quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O CLUBE DA HIPOTENUSA 1

Do livro "O Clube da Hipotenusa", do matemático espanhol Claudi Alsina, acabado de sair na Planeta:

Matemáticos com o Prémio Nobel

"Toda a gente sabe que há Prémios Nobel da Paz, da Literatura, da Física, da Química, da Medicina, da Economia... mas não há Prémio Nobel da Matemática. Como também não há de História, de Veterinária, de Ecologia... e um sem-fim de dignas especialidades. O caso da matemática foi motivo de diversas lendas impossíveis de verificar (esquecimento, prevenção para que o matemático Götha Mittag-Leffler não o pudesse ganhar, más recordações escolares de Alfred Nobel, etc.).

De qualquer forma, muitos matemáticos têm o Prémio Nobel. Como poderá ser, se não existe? Simples! Não existe Prémio Nobel de Matemática, mas o senhor Nobel não deixou escrito que matemáticos versáteis não pudessem ganhar um Prémio Nobel noutra especialidade. E assim foi. O primeiro caso foi espanhol e deu-se já oito anos depois da morte de Nobel (1896), quando, em 1904, José Echeragay y Eizaguirre (1832-1916) ganhou o Prémio Nobel da Literatura. Este homem multifacetado dedicou-se só à engenharia, à política, à matemática, à física, à poesia e às obras de teatro. Graças a esta especialização, destacou-se em tudo o que fez. Teve também tempo para ser ministro das Finanças e do Fomento. É de salientar que o seu trabalho matemático foi essencial para modernizar a matemática da época, sendo considerado o melhor matemático espanhol do século XIX. Pegue numa esferográfica e comece a sua carreira literária. Mesmo que trabalhe numa grande superfície ou seja bombeiro, pode seguir o exemplo de Echegaray. Todavia, nenhum escritor profissional conseguiu (ainda) ganhar um grande prémio de matemática."

Sem comentários:

EMPIRISMO NO PENSAMENTO DE ARISTÓTELES E NO DE ROGER BACON, MUITOS SÉCULOS DEPOIS.

Por A. Galopim de Carvalho   Se, numa aula de filosofia, o professor começar por dizer que a palavra empirismo tem raiz no grego “empeirikós...