A mercantilização da ciência, a pressão para produzir e publicar muitíssimo, os reluzentes prémios e patentes no horizonte, a avaliação do desempenho e das instituições com base nisto tudo e, claro, a tão humana ambição, no caso, de se obter reconhecimento e (porque não?) glória, no meio académico e empresarial, que cada vez são um só, cria ou potencia a tentação. São muitos os que caem nela!
Em nome da "verdade objectiva" (valor a que a ciência tem de obedecer porque é ele que lhe dá sentido) aperta-se o cerco em várias frentes: a "revisão por pares" e os "caçadores de fraudes", são duas delas.
A rápida circulação da informação, sobretudo por via da internet, intensificou o "jogo do gato e do rato": se num momento nos é dada a ver a fulgurante subida de uma nova estrela ao céu das celebridades da ciência, noutro momento, não muito distante, é-nos dada a ver o seu tombo desamparado. A comunicação social acompanha ao vivo e em directo ambos os momentos.
Há muito pouco tempo, soube há poucos dias, aconteceu isso com uma jovem cientista portuguesa que era (prefiro pensar que ainda é) uma promessa internacional. Neste caso, a mesma fotografia serviu para noticiar a sua ascensão e a sua queda.
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