terça-feira, 4 de junho de 2013

Em nome de quê?

O direito à privacidade e à dignidade, que tanto custaram a gerações passadas conquistar são, a cada dia que passa, negligenciados, ignorados ou negados.

Em nome da segurança, em nome da transparência, em nome sei lá de quê, as instituições que deviam defender esses direitos, procedem inexplicavelmente de modo contrário.

Tenho anotado no De Rerum Natura várias situações críticas, mas, neste como noutros casos, a realidade supera a imaginação. De facto, estaria fora do meu alcance imaginar que o próprio Estado pudesse sequer considerar a possibilidade de divulgar dados como o que o leitor encontra nesta notícia do jornal Público de ontem.

4 comentários:

joão viegas disse...

Pois, também acho excessivo. No fundo, uma estrela amarela pendurada ao peito, ou uma braçadeira a dizer "pobre" seriam perfeitamente suficientes...

Estão cada vez mais à vista as razões que levaram os partidarios do governo a pugnar contra o ensino da constituição no secundario...

Boas

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Desde que o mundo é mundo a civilidade lapida o embrutecimento. Esta, procede segundo regras e argumentos para a convivência pacífica de classes de indivíduos que diferenciam segundo o dever e a obrigatoriedade. Claramente, neste processo o conceito de origem econômica o pobre e o rico.

Nem sabendo ser diferente; reservado de excesso o mundo que compreendemos a fortuna é assim: do mais educado e instruído. Estímulos que permeiam, viver e permitir aos seus de acolhida confortável, transmitindo (herança) independente de luxo ou simplicidade, abastecido de conhecimento. Viver bem, para além de agradável é saudável.

O critério de aviar listas seja de rico ou de pobre, diria que é um patrimônio que gesta controle ou ingenuidade?! Até que ponto, ser ético é inibir a privacidade?! As redes sociais também, hospedam... regem privacidade?!

Anónimo disse...

O Ministro das Finanças alemão não preconizou que os países com deficit deviam ter a bandeira içada a meia haste lá na UE? Vá lá que não recomendou que os cidadãos, ou pelo menos os governantes desses países andassem com uma estrela amarela ao peito. Mas andou perto da ideia tão cara a certos alemães (e outros).

William Fontana disse...

Me sinto sem privacidade tb, é como um doença me sinto mau!