Um responsável pela European Science Foundation publicou um artigo sobre essa instituição, a autora material da "poda" de metade das unidades de investigação nacional perpetrada em estreito conluio com a FCT (a actual Presidente da FCT ainda não reviu o processo, continuando a estudar os dossiers). Aí se revela:
- a ESF, no ano transacto, quando foi ajudada com o cheque de quase meio milhão de euros da FCT, ficou quase na falência, provavelmente por desorientação e má gestão. A ajuda portuguesa veio na hora H, salvando-a num momento de aflição.
- a ESF tem uma experiência muito limitada de avaliação de sistemas científicos nacionais: o artigo revela avaliações parciais na Lituânia e na Hungria. Mais importante que tudo: o autor não menciona a "avaliação" da ciência em Portugal, o que significa que não se orgulham disso.
Neste momento, está claro para todos que Miguel Seabra ao entregar a avaliação a uma entidade desqualificada cometeu um erro monumental, um erro que foi muito caro não só para a reputação dele (viu-se obrigado a demitir-se no meio do maior tumulto de sempre da ciência nacional) como sobretudo para a ciência portuguesa.
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4 comentários:
Bom, Miguel Seabra não cometeu um erro: limitou-se a ter compaixão da ESF e entregou-lhe meio milhão de euros a titulo de "Rendimento Mínimo Garantido"...
O erro de Miguel Seabra também se revelou caro para o contribuinte português. Cada português teve de pagar 5 cêntimos por uma avaliação desastrosa e sem qualidade. Agora, a Justiça portuguesa devia pedir contas a Miguel Seabra, obrigando-o a repôr, do seu bolso, o dinheiro mal gasto. Esta regra devia ser estendida a todos os políticos incompetentes: fundos públicos mal gastos, deveriam ser repostos por esses mesmos políticos do seu próprio bolso.
O Seabra foi obrigado a demitir-se? De onde retirou essa informação? O Seabra deu dinheiro a uma instituição falida? Onde se suporta a sua difamação? Num artigo? E qual a relação entre uma instituição estar falida devido a má gestão e a qualidade dos seus profissionais?
Num país a sério, MS teria de responder pelo seguinte:
1. acumulação de cargo de gestor público com a posição no ICL (para já não falar na acumulação do cargo de Prof. Convidado com exclusividade na UNL com a mesma posição no ICL antes de vir para a FCT e, presume-se, outra vez agora que deve ter voltado para a UNL - não há por aí niguém da UNL que queira levantar esse assunto no CC?).
2. gestão danosa: a avaliação lançou o caos no sistema português e vai ter consequências graves a prazo para o país; foi escolhida uma instituição que não tinha experiência nenhuma a este nível para realizar a avaliação de todas as unidades de investigação; foram dadas indicações a essa instituição que condicionavam a avaliação à partida, sem que houvesse uma fundamentação para isso ou sem que esse passo tivesse sido discutido.
Finalmente, e em relação à ESF, para além de uns membros dos seus CCs em part-time, não tem profissionais (com ou sem qualidade) a realizar avaliações. Tem sim, os sobreviventes de uma máquina administrativa que cresceu demasiado na primeira década de 2000 e que são precisamente os gestores e os administrativos.
Além disso, ao aceitar os termos que a FCT lhe impôs, as alteraçõe das regras já depois da avaliação ter começado e várias outras irregularidades, a ESF mostrou ter uma falta de ética que não é compatível com uma avliação séria.
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