O Natal é uma bonita ficção,
e, como todas as ficções, absurdo:
os condimentos sofrem de inflacção
e a música de fundo encanta um surdo.
Nada, ali, faz, que se veja, sentido:
uma mãe abençoada e virgem,
um filho com pai que não é marido,
grandes mistérios que causam vertigem.
Com tudo isto se faz uma festa,
sem precisar de verosimilhança:
de belos presentes enche-se a cesta,
o Pai Natal intruja a criança
e a mentira fardada de verdade
alegra toda a comunidade.
Eugénio Lisboa
quarta-feira, 27 de dezembro de 2023
NATAL
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
DE "SABEMOS QUE NÃO SABÍAMOS" AO DECIDIR O QUE TEMOS DE FAZER
Não sei se entendi bem: há poucos dias, o Ministro da Educação, Ciência e Inovação, reconheceu a impossibilidade de saber quantos alunos, q...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Não Entres Docilmente Nessa Noite Escura de Dylan Thomas (tradução de Fernando Guimarães) Não entres docilmente nessa noite seren...
-
Por A. Galopim de Carvalho No léxico geológico o vocábulo “palingénese”, radicado nos étimos gregos “palim” que quer dizer de novo, e “gén...
Sem comentários:
Enviar um comentário