No Réveillon, termo francês que evidencia o despertar para uma nova etapa, celebra-se no Ocidente a entrada no Ano-Novo, de acordo com um calendário anual.
Em Roma, no período da república, os anos não eram contados, mas nomeados em homenagem aos cônsules. Contudo, é romano o calendário ocidental que fixa o dia 1 de Janeiro como o primeiro dia do ano, segundo um decreto do governador Júlio César, presumivelmente em 46 a.C.
Janeiro é o mês dedicado a Jano, divindade representada com duas cabeças, uma virada para a frente e outra para trás, que nunca se cruzavam, mas que indiciavam a importância do Passado e Futuro no caminho humano.
Jano era, deste modo, o deus tutelar de todos os começos e patrono de todos os finais.
Consta que o seu templo se abria enquanto durassem os conflitos bélicos, para ser encerrado apenas em tempos de paz, numa tradição que perdurou até ao século IV d.C. Este templo, erguido em Roma na região do Fórum, teria permanecido encerrado por longos anos durante o pacífico reinado de Numa Pompílio; uma vez reaberto, só voltou a ser fechado após a segunda guerra púnica, e mais tarde já no reinado de Augusto.
Supostamente o costume das populares Janeiras conterá memórias da saudação que os romanos davam a Jano ao entoarem cânticos, como um modo de propiciar a boa fortuna e ao trocarem também um bolo de frutos secos a que acrescentavam pequenas lembranças simbólicas.
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2 comentários:
Não deixa de ter piada essa de a dupla face de Jano olhar uma para a frente e a outra para trás! Pergunta-se: para a frente e para trás de quê?... Não seria mais correcto dizer-se... que olham em direcção oposta? JCN
Convém rever e precisar... a teoria exposta. JCN
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