O meu artigo de opinião, publicado no "i" de hoje:
Caros docentes, discentes, displicentes, Homo sapiens em geral da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa: chegou ao meu conhecimento, o que só prova que os vossos meios de divulgação funcionam bem, que está a ser oferecido na vossa instituição um “Curso Avançado em Medicamentos Homepáticos”. Pelo nome fico com a dúvida se terei perdido o curso básico ou se a homeopatia é sempre avançada. Mas é precisamente para tirar dúvidas que vos escrevo. E também porque, confesso, não quero pagar os 50€ da taxa de candidatura e muito menos os 500€ de “propinas”, embora reconheça que a inclusão do número da conta bancária (IBAN) no aviso de abertura seja uma solução bastante prática.
A homeopatia, que foi inventada há 200 anos pelo médico alemão Samuel Hahnemann, tem vários princípios. Segundo um deles, a Lei dos Semelhantes, uma substância capaz de provocar um determinado sintoma numa pessoa saudável pode ser usada para tratar esse mesmo sintoma numa pessoa doente. O que me leva a supor que, se tiver algum problema grave com o fígado, o poderei resolver com uma aguardente velha. Mas este princípio, francamente, não interessa muito, tendo em conta outro, de acordo com o qual o poder curativo de uma substância será tanto maior quanto mais diluída ela for. Pouco importa se é uma aguardente velha ou a água dos dentes de uma velha. Como os remédios homeopáticos são preparados através de um grande número de diluições sucessivas, no final não sobra nada.
E aqui fica um curso básico de preparação de “medicamentos homeopáticos”: pega-se numa gota de uma substância qualquer, a chamada tintura-mãe, e dilui-se em 99 gotas de água. Dá-se três pancadinhas, pega-se numa gota dessa primeira diluição e dilui-se novamente em 99 gostas de água. Se repetirmos este procedimento 28 vezes chegamos a um preparado 30C, uma diluição (“potência”) comum em remédios homeopáticos. A diluição total de um preparado 30C é equivalente à de uma gota de tintura mãe diluída em 999999999999999999999999999999999999999999999999999999999999 gotas de água (são 60 noves).
A chatice é que a matéria é constituída por átomos e moléculas. Não podemos dividir indefinidamente uma determinada quantidade de matéria porque a partir de certa altura ficamos com menos de um átomo ou de uma molécula. E é possível saber o número de moléculas que existem numa determinada quantidade de matéria em virtude do “número de Avogadro”, uma constante determinada por vários métodos independentes e que esteve na base do Nobel da Física de 1926. Como qualquer estudante de química do 10.º ano poderá confirmar, se partirmos de uma tintura-mãe com uma concentração de 1 molar (é uma concentração respeitável) ao fim de 12 diluições centesimais sucessivas restará menos do que uma molécula por cada litro de preparado homeopático. Claro que a concentração inicial pode ser diferente. Mas, como a diluição de um preparado homeopático 12C é tão grande, pouco importa qual é a concentração inicial da tintura-mãe. No final restarão no máximo meia dúzia de moléculas por cada litro, que nenhum efeito têm. E há remédios homeopáticos bastante mais diluídos, em que a probabilidade de se encontrar uma única molécula da tintura-mãe é equivalente à de ganhar o Euromilhões várias vezes seguidas.
Assim, gostaria de perguntar se o número de Avogadro foi revisto, e com ele boa parte da física e da química. Ou se o número de Avogadro, a física e a química que conhecemos se mantêm, e os remédios homeopáticos não têm nada a não ser água e açúcar (no caso dos comprimidos).
Também sei que muitos homeopatas dizem que isto não interessa por causa das pancadinhas dadas entre cada diluição, e que justificam que água retenha uma memória das moléculas que teve dissolvidas (ainda estou à espera da primeira auto-biografia de uma molécula de água). Sei que um artigo da autoria de um famoso cientista francês, publicado em Junho de 1988 na prestigiada revista Nature, demonstrava a existência de uma memória da água. Foi um mês glorioso para a homeopatia, mas foi só um, porque o artigo acabou denunciado como uma fraude em Julho desse mesmo ano, na mesma revista, após uma comissão independente ter tentado reproduzir os resultados.
Em coerência, os ensaios clínicos metodologicamente bem concebidos demonstram que os remédios homeopáticos funcionam tão bem como comprimidos de açúcar, porque são comprimidos de açúcar.
Ou não será assim? Fico, então, a aguardar pela revogação do número de Avogadro, pelas provas experimentais reprodutíveis de que a água tem memória e pelo corpo de ensaios clínicos bem concebidos que demonstre a eficácia dos remédios homeopáticos. Até lá, julgo que a homeopatia não tem lugar numa faculdade de farmácia que deseje ser levada a sério.
Cordialmente,
David Marçal
23 comentários:
hehehehe...
(ainda estou à espera da primeira auto-biografia de uma molécula de água)
Gostei , francamente, do artigo e da fina ironia que exala.
Ivone Melo
Infelizmente, as homeotretas vieram para ficar. E em tempos de crise é muito mais fácil obter homeoacólitos e homeocrentes.
"Foi um mês glorioso para a homeopatia, mas foi só um, porque o artigo acabou denunciado como uma fraude em Julho desse mesmo ano, na mesma revista, após uma comissão independente ter tentado reproduzir os resultados."
Não se pode fazer o mesmo com a avaliação da ESF/FCT?
Dado que o curso é coordenado por três professores - presume-se - da faculdade de farmácia e terá tido aprovação do director desta instituição, o Marçal não se deu ao trabalho de lhes escrever a perguntar a razão deste curso? Ou isto é "à portuguesa" e escreve-se um texto num blog a denunciar...e já está?! Seria mais interessante saber a justificação da faculdade de farmácia,que isto das polémicas exige dois lados.
A mim o que me parece é que isto é bem mais sério que a trivialidade "ò que horror, homeopatia - uma pseudociência a conspurcar o solo sagrado da universidade. Temos que fazer algo para salvar a ciência. Já sei! Vou fazer um texto para o meu blog a repetir as mesma graças que já ouvi sobre estas tretas. Agora é que eles vão ver". Eu creio que estamos perante uma manifestação da crise financeira da faculdades. A coisa está de tal maneira apertada que as faculdades estão dispostas em alinhar em quase tudo desde que traga algum dinheiro. Se foi esta a razão para este curso, isso sim é muito grave.
para o efeito, blog ou "i", vai dar ao mesmo
Professor David Marçal, e acrescente-se ainda que a coordenação deste curso avançado em medicamentos homeopáticos está a cargo de Professores Catedráticos!!!
É pertinente observar que, se existi-se a Ordem dos Professores, estes senhores professores ao não pugnarem pelo prestigio da profissão, estariam certamente transgredindo uma norma do código deontológico, o que lhes traria, no mínimo, uma repreensão, tal como acontece com as outras profissões reguladas por uma Ordem Profissional.
Fica aqui o mote para que o Professor e Amigo Rui Baptista nos dê também a sua perspectiva neste assunto (se porventura ler este comentário), defensor incansável que é da Ordem dos Professores.
Cordialmente,
"gostaria de perguntar se o número de Avogadro foi revisto, e com ele boa parte da física"
A sério? A alteração da constante de Avogadro levaria à revisão de "boa parte da física"? É que nem uma boa, nem uma parte. Maus conhecimento de física, Marçal. Má ciência. Má, má ciência, Marçal.
Ter como advogado contra a patetice da Homeopatia alguém que mostra tal ignorância científica é arrepiante.
Caro Engenheiro Ildefonso Dias: Na Proposta de Estatutos da Ordem dos Professores de que fui o respectivo coordenador, estariam obrigatoriamente, também, incluídos os professores do Ensino Superior Universitário. Logo, obedecendo à respectiva deontologia profissional.
Reza o respectivo Artigo 24.º, alínea a) : O docente na sua actividade profissional deve "pugnar pelo prestígio da profissão por conduta irrepreensível, usando de boa-fé, lealdade e isenção". Alínea g) Recusar a sua participação em tarefas de que resultem situações menos transparentes e ambíguas.
Para além disso, era proposta a criação de diversos colégios para a presidência dos quais seria exigido um doutoramento. Competiria a esses colégios, em função das respectivas especificidades: "Estudar, quer por iniciativa própria ou a solicitação, todos os assuntos de natureza científica, técnica e pedagógica que lhe digam respeito". Assim, salvo melhor interpretação, o "Curso Avançado de Medicamentos Homeopáticos" teria que passar pelo crivo do competente Colégio da Ordem dos Professores. Isto se...existisse a Ordem dos Professores!
Pelo exposto
Acrescento ao meu comentário anterior: Dele deve ser expurgada, obviamente, a frase: Pelo exposto.
Quanto ao acrescento: Seria conveniente (?) que a Ordem dos Farmacêuticos se pronunciasse sobre o "Curso Avançado de Medicamentos Homeopáticos" a ministrar pela Faculdade de Farmácia com professores do respectivo corpo docente.
"o "Curso Avançado de Medicamentos Homeopáticos" teria que passar pelo crivo do competente Colégio da Ordem dos Professores"
1) Terá passado pelo crivo dos três professores (catedráticos?!) que o coordenam, juntamente com o crivo do director da faculdade de farmácia (e eventualmente com o crivo da comissão científica). Portanto, já está crivado. Essa tal ordem de/dos Professores estaria acima da autonomia universitária?
2) Se essa tal ordem teria sob seu juízo os cursos livres coordenados por professores, decidiria igualmente sobre o envolvimento em projectos de investigação, disciplinas, temas de doutoramento, artigos científicos e tudo aquilo que couber na tão restrita como clara competência: "Estudar, quer por iniciativa própria ou a solicitação, todos os assuntos de natureza científica, técnica e pedagógica que lhe digam respeito"? Portanto, ordenando em toda actividade dos docentes universitários? Nem a FCT sonhou tão alto.
Obrigo-me a recorrer ao curso de engenharia de José Sócrates. A ordem dos Engenheiros (OE), na atribuição que lhe é cometida por lei, não autorizou a sua inscrição depois de analisado o respectivo currículo de curso. Julgo que também deve saber (ou devia saber) que o curso universitário público, salvo erro da Beira Interior, teve que submeter o respectico currículo, inicialmente não aprovado, ao crivo da OE. Por outro lado, o curso de Engenharia de Química do ensino politécnico do ISEL teve aprovação sem qualquer limitação.
Nada mais busque, portanto, que a analogia para fundamentar esse "crivo" na Ordem dos Professores (OP) para evitar que licenciaturas de três ao pataco, criadas em instituições privadas, como aliás ainda hoje acontece, pudessem vir a permitir a inscrição na OP. Só isso escrevi, e deve ser lido com honestidade para evitar que digam coisas que eu não disse e queriam que eu tivesse dito.
E, muito menos, misturar alhos com bugalhos :formação profissional inicial e projectos de investigação. Será que o "Curso Avançado de Medicamentos Homeopáticos" poderá ser tido como um projecto de investigação? Não sei, e por isso, não me pronuncio, em benefício de uma área do saber que não tem merecido a atenção dos claustros universitários numa altura em que os seus licenciados deixaram de ser simples boticários de "um saber de experiência feita" para se tornarem em farmacêuticos de formação universitária.
Errata: Na antepenúltima linha do último § do meu comentário anterior, corrijo "que não tem merecido a atenção dos claustros universitários" para "que tem merecido".
Caro Anónimo, sim, o curso está crivado pelos 3 professores! Mas no crivo vê-se onde ficou a honestidade cientifica, a ética e a moral destes professores... ou não se apercebeu a forma como se faz o preparo dos medicamentos homeopáticos explicada pelo professor David Marçal?
Professor Rui Baptista, no caso da Ordem dos Farmacêuticos, certamente que haveria matéria para proceder disciplinarmente, porquanto a explicação do professor David Marçal não deixa duvidas a ninguém que se está em presença de um curso que é uma fraude. Mas aqui o código deontológico da OF existe e poderia ser aplicado, ou seja existe o meio para actuar, mas que simplesmente não funciona, é bem verdade que uma instituição está sempre limitada pelo desempenho das pessoas que a dirigem!
Cordialmente,
Engenheiro Ildefonso Dias: Começo por transcrever esta sua frase: (...) "é bem verdade que uma instituição está sempre limitada pelo desempenho das pessoas que a dirigem!". Várias vezes, tenho-me respaldado no título de um filme que vi há muito, há muito tempo, em que na hora da morte, um ateu se dirige a um padre (que ele muito admirava) que assiste aos seus últimos momentos, dizendo: "O cantor, não a canção!".
"Mutatis mutandi", nisto das ordens profissionais (incluindo uma futura Ordem dos Professores que acabará por vingar) costumo dizer que acredito na canção mas não nos cantores. Ou seja, uma ordem profissional mal dirigida, ou sujeita a interesses das suas cúpulas, é mais prejudicial que a sua inexistência . Todavia, continua a ter vantagem ( por os seus dirigentes terem uma vigência limitada no tempo ) sobre os sindicatos em que os seus dirigentes se eternizam nas respectivas direcções, como Salazar, com todos os males que isso acarretou, se manteve até o fim dos seus dias à frente dos destinos de Portugal.
Não poucas vezes, sempre que via o "esforço" de João Grancho, sem nada fazer a não ser aparatosos congressos para anunciar a futura (ou futurista?)criação de uma Ordem dos Professores, perante os flashs dos fotógrafos que faziam a respectiva cobertura, me interrogava sobre o futuro de uma Ordem dos Professores com este "bastonário" a dirigi-la. Mas será bastante para que isso não aconteça o escândalo dos seus plágios, tornando-se, apesar de tudo, numa fénix renascida das cinzas? Esta a questão e o perigo de uma Ordem dos Professores!
Aquilo que o Marçal (que, respeitando os graus académicos, não tem direito a usar o "professor") descreve não há ninguém que não saiba. É uma absoluta trivialidade (o mais interessante, é que essa tal história da memória é bem mais complicada que o superficial Marçal julga). As questões são outras: ter uma suposta ordem dos professores a meter-se pela autonomia universitária seria um desastre e um mais um organismo arbitrário de poder (e caro Batista, não fale realmente do que não sabe: as faculdade oferecem vários cursos deste género, mas eles não fazem parte da formação profissional ou universitária, não são disciplinas de licenciatura. Por outro lado, então se fosse um projecto de investigação não viriam aqui dizer o mesmo? Claro que sim. Aliás, nessa coisa entra tudo: "Estudar, quer por iniciativa própria ou a solicitação, todos os assuntos de natureza científica, técnica e pedagógica que lhe digam respeito"). A outra questão é saberem qual a razão pela qual três professores da universidade de lisboa (não estamos a falar de uma qualquer universidade privada, Batista), com a anuência dos seus órgãos directivos aceitaram isto, sem os confrontar - como exige a verticalidade científica - já os condenaram....num blogue. Seria bom saber das razões científicas deles ou a autoridade do Marçal (um simples doutorado, sem cv científico relevante) é tal que se chega para julgar e condenar em nome da ciência? E nem quero entrar noutra questão melindrosa, pois eu sou tenho a convicção plena que a homeopatia nunca passará de uma pseudociência, mas é sempre bom recordar que não são poucos os exemplos de investigações em ciência que foram condenadas, rejeitadas, os seus autores insultados, postos de lado (coisa que essa tal ordem de professores ainda agravaria mais) e no entanto, uns anos mais tarde são a grande área de pesquisa. E já agora, o que acham mais pseudocientífico: estas coisas da homeopatia ou a ideia que vivemos num multiverso, em que os vários universos (cada um com as suas realidade físicas) colidem entre si, ou que vivemos num universo holográfico? É que estas últimas são publicadas nas melhores revistas.
Pseudociência para pseudoscientistas, tal como a treta do Aquecimento Global que só existe na cabecinha dos pseudocientistas. Eu e minha família fomos tratados por diversas vezes por médicos alemães homeopatas e não queremos outra coisa. Como os alemães não são estúpidos, o mesmo não se poderá dizer de alguns portugueses e pseudocientistas.
E já agora, há mais de 7 anos que tenho aquela Ökoball que me lava lindamente a roupa sem aquela químicada toda poluente. Eu estou contente, eu e minha família, quem não gosta coloque à beira do "prato".
Isso é porque as doenças que têm só existem na vossa cabeça. Nesse caso é mais barata, embora menos eficaz se tiverem pouca autoconfiança, a automedicação. Quanto à tal bola. Funciona porque a água é um solvente muito bom, embora não tenha memória, e a sujidade da roupa dos citadinos não é como a dos camponeses, pintores ou mecânicos. Experimente sem bola e vai ver que dá o mesmo. Mas se tiver uma doença grave ou a roupa muito suja vai querer medicamentos e detergentes (biodegradáveis). Se não gosta de "químicos" deixe de respirar oxigénio, não como nada, nem uma couvita por mais "biológica" que julque que seja, não beba nada (até a água tem água), aliás não escreva nada no computador e apague a luz, que usam energia e materiais obtidos por processos químicos. Só o nada tem nada de química.
Mas onde lhe disse eu algo que o autorize a pensar ( e muito menos a dizer) que eu não saiba distinguir um curso de formação profissional ou universitária de um "Curso Avançado em Medicamentos Homeopáticos" . Aliás, nomenclatura sempre por mim utilizada em comentários anteriores!
Mais:onde foi buscar o meu atrevimento em considerar a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa comparável a uma escola privada que licencia, em meses, indivíduos com um curso médio no âmbito do ensino básico?
Quanto às razões de exigência de verticalidade (?) científica, a menos que esteja mandatado de procuração passada, não deve falar em nome de terceiros. Esta matéria de facto por mim apresentada, e não simples " mandar bocas" de quem, porventura, aparenta "ter vontade hostil" (Ramalho), leva-me a não continuar a serrar serradura com quem pretende de uma só cajadada matar dois coelhos: o autor do post e este comentador, eu próprio.
Para evitar meter duas coisas diferentes no mesmo saco, pese embora muito me honrar a companhia do Professor David Marçal, solicito-lhe, em nome da "verticalidade", e, ainda que mesmo, do pouco respeito que possa merecer-lhe a minha pessoa que, de futuro, embora mantendo o anonimato, dirija a suas missivas tendo-me como destinatário em meu nome pessoal: Baptista com "p", conforme consta do meu registo de nascimento. E que fale em seu nome pessoal ("anónimo"!) sem se querer arvorar em defensor de terceiros. Compete a esses terceiros (se assim o entenderem, claro está!) dizerem as razões que subjazem à criação deste "Curso Avançado de Medicamentos Homeopáticos"!
Caro Sr. David Marçal,
Para além de toda ironia que o senhor revela ao longo do texto e também a falta de cortesia da academia, é sem dúvida um text que tem muito que se he diga. Tentarei ser sintética. Sem por em causa a minha opinião sobre se funciona ou não, afirmar com tanta certeza ou nao, de momento o que se pode afirmar se realmente funciona ou não pois na se possui métodos analíticos .Ha quem fale que é uma questão de efeito placebo, mas então como se pode afirmar isso a faixa neonatal? Não se tem métodos analíticos para tal
Quanto ao facto do curso, relembro apenas 2 pontos aos doutos colegas farmacêuticos: Relembro as Categorias especiais de medicamentos em que estes estão publicados em Decreto-Lei e sobre a controversa alçada do INFARMED, ainda que digam que não podem ter qualquer acção terapeutica, estão na lei. Além disso, as farmácias são inundadas com este tipo de produtos, assim como mercado ( entrando por registo simplificado, tendo apenas de demonstrar segurança e qualidade,não eficacia),sendo que os utentes os vã pedir à farmácia. Por, mais controverso que seja, esta-se a fazer dispensa de medicamentos dos quais muitas vezes não se tem qualquer conhecimento? Será assim tão incrivemente estupido fazer um curso sobre o tema, quando eles são uma realidade no mercado e existe legislação? Se o quiser comprar, é a sua escolha, é a liberdade do doente. Nada relacionado com números de avogadro e contar electroes. Quanto aos 500 euros,estou de acordo
"Eu e minha família fomos tratados por diversas vezes por médicos alemães homeopatas e não queremos outra coisa. Como os alemães não são estúpidos, o mesmo não se poderá dizer de alguns portugueses e pseudocientistas. "
Nesta última frase o "alguns portugueses" refere-se àqueles que pagam a médicos alemães homeopatas?
Este artigo de David Marçal tem no fundo pouco sentido e só revela que perdeu uma boa oportunidade para estar calado. Ao menos consultem o site da APH (Associaçao Portuguesa de Homeopatia) que ao contrário deste artigo revela como a ''afinal Jacques Benveniste tinha razão e o Prof. Montagnier «Nobel da Medicina 2008» e alguns colegas conseguem verificar a realidade da transducção do sinal «98% de exactidão» demonstrando a existência do mecanismo básico da Homeopatia. Vejam aqui: http://www.youtube.com/watch?list=PLsUDg0KI4SqsQKjioqyL6ZQkadQJJqmCV&v=a_NpFbAePDE
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