sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Imaterial em Serralves

Do nosso leitor Augusto Küttner de Magalhães recebemos esta crónica de um encontro em Serralves com José Mariano Gago, Miguel Cadilhe e Artur Santos Silva:

As políticas e estratégias públicas: a resposta dos Estados à globalização e à nova economia baseada do conhecimento.


Voltamos a ter, em boa hora - quinzenalmente - às quintas-feiras às 21h30 em Serralves, o Ciclo o Imaterial, neste caso o II, com o título "Cidadãos, Instituições, Fronteiras e Capitais", comissariado novamente por Artur Castro Neves.
Nesta última feira - 13 de Junho de 2013 - o tema foi: "As políticas e  estratégias públicas: a resposta dos Estados à globalização e à nova economia baseada do conhecimento", com José Mariano Gago e Miguel Cadilhe, com moderação de Artur Santos Silva

Muito interessante tudo o que cada um disse e o modo como foi dito por cada um. Portanto, não tenho outra alternativa, aqui e agora, do que deixar um resumo demasiado resumido com uma ou outra frase supostamente mais significativa de cada um. É,  claro, muito pouco, pois só quem lá esteve ouviu e viu tudo.

Artur Santos Silva  - A Educação tem um papel muito importante na tão necessária valorização  dos recursos humanos. Algo que, em várias outras ocasiões, tem sido muito referido por ele próprio, designadamente numa outra conferência em que foi orador também em Serralves sobre Educação.
José Mariano Gago -  O desenvolvimento científico cresceu muito em quase todo o mundo na ultima década, mormente 77% nos países em desenvolvimento. Também os EUA estiveram sempre a crescer nessa área.
No nosso país esse crescimento foi paulatinamente acontecendo nas últimas três décadas. Vínhamos de muito pouco e alcançámos bastante. Contudo, nos últimos dois anos  os cientistas qualificados que estamos a produzir não estão a encontrar emprego, pelo que vão continuar a emigrar para países em desenvolvimento. A sua falta será trágica para o nosso país.
Muitos pais sem estudos incentivaram os seus filhos a estudar em várias áreas, mas, se for para não terem   colocação compatível – como está a acontecer -, no futuro próximo deixarão de insistir com os filhos para prosseguirem estudos.
Miguel Cadilhe - Quanto mais se investir no Imaterial mais ganharemos em competitividade. É, claro, necessário o investimento também e sempre no Material, mas tendo sempre em conta e cada vez mais os “custos de contexto”, termo por si inventado e utilizado quando estava à frente da API.
De todos houve, muito justamente, elogios recíprocos pelo trabalho realizado durante os últimos anos em várias funções no nosso país,.
Uma noite muito interessante noite, embora tenhamos ficado todos  ficando todos, vulneráveis como estamos,  com mais medo do presente e do futuro. 
Vivemos  tempos interessantes, mas também muito difíceis e assustadores! Este País, esta Europa, estes tempos!

PS) Aproveito aqui e agora para referir algo que define a modéstia de Artur Santos Silva, que conheço há muito, e da sua família. Ouvi por mero acaso um seu neto, de 8 anos,  na antevéspera da última Pascoa, dizer: "Estou agora menos com o meu avô, porque ele foi trabalhar para Lisboa para a Gulbenkian." Isto dito num local informal sem que o rapaz soubesse com quem estava a falar. O avô, que eu tinha cumprimentado à entrada, estava por perto, mas nem se apercebeu,  Pois o rapaz não disse o que tantos - filhos, netos, etc. - teriam dito: "O meu avô está menos comigo porque agora  é Presidente da Fundação Gulbenkian". Que diferença. 

Augusto Küttner de Magalhães

2 comentários:

Anónimo disse...

Parece impossível que uma criança de 8 anos ainda não perceba o que é ser Presidente.

augusto kuettner de magalhaes disse...

O que isto sr. anónimo??????????????está a brincar? acha-se engraçado? ou......

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