quarta-feira, 20 de junho de 2007

CIÊNCIA E POESIA


A propósito do post da Helena sobre a poesia no ensino básico, trancrevo um poema de um livro de Armando Pinheiro que mão amiga me fez chegar hoje (Armando Pinheiro, "Uma Antologia", Selecção e prefácio de Manuel António Pina, ASA, Porto, 2004). O desenho é de José Bandeira, tendo saído no meu livro "Nova Física Divertida".

OS DADOS QUE ROLARAM

Deus jogou os dados?
Lançou-os sobre a mesa de pano verde,
e saiu, por exemplo, um casal de melros
como eu vi, ontem, no meu quintal,
maravilhoso, a brincar?

26 comentários:

Alef disse...

Uma pequena nota, pela referência implícita a Einstein. No post «Einstein e a religião», de Carlos Fiolhais, disse-se que Einstein não acreditava num Deus pessoal. Não tenho muitos dados sobre o assunto, mas há dias deparei-me com um texto que parece contradizer essa ideia, a menos que esteja falseado ou mal traduzido. O dito texto vem com uma referência, pelo que alguém poderá averiguar. Encontrei-o aqui e diz assim (destaque meu):

«La generalizada opinión, según la cual yo sería un ateo, se funda en un gran error. Quien lo deduce de mis teorías científicas, no las ha comprendido. No sólo me ha interpretado mal sino que me hace un mal servicio si él divulga informaciones erróneas a propósito de mi actitud para con la religión. Yo creo en un Dios personal y puedo decir, con plena conciencia, que: en mi vida, jamás me he suscrito a una concepción atea».

Albert Einstein. (Deutsches Pfarrblatt, Bundes-Blatt der Deutschen Pfarrvereine,1959, 11).

Alef

Anónimo disse...

Acabei de ler no Expresso um artigo sobre as novas regras de condução para católicos e confesso que estou indecisa: não sei se coloque este comentário nesta caixa (pelo título do post), se o coloque num dos posts de poesia. Afinal não deixa de ser poético pensar que é desta que os condutores portugueses (penso eu maioritariamente católicos) vão passar a respeitar o Código da Estrada.

guida martins

Anónimo disse...

Com tanta indecisão enganei-me e não coloquei o comentário onde devia, ou seja, na caixa do post mais abaixo intitulado "Há tesouros no quiosque - oculta". Afinal, a notícia soou-me a "tesourinho deprimente".

guida martins

Alef disse...

Também pode acontecer o contrário, guida. Como «passaram» a ser «mandamentos do Vaticano», as infracções podem ser justificadas como um acto de pirraça ou apostasia... :-P Pelo que poderão as autoridades começar uma nova campanha: «Se for anti-católico, não conduza». :-P

Alef

Fernando Dias disse...

O nosso mundo é a linguagem. Esta não é mais do que um jogo ininterrupto onde a experiência humana do mundo se realiza, desenvolve e transforma. O ser é a linguagem. A linguagem é o mundo onde se realiza toda a compreensão e existência do ser. A linguagem poética é uma linguagem compreensiva, que como tal, estabelece uma relação directa com o ser.

O tecnocientista, se cai em si, quando regressa à sua vida vulgar para amar, viver, etc., torna-se poeta. Enquanto tal, fica admirado pela sua audácia tecnocientífica, sobretudo pela sua intromissão nesta vida de sentido poético, e pergunta: como é possível?

Esta é a fractura ou clivagem da razão humana. Entre por um lado aquela parte que diz respeito à vida vulgar em que amamos, e por isso portadora de algum valor e algum sentido, e a outra parte que é operativa, matemática, que não só não combina com o valor anterior, como muitas vezes é contraditória com ele.

A linguagem poética é uma linguagem que não se afirma nem num sentido específico da práxis social humana, nem num sentido formal e abstracto. Afirma-se num sentido compreensivo quanto ao valor originário e primordial da vida.

Carlos Fiolhais disse...

Circulam muitas frases apócrifas de Einstein. O livro de Alice Calaprice, "The New Quotable Einstein", Princeton University Press, 2005, é uma boa fonte de citações confiáveis. Eis algumas sobre Deus e religião, que acrescem a outras mais conhecidas:

"Não consigo conceber um Deus pessoal que influenciasse directamente as acções dos indivíduos... A minha religiosidade consiste numa admiração humuilde pelo espírito infinitamente superior que se revela no pouco que conseguimos compreender do mundo conhecido."

"Não sou um ateu, Não sei se me posso classificar como panteísta. O problema em causa é demasiado vasto para as nossas mentes limitadas".

"Não consigo conceber um Deus que recompensa ou pune as suas criaturas ou que tenha uma vontade do tipo daquela que nós próprios experimentamos".

"A principal fonte dos conflitos actuais entre as esferas da religião e da ciência é o conceito de um Deus pessoal."

"A ideia de um Deus pessoal é completamente estranha para mim e parece-me mesmo ingénua".

Anónimo disse...

Confiável porque vai ao encontro das ideias do Carlos Fiolhais.

Anónimo disse...

Pessoalmente, eu gostaria de que fosse hipoteticamente verdadeira aquela citação de Einstein que o Alef deixou aqui. No entanto, parece-me feita de encomenda, demasiado "total" para ser solidamente cerdível. Não costumo aceitar o que se diz que alguém disse segundo o que me interessa, mas segundo o que parece verdadeiro. E estamos cheios de citações falsas. É a famosa "eppur si muove", criada dois séculos depois da morte de Galileu; é o Voltaire a afirmar que defenderia até à morte o direito de alguém dizer o que pensa, ainda que contrário a ele (disse algo ligeiramente semelhante, mas nada de tão forte) e muitas outras.
falei já do caso de Rolf Hochhuth, que lanççou numa peça de teatro a ideia de que Pio XII era nazi. Há quem acredite nisso. Mas este mesmo senhor (agora já senhor mesmo pela idade) negou há pouco tempo que tivesse havido um plano para o extermínio dos Judeus. Quem é contra os Judeus talvez acredite, quem condena o horror da Shoah decerto que não. No entanto, o critério não pode ser esse dos sentimentos.
E fico-me por aqui.

Anónimo disse...

Desculpem ter ido para os ares o comentário sem ter sido revisto nem o nome completo. Toquei na tecla errada, obviamente.
Daniel de Sá

De Rerum Natura disse...

Meu caro Daniel Sá:
O que disse Albert Einstein está documentado e pode ser comprovado. Não é uma questão de crença. Há cartas e livros escritos e revistos por ele em que fica bem clara a sua posição sobre Deus e a religião. Mas a posição dele não tem que coincidir com a nossa. Cada um é livre de pensar o que quiser sobre assuntos como este que são do foro individual.Não pode é falsear o pensamento de outros conforme as suas conveniências.
Cordialmente
Carlos Fiolhais

Alef disse...

Caro Daniel:

Tem razão no que diz. Também detesto citações falseadas. Há algum tempo dei-me ao cuidado de averiguar a veracidade de várias supostas citações de autores cristãos sobre a mulher, todas elas terríveis, que aparecem em vários «sites» ateus ou anti-cristãos. Todos os que vi estavam falseados (inclusivamente com acrescentos inacreditáveis) ou cirurgicamente tiradas do contexto.

Neste caso, na suposta citação de Einstein, também pus a possibilidade de ter havido falsificação ou erro de tradução. Mas pu-la cá por duas razões: (a) o Carlos Fiolhais tratou directamente a questão e (b) a suposta citação apresenta a suposta fonte. Pode ser que alguém queira conferir... Seria muito bom.

Aproveito para o cumprimentar por vários dos seus comentários que tenho apreciado. Também gostei de «o» ler no «Vercial».

E, já agora, um desafio: tendo em conta os muitos dados que possui, porque não inaugurar «O Livro Negro das Citações»? ;-) A Internet é, infelizmente, também um modo de propagação do erro, cuja repetição dá a ilusão de fonte segura e de verdade. Desmascarar estes e outros erros seria um bom serviço à humanidade!

Alef

Anónimo disse...

Não encontro - por observação do mundo - nenhum indício racional da existência de um deus pessoal. Por isso mesmo não me parecem importantes as ideias que sobre isso possa ter Einstein.

Tanto quanto sei, a religião cristã - porque é essa que está sempre na linha de mira - fala de um deus que se manifesta, e não de um deus que se deduz.

Aliás, quem quereria um deus assim?

Os versos são belíssimos.

Anónimo disse...

O professor Fiolhais, qual shaker de blogs, lança aqui um poeminha inocente de aparência, mas, carregadinho de densidade temática. Se calhar, está à espera que a gente se equipe com os utensílios que a professora Helena deixou aqui, mais abaixo, para escalpelizar o seu teor.

Dissecá-lo? -Eu não! Pfs… Pfs...Senão, não tarda estamos a ser acusados de promotores de mais uma ideologia científico-social extremista e sujeitamo-nos a assistir a um complôt dos senhores de gravata de bruxelas com outros, quem sabe desta vez com os senhores de batina da santa fé e sujeitamo-nos a levar com outra declaração politicamente "polida catéspelha".

Um momento...
Ai é?...

Um aforismo?!... Ié liindo! ... Que arte! E, interrogativo.

Ó Professor, por acaso não sabe se os melrinhos tiveram crias? Também devem ser lindas!

Artur Figueiredo

Anónimo disse...

Meus caros Alef e Carlos Fiolhais
Este tema dos falsos autores é apaixonante. O que vale é que há maneiras de perceber o que pertence a quem sem termos de ler tudo o que cada um terá escrito, o que é praticamente impossível. A escrita e a estrutura de pensamento deixam uma marca quase tão identificável como o timbre da própria voz. Um exemplo simples. Antes e depois de Fernando Pessoa foram vários os que disseram "a minha pátria é a minha língua". A impressão pessoal do nosso poeta ficou em ter acrescentado "portuguesa" a este pensamento.
Fez furor há pouco tempo a descoberta do chamado Evangelho de Judas, cuja existência sempre foi conhecida. O curioso é que pessoas que não dão crédito aos Evangelhos canónicos se mostraram dispostas a acreditar neste. No entanto, da sua leitura conclui-se facilmente ser um produto mal fabricado, trabalho de amador. Uma das marcas que o distinguem dos outros é a maneira de narrar muito distante dos semitas, que ainda se nota sobretudo nos sinópticos. Isto para além da desconexão interna da obra.
Outra fantasia moderna de grande aceitação é o hipotético romance de Jesus com Maria Madalena, por muitos confundida com Maria de Betânia. No entanto, a lenda é relatvamente recente, e foi criada por um teólogo alemão, Karl Heinrich Venturini, no início do século XIX, num grande livro sobre a vida de Jesus. Ele pôs lá a história como hipótese, o resto tem sido a imaginação que se sabe.
Já agora, deixo uma curiosidade da minha experiência pessoal. Nesse sítio de Literatura Portuguesa que o Alef consultou, constam dois sonetos meus em que tentei imitar Natália Correia. Pois em vários blogues podem ser lidos atribuidos à própria Natália! Também lá se encontra um sermão que criei para o padre António Vieira, num romance sobre a Inquisição. Não tem faltado quem o julgue autêntico, incluindo uma crítica da revista "Brotéria".
É certo que facilmente se percebe quando um texto é apócrifo. Mas, por distracção nossa ou outras razões, há alguns que nos enganam mesmo. Como aquela carta em que García Márquez se despediria da vida e que circulou na Internet e foi muito citada. Era apenas uma imitação razoável, nada mais, mas enganou muita gente.

Carlos Fiolhais disse...

Caro Artur Figueiredo
Pois para mim o mais interessante neste poema é a interrogação, ou melhor as interrogações. São logo duas... Há um casal de interrogações!!
Quanto aos melros terem procriado, a sua interrogação é legítima. Eu não sei, mas espero que sim.
Carlos Fiolhais
PS) Espero também continuar a lê-lo neste blog... Faço-o com gosto.

Anónimo disse...

Professor Fiolhais,
vinha a esta caixa deixar um comentário e fiquei um pouco embaraçado. Decidi deixar o comentário tal e qual ele estava feito. E obrigado pela sua enorme disponibilidade para connosco.

Cá vai o comentário.

Também reparei na notícia, já comentada nesta caixa, do código de conduta dos condutores católicos.

Pelo pouco que li, a declaração do Vaticano mais uma vez tem o dom (já começo a pensar se não será um dom divino) de não acrescentar nada ao código de estrada, além da norma de fazer o sinal da cruz, antes de entrar no carro.

Algumas dúvidas me restaram. Será que essa norma também se aplica às motorizadas? E às bicicletas? As máquinas de obras estarão fora do referido código de conduta? E os ateus não passarão a estar em vantagem para assumir profissões como carteiros, distribuidores de mercadorias ou vendedores diversos?

Não sendo católico, fumo uns cigarrinhos. Também há católicos que o fazem. Sendo uma atitude perigosa para nós e para os outros, causa de polémicas tão actuais, não seria de se estabelecer também um código de conduta? E para os soldados, não seria de bom-tom terem direito a uns conselhos antes de pegar numa arma? Afinal uma arma também representa um perigo para o soldado que pega nela, e uma guerra também faz muitos mortos.

Do local onde trabalho, tenho assistido algumas vezes a uma vizinha idosa que faz o sinal da cruz antes de arrancar as ervinhas que teimam em tentar sobreviver no pavimento da sua eira. Pergunto-me, não teria também a sua vantagem, um código de conduta para católicos mais "verdinhos".

Eu sei que sou um chato. Mas que culpa tenho, se no que acredito e que adoro é a Vida e as manifestações da Natureza. Que culpa tenho eu, que não sinta necessidade de criar um ser ou entidade que possa venerar ou acusar por todas as excelências ou defeitos que essas manifestações da natureza evidenciem.

Não sou cientista, sou um simples mortal. E há coisas que me fazem pensar. O senhor deus, tão omnipresente como o apresentam, e nunca teve uns segundinhos para falar comigo. Renegado como sou por ele e imbecil como sou considerado pelos que têm esse privilégio, não terei o direito de me indignar? Ora esta!

Nós não podemos falar de nada porque não somos especialistas, só dizemos disparates e ofendemos quem não pensa como nós. Já o senhor papa e a prol são uma sumidade em ciência cujos bitaites sobre esta ou aquela teoria ou pseudo teoria, são fé para nos orientar.

Aprende-se muito neste blog.

Artur Figueiredo

Anónimo disse...

Post scriptum
Quando eu disse que outros, antes ou depois de Pessoa, disseram "a minha pátria é a minha língua", referia-me a estrangeiros, como Oscar Wilde ou Albert Camus.
Um comentário para o Artur: experimente ler o Livro de Job, uma das peças literárias mais belas de sempre, e verá o que é zangar-se com Deus. O que o meu caro diz não é nada comparado com Job, aliás, com o autor do livro, que é uma história de ficção com fundo moralista.

Anónimo disse...

Caro Daniel de Sá,
não me posso zangar com deus, eu não acredito na sua existência!

Indigno-me (e não, zango ou irrito) com a natureza, ou melhor com uma das suas manifestações, os humanos.
Conforme estava no meu comentário.

Artur Figueiredo

Anónimo disse...

Caro Artur
Como é que se pode interpretar isto que escreveu?
"O senhor deus, tão omnipresente como o apresentam, e nunca teve uns segundinhos para falar comigo. Renegado como sou por ele e imbecil como sou considerado pelos que têm esse privilégio, não terei o direito de me indignar? Ora esta!"
Deixe lá, num dos meus livros eu disse de uma personagem que ela odiava Deus como se Ele tivesse culpa de não existir.
Não sei se é o seu caso, mas, como crença ou desejo, Deus está presente na maior parte da literatura. Da minha parte, pode ter a certeza de que não considero imbecil quem não acredita em Deus. E este não é sentimento comum aos crentes em relação aos não crentes.
Um abraço.
Daniel de Sá

Bruce Lóse disse...

Artur,

Não vejo que os novos mandamentos façam mal a alguém, mas perdeu-se mais um non possum para acabar com o vazio doutrinário sobre crucifixos no retrovisor... Que pena o signatário da nova tábua negligenciar o combate à pura superstição e não resgatar também os santos do tablier. Como protesto o meu carro continuará com as ferraduras rebitadas no pára-choques.

Anónimo disse...

Non possumus
Quod solea avertat

Anónimo disse...

Bruce,

Parece-me que sofre do mesmo defeito de fabrico que eu: quando tenho de pedir, exijo prato de “cruto” (o acto de pedir já é uma demonstração de humildade, escusamos de utilizar pleonasmo), mas no caso concreto, confesso que as minhas expectativas são baixas e não vou a tanto. Mais a mais, dá-me a ideia que a igreja católica (e este código é bem prova) assume publicamente que passa a utilizar o folclore como estratégia de implantação. Os meus votos de sucesso para eles!
Se sentisse necessidade de protestar, não podia. Não tenho espírito delator que me parece, neste caso, ser a única forma eficaz de protestar. Mas, parece-me brilhante a ideia das ferraduras.

Faço também minhas as palavras do Mia Couto, que o Bruce já aqui utilizou num dos seus comentários "Cada homem é uma raça", porque muitas vezes, as ideias e as manifestações de linguagem que utilizamos para as expressarmos são a causa para as pessoas se aproximarem ou se separarem, independente de barreiras físicas, relativas ao espaço.

Provavelmente no limite do prazo de validade deste comentário, um abraço.
Artur Figueiredo

Anónimo disse...

Artur e Bruce
Parece que vocês sofrem do complexo da teoria da conspiração. Digo isto partindo do princípio de que aquela do "código" me era dirigida. Não será que têm pelo menos um pouco de sentido de humor? Se não o têm, especialmente o Bruce, terei de pedir desde já desculpa porque a piada pode parecer ofensiva. Porque era apenas de uma piada que se tratava.
"Non possumus" era simplesmente a correcção ao que o Bruce citou, porque o fez no singular. (A famigerada resposta de Pio IX quando se negou a entregar os Estados Pontifícios.)
"Quod solea avertat" era uma ironia a respeito das ferraduras que ele usa no automóvel. Bastaria ter ido a um dicionário de Português que tenha frases latinas no final, e chegariam lá, provavelmente. Significa mais ou menos "Que a ferradura te proteja."

Bruce Lóse disse...

Daniel,

Reconheço que encontro um certo gosto em chatear os adultos, pelo que faz muito bem ao falar-me como as notas de mil. Muitas vezes, quando não queremos dizer nada sobre isto ou aquilo, na vergonha infantil, desatamos a esguichar ácido fórmico sem mais nem menos. O meu caso, na verdade, é mais complicado - ou mesmo paradoxal - porque padeço ao mesmo tempo de um desgoverno declarativo:
A superstição é sempre patética.
A sobranceria é sempre patética.
Ajudem-me urgentemente.

(Sobre a expressão latina que pretende corrigir, trata-se da resposta dos apóstolos Pedro e João, Actos dos Apóstolos 4:19-20 – fui confirmar e tudo! - a quem os escribas queriam proibir de pregar os sermões. Optei pelo singular intencionalmente, por ser ainda mais taberneiro. Tanto quanto sei, passou a ser uma expressão comum nas bulas e não apenas no texto que refere)

Anónimo disse...

Bruce, só espero que pelo menos não me julgue supersticioso ou sofrendo de sobranceria.
Qanto ao ácido fórmico, é mais próprio de irracionais. E alguns de uma beleza magnífica.
Não se admire de eu ter julgado que repetia Pio IX, porque foi a resposta deste que ficou sendo a mais famosa.
Aceite os meus cumprimentos, por favor. Se nos conhecêssemos talvez fôssemos amigos. É que nem sempre o que se escreve deixa transparecer o que de facto somos. Mas garanto que não é o que o Bruce aqui parece ser que me faria não ser seu amigo. Palavra de honra.

Cláudia S. Tomazi disse...

Não má digas do senhor a um católico que para este é preciosa a consciência de fé! Esta que, para chave de um cofre quando a tens por par. Pois se fora aberto por segredo e não tivera sido vos então, outrem será. Assim é o amor do bondoso Deus um mistério do cofre pelos que sofrem.

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