre de meninos de escola (EB-1,2,3+S), que nunca mandará na política educativa em Portugal que, desde o Verão Quente de 75, pelo menos, é comandada a partir de capitais estrangeiras, como Bruxelas, para não irmos mais longe!...
No ensino profissional, que foi integrado no POCH, cofinanciado pelo Portugal 2020 e pela União Europeia, os eurocratas decidem que eu sou obrigado a dar 50 horas, contadinhas ao minuto, de formação em Física e Química a formandos que ingressam nesta via de ensino porque é mais fácil e lhes dá direito a subsídios vários incluindo o que lhes permite comer diariamente na cantina da escola, mas que, dado que a própria legislação dos cursos, não prevê retenções nem reprovações de formandos, se estão borrifando para a Ciência!
Os senhores comissários, nos seus gabinetes sobreaquecidos nas sedes dos organismos europeus, em cidades do norte da Europa, são quem decide se os manuais são em papel ou digitais, se devem ser os alunos a avaliar os professores ou os professores a avaliar os alunos, se na escola primária se deve aprender programação e, em resumo, decidem todos os pormenores que fazem parte do complexo e dinâmico processo do ensino/ aprendizagem em Portugal.
O resultado deste comando a distância é os formandos não aprenderem nada, acederem mais facilmente ao ensino superior de que os alunos normais e, com os seus diplomas de grau 3, ou lá o que é, contribuirem para as estatísticas muito positivas do estado da formação profissional em Portugal!
Direita, procura-se!
Não percebo porque é errado substituir os manuais em papel por manuais digitais. Os dispositivos através dos quais os alunos acedem aos manuais podem ter ativadas certas restrições (ter o Facebook bloqueado, os jogos, serem impedidos de instalar outras aplicações, entre outras) e isso é muito, muito fácil de fazer. Por outro lado, é menor o peso da mochila se levarem os tabletes do que se levarem vários livros.
Enviar um comentário