Robespierre era incorrupto,
detestava sangue e violência,
mas foi assassino ininterrupto,
porque odiava a divergência.
Mal comia, não bebia, não fumava
e corpo de mulher não conhecia.
Quimicamente puro, trabalhava,
por um ideal que enlouquecia.
A liberdade era um farol,
que só ele julgava que entendia.
Bicho caseiro que odiava o sol,
a virtude que nele florescia
era bem mais letal do que veneno,
oriundo daquele extraterreno.
Eugénio Lisboa
domingo, 10 de dezembro de 2023
ROBESPIERRE
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