Meu artigo na revista Geoscope das Aldeias de Xisto:
Não estamos limitados pelos nossos sentidos. Podemos, como fez Galileu, ampliar a nossa visão por meio de um instrumento: o telescópio. Com a sua ajuda, não são apenas os nossos olhos que veem mais, é também o nosso cérebro que compreende melhor o Universo.
Mas os telescópios não usam apenas luz visível. Hoje somos capazes de recolher não apenas essa luz, mas também luz invisível de todos os tipos, desde os raios gama as ondas de rádio. Descobrimos como ver o invisível, ainda que seja preciso subir acima da atmosfera. E a imagem de conjunto que formamos no nosso cérebro com todas as imagens recolhidas é estonteante: o imenso, talvez mesmo infinito, espaço vazio é ocupado por uma multidão de estrelas, a maior parte delas emitindo principalmente luz invisível, suspeitando nós que todas elas têm planetas em seu redor.
O que chamamos visível resulta de uma circunstância paroquial: o facto de habitarmos um pequeno planeta de uma estrela média. A evolução ao longo de milhões de anos equipou-nos para enxergar a nossa freguesia. Das aldeias de xisto distinguimos à vista desarmada umas centenas de estrelas. Mas a evolução tecnológica, bastante mais rápida, permitiu-nos, com meios como o radiotelescópio da Pampilhosa da Serra, descobrir que o mundo é muito maior e mais rico. A imagem global pode ser expressa pela famosa frase dita pela raposa ao Principezinho: “o essencial é invisível aos olhos”.
Mas os telescópios não usam apenas luz visível. Hoje somos capazes de recolher não apenas essa luz, mas também luz invisível de todos os tipos, desde os raios gama as ondas de rádio. Descobrimos como ver o invisível, ainda que seja preciso subir acima da atmosfera. E a imagem de conjunto que formamos no nosso cérebro com todas as imagens recolhidas é estonteante: o imenso, talvez mesmo infinito, espaço vazio é ocupado por uma multidão de estrelas, a maior parte delas emitindo principalmente luz invisível, suspeitando nós que todas elas têm planetas em seu redor.
O que chamamos visível resulta de uma circunstância paroquial: o facto de habitarmos um pequeno planeta de uma estrela média. A evolução ao longo de milhões de anos equipou-nos para enxergar a nossa freguesia. Das aldeias de xisto distinguimos à vista desarmada umas centenas de estrelas. Mas a evolução tecnológica, bastante mais rápida, permitiu-nos, com meios como o radiotelescópio da Pampilhosa da Serra, descobrir que o mundo é muito maior e mais rico. A imagem global pode ser expressa pela famosa frase dita pela raposa ao Principezinho: “o essencial é invisível aos olhos”.
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