Com o Orçamento que anunciou, que provavelmente vai passar na Assembleia da República dada a maioria existente e a falta de independência dos deputados, o governo acabou. Assinou a sua própria sentença de morte. A tensão social vai-se agravar, em especial na classe média, alvo maior deste Orçamento. A morte anunciada poderá ser às mãos do Tribunal Constitucional, que tem mais do que matéria para intervir e deverá fazê-lo, ou às mãos do Presidente da República, que é co-responsável pela situação actual mas poderá ainda emendar a mão. A coligação poder-se-á também desmanchar espontaneamente, colada como está com cuspo: é patética dupla formada pelo ministro das Relações com a Troika e pela ministra das Finanças, com o primeiro a tentar passar por entre as gotas de chuva e a segunda a mostrar slides com uma conversa técnico-burocrática.
A solução no quadro da democracia são eleições. Não temos, de momento, outro remédio que não eleições antecipadas. Infelizmente, o principal partido da oposição não está preparado para governar, pelo menos com o actual líder. Tal como o chefe do governo, também ele já mostrou ser incapaz de propor uma saída para o país. O primeiro-ministro ainda em funções não fazia ideia nenhuma do rumo a tomar. Actuou de um modo atabalhoado e infeliz, procurando apenas satisfazer a troika. Mas o líder da oposição quer o quê? E que maioria tem para querer alguma coisa? Será pedir muito eleições com outros lideres?
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
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2 comentários:
A educação é uma coisa importantíssima. No sentido lato, incluindo bons modos e cortesia. Enquanto os professores gostarem de utilizar palavrões (sobretudo com co-notações sexuais) não há nada a fazer por este país.
É um bom resumo da situação e das expectativas Não, não. Julgo ser o pedido mais sensato. E que a maioria dos portugueses não pensa diferente.
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