A literatura portuguesa de divulgação de
ciência tem ganho nos últimos anos obras de qualidade internacional. Uma delas
foi publicada em Outubro do ano passado (2012) e, devo escrever, eleva o
patamar da excelência e da exigência para este género tão importante para o
desenvolvimento da cultura científica de um povo em liberdade. Estou a
referir-me ao livro feito a quatro mãos por Alexandre Aibéo, que o escreveu, e
por Pedro Aibéo que o ilustrou, e que tem por título “Isto não é (só) matemática”.
Editado pela QuidNovi, este livro rasga os cenários impossíveis e apresenta uma obra sui generis no panorama da divulgação científica escrita e desenhada originalmente em português. Sui generis, ou por outras palavras, única no seu género, pois os autores conseguem compaginar a divulgação acessível de conhecimento científico (com fórmulas matemáticas), com a ilustração na forma de cartoons e banda desenhada e com humor quanto baste para que o leitor não perca o fio à meada e lhe apeteça mesmo continuar a ler e ver.
Editado pela QuidNovi, este livro rasga os cenários impossíveis e apresenta uma obra sui generis no panorama da divulgação científica escrita e desenhada originalmente em português. Sui generis, ou por outras palavras, única no seu género, pois os autores conseguem compaginar a divulgação acessível de conhecimento científico (com fórmulas matemáticas), com a ilustração na forma de cartoons e banda desenhada e com humor quanto baste para que o leitor não perca o fio à meada e lhe apeteça mesmo continuar a ler e ver.
Bom humor. E, se os cultores do género falam da
inteligência intrínseca que existe no bom humor, então estamos perante um livro
muito inteligente, que consegue, a meu ver, alcançar os seus objectivos:
«abordar alguns aspectos que a Matemática trata mas sem estar muito preocupado
com um formalismo muito denso, não pretendendo, com isso, carecer de rigor»,
conforme escreve Alexandre numa introdução intitulada “Ah não?”.
O livro está escrito num tom coloquial, com uma linguagem do dia-a-dia, o que facilita muito a eficácia com que consegue comunicar com o leitor. Prende livremente o leitor ao livro. E o leitor leva o livro com ele.
«Se “Isto não é Matemática”, então o que é?» assim começa a introdução. Os autores desafiam o leitor a descobrir a resposta a esta pergunta logo no início da introdução. O convite dos autores é ainda mais provocador, sem ser pretensioso, ao sugerirem que o leitor se prepare para uma caminhada de “mochila às costas”, ao longo de dez capítulos, cujos títulos apelam à curiosidade como uma boa inspiração de ar puro no cimo de uma montanha (ou num prado verde, como queiram): 1.º Naturais, reais e algo surreais; 2.º Balanças, baloiços e criminosos; 3.º Coelhinhos, zangões e conspirações; 4.º O que é o quê?; 5.º Bem, mal ou assim-assim?; 6.º Vou ver-me grego?; 7.º Evolução, taxas de juro, montes de dados e átomos radioativos; 8.º De origens e índios; 9.º Um mundo cheio de riscos e setinhas; 10.º Somas, cobrinhas e parêntesis indecisos?
Nuno Markl não ficou indiferente a este livro, muito pelo contrário. Sim, o autor de “O Homem que mordeu o cão”, que diz odiar matemática, «apesar de nunca lhe ter virado as costas», não só leu o livro como é dele o prefácio onde diz que tem «pena que este livro não lhe tenha aparecido mais cedo» na sua vida. Para Markl, este livro conseguiu estabelecer-lhe «o elo perdido entre os meus (dele) professores de Matemática e a Samantha Fox». «Eles (os Aibéo) conseguiram dar uma estranha espécie de sex-appeal à Matemática mas, mais importante do que isso, são pessoas inteligentes que perceberam que pelo humor é que vamos. Eles lograram criar um sacana de um livro de Matemática que tem piada», acrescenta Nuno Markl.
Por fim, e já que este é o primeiro livro de divulgação de ciência de Alexandre Aibéo, o necessário agradecimento pelo feito e o voto nesta assembleia de leitores, em que me incluo, para que seja (só) isso: o primeiro.
O livro está escrito num tom coloquial, com uma linguagem do dia-a-dia, o que facilita muito a eficácia com que consegue comunicar com o leitor. Prende livremente o leitor ao livro. E o leitor leva o livro com ele.
«Se “Isto não é Matemática”, então o que é?» assim começa a introdução. Os autores desafiam o leitor a descobrir a resposta a esta pergunta logo no início da introdução. O convite dos autores é ainda mais provocador, sem ser pretensioso, ao sugerirem que o leitor se prepare para uma caminhada de “mochila às costas”, ao longo de dez capítulos, cujos títulos apelam à curiosidade como uma boa inspiração de ar puro no cimo de uma montanha (ou num prado verde, como queiram): 1.º Naturais, reais e algo surreais; 2.º Balanças, baloiços e criminosos; 3.º Coelhinhos, zangões e conspirações; 4.º O que é o quê?; 5.º Bem, mal ou assim-assim?; 6.º Vou ver-me grego?; 7.º Evolução, taxas de juro, montes de dados e átomos radioativos; 8.º De origens e índios; 9.º Um mundo cheio de riscos e setinhas; 10.º Somas, cobrinhas e parêntesis indecisos?
Nuno Markl não ficou indiferente a este livro, muito pelo contrário. Sim, o autor de “O Homem que mordeu o cão”, que diz odiar matemática, «apesar de nunca lhe ter virado as costas», não só leu o livro como é dele o prefácio onde diz que tem «pena que este livro não lhe tenha aparecido mais cedo» na sua vida. Para Markl, este livro conseguiu estabelecer-lhe «o elo perdido entre os meus (dele) professores de Matemática e a Samantha Fox». «Eles (os Aibéo) conseguiram dar uma estranha espécie de sex-appeal à Matemática mas, mais importante do que isso, são pessoas inteligentes que perceberam que pelo humor é que vamos. Eles lograram criar um sacana de um livro de Matemática que tem piada», acrescenta Nuno Markl.
Por fim, e já que este é o primeiro livro de divulgação de ciência de Alexandre Aibéo, o necessário agradecimento pelo feito e o voto nesta assembleia de leitores, em que me incluo, para que seja (só) isso: o primeiro.
"Isto
não é (só) Matemática" também aqui:
http://istonaoesomatematica.wordpress.com/ e https://www.facebook.com/istonaoe.matematicaAntónio Piedade
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