quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Destaque à progressiva subida de Portugal na escala do PISA

Imagem ilustra a notícia referida neste texto (aqui)

Os resultados alcançados pelos alunos portugueses na última passagem do Programa Internacional de Avalição de Estudantes (PISA), que incluiu setenta e três países e econominas independentes, têm sido notícia em vários jornais estrangeiros.


Numa notícia do The economist do passado sábado, intitulada O que pode o mundo aprender com os últimos resultados do teste PISA, dizia-se que a mudança de posição de Portugal - acima da média da OCDE -, apesar de ter demorado, era impressionante.

Aludia-se ao facto de temos, desde 2006, melhorado sempre o desempenho académico, ainda que de modo pouco pronunciado em cada ano.

Perguntou-se ao ex-ministo Nuno Crato quais as razões que justificariam uma subida, que teve um efeito de surpresa que foi além do nosso país (ver aqui).

3 comentários:

Ildefonso Dias disse...

Senhora Professora Helena Damião;

Num teste de matemática do 5. ano surge a seguinte questão:

37 + (11 + 19) = __ + 30 ; e pede-se para o aluno completar e indicar a propriedade que está a ser utilizada!!

Ora sabe a senhora Professora Helena Damião que as propriedades da Adição, que se ensinam no manual, são certamente, as mesmas do currículo? as mesmíssimas que se ensinam em sala de aula? e são as seguintes:

- A propriedade Associativa;
- A propriedade Comutativa;
- A existência de Elemento Neutro;

Então diga-nos lá, Professora Helena Damião, qual a propriedade que o aluno deve indicar?

Estou certo que não lhe custará, porque sabe, responder.


P.S.: Nuno Crato tem, evidentemente consciência da gravidade destes casos como este que aqui relato. Já no seu livro "Eduques em discurso directo" enunciava casos incríveis. Como fica uma criança que aprendeu as propriedades..., e porque não se ensina, a propriedade a + b é sempre um número, e a propriedade a + b está univocamente determinado; evitava-se que o aluno fosse vitima do professor, como no exercício acima!! Bem pode por isso, Nuno Crato rir daqueles que julgam ensinar-lhe alguma coisa, na verdade nem tem consciência da sua ignorância. É o que é.








Helena Damião disse...

Prezado Leitor Ildefonso Dias
Na verdade, desta vez não vi os testes Pisa.
A situação que aponta, de falta de coerência no processo curricular, é provavelmente mais comum do que supomos.
Cordialmente,
MHD

Jaime Carvalho e Silva disse...

Os jornalistas raramente são boas fontes de interpretações em áreas específicas como a educação (ou a saúde, a economia, etc). Começa logo com o facto de a subida ser contínua desde o ano 2003 (como o ano 2000 foi o primeiro, aí não se pode falar de subida...) e de a subida para 2015 não ter sido a maior (embora os valores não possam ser tomados em termos absolutos pois são afetados incerteza estatística). A subida de 2009 para 2015 foi de 5 pontos mas de 2000 para 2003 foi de 12 pontos e de 2006 para 2009 foi de 21 pontos! E diz-se "apesar de ter demorado" a subida?
Quanto às razões dadas pelo Nuno Crato são pura politiquice, mas reservo uma análise mais completa para momento posterior!

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