segunda-feira, 14 de março de 2022

OS FRUTOS DA GUERRA

O horror tornou-se quotidiano, 
a destruição transformou-se em hábito,
o mundo foi ficando kafkiano, 
o morrer, agora, volveu-se súbito,

as lindas crianças servem de alvo,
e os olhos das mães gritam de espanto!
Se nada do que temos está a salvo,
fina-se a fala e também o canto.

A morte agora veste-se de aço 
e vomita incêndio majestoso:
volatiliza com desembaraço

o museu, o palácio esplendoroso,
o hospital, o armazém, a praça
e tudo quanto o horror devassa! 

Eugénio Lisboa

1 comentário:

Anónimo disse...

A Organização das Nações Unidas tem de evoluir para um autêntico Governo Mundial que tenha poderes para castigar os países que desencadeiam as guerras. Portugal, como uma potência média que é, com um sistema de ensino público baseado nas chamadas EB 1,2,3 + S + JI, onde se vive quotidianamente num ambiente de paz entre os anjos, e onde a sólida formação científica dos jovens à saída da escolaridade obrigatória é sempre bem rematada pela adição de um perfil de bom cidadão democrático, tem as condições ideais para se arvorar em paladino da Paz Mundial, bastando para tal que proponha urbi et orbi a sua "escola inclusiva e flexível, cheia de melhorias nas aprendizagens essenciais".

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