O De Rerum Natura viu surgir a biblioteca/editora Classica Digitalia de acesso aberto e tem acompanhado a sua profícua evolução (ver aqui).
Nascida da colaboração entre a Imprensa da Universidade de Coimbra e o Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra, esta biblioteca especializada visa criar um grande espaço de difusão internacional da cultura científica para a área dos Estudos Clássicos. As colaborações cobrem um leque variado de temas e perspetivas de abordagem (literatura, cultura, história antiga, arqueologia, história da arte, filosofia, língua e linguística), mantendo embora como denominador comum os Estudos Clássicos e sua projeção na Idade Média, Renascimento e receção na atualidade.Neste ano de 2018 a Classica Digitalia celebra seu décimo aniversário. Por essa razão recebeu a atenção de dois jornais: o Jornal I e o Semanário Sol, que entrevistaram o seu director, Delfim Leão.
Dessas entrevistas destaco o seguinte extracto pela ligação que tem à educação:
Para um mundo apressado como este em que nós vivemos, parece que tudo o que tenha que ver com mediação, que necessite de mais tempo para ser apreendido, está condenado a desaparecer. Mas eu diria que talvez seja o contrário. De toda a informação com que nós somos banhados, diariamente e de todos os lados, o que fica dos nossos referentes culturais passada uma semana, um mês, um ano? E sobretudo para estas gerações mais novas, que vivem muito com os meios digitais e para quem um ano é uma coisa completamente passada. Os clássicos e essas referências, até por isso, são portos seguros. Eles estão lá, há milénios que resistem. E justamente porque têm esse tempo de resistência, essa durabilidade, eles já são referentes mesmo quando deles não temos consciência.
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