sexta-feira, 26 de agosto de 2022

O ASSOMBRO

Ao Onésimo, 
bom amigo e bom perscrutador 
 
É no assombro que tudo começa.
É ele que nos abre todas as portas.
Não existe obstáculo que impeça 
o assombro de escancarar comportas.

Assombrar-nos é vermos para além
do exíguo espaço em que estamos.
Espantar-nos é votar desdém
ao pequeno reino em que moramos.

O assombro é a sala de espera
dos fazedores do conhecimento.
O assombro desvela na quimera 

a luz nova e forte de um portento.
O assombro desflora terra virgem,
penetrando, de tudo, a origem.

Eugénio Lisboa

3 comentários:

CCF disse...

Que assombro este poema:)

Anónimo disse...

Quem escreveu este comentário devia ter terminado com um ponto de exclamação e não com dois pontos e parágrafo.

Anónimo disse...

Como o primeiro comentário saiu incorreto, repito-o já corrigido: Deverá ler-se: Quem escreveu este comentário devia terminar com um ponto de exclamação e não com dois pontos e parêntesis curvo.

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