sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
O ERRO DE EINSTEIN
Minha crónica no "Público" de hoje (na foto do Congresso Solvay de 1911, Madame Curie, sentada no meio, é a única mulher; Paul Langevin está de pé na extrema direita, ao lado de Albert Einstein):
As Nações Unidas decidiram que 2011 seria o Ano Internacional da Química, pretendendo celebrar os extraordinários resultados obtidos por essa ciência e as suas contribuições para o bem estar da Humanidade. Para essa decisão pesou o facto de passar um século desde que foi atribuído o Prémio Nobel da Química a Madame Curie. Foi o segundo Nobel que ela recebeu, desta vez sozinha, depois de oito anos antes ter partilhado o Nobel da Física com o seu marido Pierre Curie e com Antoine Henri Becquerel. Até hoje, a francesa de origem polaca é a única pessoa que recebeu dois prémios Nobel de disciplinas científicas diferentes. Não é, por isso, de estranhar que este ano se celebre também a contribuição das mulheres para a ciência.
A ascensão das mulheres na ciência foi prodigiosa no último século. Numa famosa fotografia do Congresso Solvay em 1911, Madame Curie é a única presença feminina em 24 retratados. Hoje, em muitos congressos de física ou de química, há uma representação quase paritária dos dois géneros.
Em Portugal, esse progresso foi particularmente nítido. Em 1911 começou a dar aulas na Universidade de Coimbra a primeira professora do ensino superior português: a filóloga de origem alemã Carolina Michaelis de Vasconcelos, que, no ano seguinte, entrou, não sem discussão interna, na Academia de Ciências de Lisboa. No meu livro Breve História da Ciência em Portugal (com Décio Martins, Gradiva e Imprensa da Universidade de Coimbra, 2010), que fala da ciência até 1974, apenas é referida uma mulher, Matilde Bensaúde, pioneira da genética entre nós no início do século passado. Actualmente o país pode orgulhar-se não só da quantidade como da qualidade das nossas mulheres cientistas (parabéns, Maria do Carmo Fonseca, pelo Prémio Pessoa!). Temos uma das percentagens mais elevadas de mulheres na ciência na Europa e até no mundo: Portugal, nas estatísticas europeias de 2008, aparece em quinto lugar na percentagem de investigadoras, com 45 por cento, quando a média da União Europeia não chega a 30 por cento.
Apesar de ter sido premonitória da chegada maciça das mulheres à ciência, a notícia da atribuição do Nobel a Marie Curie há cem anos foi ofuscada, na imprensa francesa e internacional, por um escândalo, irrompido pouco antes, sobre uma sua ligação amorosa com o físico Paul Langevin, que era seu colega e tinha sido discípulo de Pierre Curie (Madame Curie era viúva há cinco anos, mas Langevin era casado). Por obra e graça de um wikileaks doméstico, um jornal francês publicou cartas de amor entre os dois, facto que motivou um duelo à pistola entre Langevin e um jornalista (nenhum dos dois chegou a disparar). Não faltou quem denegrisse a ilustre físico-química chamando-lhe uma estrangeira perigosa para os lares franceses. E, por causa desse affaire, alguns membros da academia sueca tentaram que ela não fosse receber o prémio a Estocolmo. Mas Marie Curie não hesitou em ir, alegando que o motivo do prémio - a descoberta de dois novos elementos químicos, o rádio e o polónio - nada tinha que ver com a sua vida privada. Madame Langevin conseguiu logo a seguir o divórcio com a custódia dos seus filhos sem que o tribunal tivesse mencionado o nome da dupla laureada Nobel. Esta e Langevin (os dois a uma distância prudente na fotografia do Congresso Solvay, pois na altura o caso era escaldante) acabaram por se afastar, seguindo destinos diferentes. Mas, por uma daquelas ironias em que o acaso é fértil, os genes de um e de outro viriam a cruzar-se mais tarde, quando uma neta de Curie se casou com um neto de Langevin...
E Einstein? Qual foi, afinal, o erro de Einstein? Einstein achava que as mulheres não tinham aptidão para a ciência por não serem criativas. Apesar disso, nutria sincera admiração por Madame Curie, considerando-a uma excepção à regra. Tal não o impediu de comentar a um amigo que ela “não era suficientemente atraente para ser perigosa para quem quer que seja”. Einstein cometeu erros. Mas a depreciação que fez das mulheres foi, decerto, o seu maior erro.
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26 comentários:
Não é segredo que Einstein era machista e preconceituoso no que respeitava ao sexo feminino... ;p
Tal como não é segredo que o modelo da dupla hélice alegadamente atribuido a Francis e Crick veio à luz graças à contribuição de Rosalind Franlin, a coqueluche das tecnicas de difracção de raios X muito invejada por um enciumado e despeitado Maurice Wilkins. Reza a lenda que terá surripiado os resultados de Rosalind, da difracção de raios x ao DNA, e entregue esses dados vitais à dupla Watson e Crick, sem a autorização de Rosalind.
Ah, as novelas mexicanas que cada marco cientifico não daria... ah os romances de cordel que cada equipa de investigação não poderia produzir... por exemplo, os casos badalados de equipas que se apropriam de resultados de outras equipas e anunciam falsidades aos media...
Einstein também dizia:«Não acredito na educação. O teu único modelo deves ser tu próprio, mesmo que esse modelo seja assustador». Talvez deste modo, estivesse a fazer o seu acto de contricção...
;)
O ERRO DE EINSTEIN
Excelente texto hoje no Público, uma visão cientifica, mas também muito humana, e projectada aos nossos dias:
- “Não é, por isso, de estranhar que este ano se celebre também a contribuição das mulheres para a ciência”
E, também muito oportuno:
- “Einstein cometeu erros.Mas a depreciação que fez das mulheres foi, de certo, o seu maior erro.”
Gostei de o ler, uma vez mais.
CUMPRIMENTOS
Augusto Küttner de Magalhães
"Hoje, em muitos congressos de física ou de química, há ma representação quase paritária dos dois géneros."
Tudo muito bonito mas a representação na importância das contribuições continua tudo menos paritária.
Depois de várias gerações de igualdade na educação e oportunidades (para não dizer discriminação positiva para as mulheres) pouco ou nada mudou sobre quem dá o contributo nas ciências físicas e na matemática.
Infelizmente, porque o dobro das contribuições seria excelente, mas a realidade não é o que queremos, está-se a lixar para nós e para o politicamente correcto.
Caro Anonimo
Um pouco menos entendível o que quer transmitir:
- mais politicamente correcto?
- mais representação igualitária dos generos?
Como saberá, dentro do politicamente correcto, nada muda, fica sempre tudo, em mais do mesmo...
Cumprimentos
A.Küttner
O que quero transmitir é que mesmo com a igualdade de oportunidades entre géneros não existe igualdade nas contribuições e que nenhum discurso ou discriminação positiva conseguiu mudar isso.
A experiência mostra que as mulheres possuem aptidão menor do que os homens para produzir avanços em ciências "duras" e em matemática. Pessoalmente detesto a conclusão mas depois de tanto tempo é quase irrefutável.
Pode existir mais equitatividade na representação que nada muda. Os avanços realmente importantes continuam a ser feitos maioritariamente por homens e por uma minoria de mulheres.
Oportunidades iguais sim, mas não assumir que daí resultam resultados iguais e muito menos querer forçá-los.
Parece um discurso tremendamente redutor, e suficientemente machista!
(A despeito da dificuldade de se isolar um "facto" como tal!) é apenas um facto histórico que os homens têm contribuído muito mais do que as mulheres para a especulação e investigação fundamental. Uma diferença de facto não é automaticamente uma diferença de valor (neste caso, dos géneros masculino/feminino mesmo que só parcialmente). Mas o "ismo" mais preconceituoso que encontro aí é o cientismo da sugestão de que, porque fazem mais ciência, são melhores... Qual é a balança que pondera os pesos da teoria da relatividade geral versus, por exemplo, da integridade moral e/ou da maturidade emocional que permite amar, que ao que li algures falharam em Einstein na sua relação parental? Sem chegar a julgar o comportamento de Einstein sob este último parâmetro, diria que o seu maior erro teórico terá sido o de uma tal compreensão da ciência que o tenha induzido a (eventualmente) ser misógino com base nisso.
Tendo em conta que o machismo cavernícola imperou até finais do século passado é natural que as contribuições científicas tenham sido feitas maioritariamente por portadores do cromossoma Y, dado que às portadoras do par de X estes caminhos estavam vedados. Natural era também que as descobertas ficassem em nome de quem nelas não labutou. Exemplo perfeito é o da tragicomédia que envolve o estabelecimento do modelo da dupla hélice de DNA, erradamente atribuído apenas a watson e crick.
de qq forma, Einstein tb torcia o nariz à Física Quântica :)
E, tb, de qq forma, o caro Anónimo esquece-se que as contribuições femininas na Ciência existem desde os primeiros passos da área. A grande questão está em terem enfrentado mentalidades preconceituosas (que o século XXI infelizmente não apagou...) e terem visto a sua contribuição ter sido relegada para...plano nenhum. Com efeito, várias "descobertas" foram associadas a homens quando, na realidade, se tratava de puro machismo e negação em reconhecer o devido mérito.
Enfim, não me irei pôr a escrever mais um tratado sobre Mulhere na Ciência, dado que já há muitos, onde se recuperam e reconhecem contributos inestimáveis. E dado que o caro anónimo muito provavelmente não estará interessado nisso porque, se estivesse, compreenderia a enormidade que aqui transmitiu.
Vani, conheço a novela da descoberta do ADN muito bem e aí tem razão, mas leia também bem o que escrevi.
É claro que antes de haver igual acesso a comparação não era legítima, mas há mais de 50 anos que nos países que contam para o que está em discussão isso não existe e os resultados pouco ou nada mudaram nas contribuições de topo. A excepção são as ciências da vida e alguns ramos da química.
Vani, pode ficar ofendida à vontade mas o facto irrefutável é que mesmo depois das portas terem sido abertas às mulheres a contribuição destas foi muito pequena e isto mesmo com benesses como prémios, bolsas e concursos só para mulheres.
Não gosta? Eu também não (como até já escrevi) mas é a realidade dos factos e toda a evidência experimental aponta nesse sentido. Negar isto é ter muito pouco espírito científico só porque não gostamos do resultado.
Quanto ao Miguel Albergaria que escreveu:
"Mas o "ismo" mais preconceituoso que encontro aí é o cientismo da sugestão de que, porque fazem mais ciência, são melhores... Qual é a balança que pondera os pesos da teoria da relatividade geral versus, por exemplo, da integridade moral e/ou da maturidade emocional que permite amar"
Eu escrevi que são melhores a produzir avanços nas ciências "duras" e em matemática. Não venha cá com sofismas e sugestões da treta típicos de investigador das "ciências sociais".
Não se trata de gostar ou deixar de gostar, anónimo. Simplesmente acho que os factos que relata são parciais ou carecem de dados. E que a sua interpretação não está correcta.
-releia a parte em que afirmo que a maioria dos contributos dados por mulheres nem sequer é reconhecido... logo, como não é reconhecido e como é passada uma borracha por cima da contribuição, como se pode à partida afirmar que os factos são esses?...
quanto ao comentário "são melhores a produzir avanços nas ciências "duras" e em matemática", relembre que Marie Curie foi o único ser humano (para evitar distinções sexuais e guerras dos sexos) a conseguir DOIS NOBEIS em duas áreas distintas, áreas "duras" e repletas de matemática.
E com isto encerro uma discussão que só levará a dead end...reveja os seus factos...
"mas há mais de 50 anos que nos países que contam para o que está em discussão isso não existe"?
Não? reveja a história da geneticista Barbara McClintock.
E a história de Rosalind Franklin deu-se no inicio da segunda metade do século XX.
Ola,
peço permissao para postar esse artigo no meu blog: http://daterraparaasestrelas.blogspot.com/
Att,
Otávio
Blog Da Terra Para As Estrelas.
A discussão já vai longa sobre o grande erro de Einstein, que depreciava intelectualmente as mulheres. O anónimo que fala nas ciências "duras" e na Matemática, onde os homens afinal dão cartas e as mulheres não riscam nada, conclui que de facto é irrefutável e quase uma verdade científica o que ele afirma. Mas afinal isso é o que o sr pensa e Einstein também pensava assim. Para se concluir dessa maneira faltam os dados, analisados e tratados cientificamente. Depois desse trabalho feito, poder-se-ão tirar conclusões.
Pode parecer disparate, mas sempre me atrevo a referir o que à 1ª vista parece não ter nada a ver com isto, mas que eu acho que tem e muito.
O grande doutor da Igreja, S. Tomás de Aquino, chegou a admitir em tese filosófica (onde acabou por concluir que estava errada), mas chegou a admitir que a mulher não tinha alma. A mulher não tem alma, só o homem.
Isto, para mim, diz tudo sobre a evolução dos tempos e do estatuto da mulher em particular. Seria possível, nos tempos de hoje, admitir, sequer em tese, o que admitiu Tomás de Aquino?
A mulher no ocidente já se emancipou, sim, mas é ainda uma criancinha...E o passado ainda tem muita influência no presente e vai ter ainda no futuro.
Os factos referidos pelo anónimo que está convencido que a massa cinzenta dos homens produz mais resultados que a das mulheres, é uma história que precisa de ser mais bem contada e sobretudo estudada.
CARTÃO PARA EINSTEIN
Pequeno como sou
em questões científicas, meu caro,
vassalagem te presto,
porquanto é manifesto
que foste um caso raro
de génio e de talento,
autêntico portento,
que a humanidade honrou!
Mas no que toca ao resto,
especialmente a quanto
disseste acerca da mulher
em termos de miolos e de aspecto,
a mão não te levanto
nem faço qualquer gesto
a fim de te saudar,
assim como não tiro o meu chapéu
ante o teu mausoléu
que é um altar
onde apetece rezar
olhando para o céu
que tu foste o primeiro a compreender
sem mesmo o ver.
Nesta matéria,
seja a mulher santa ou galdéria,
eu não te considero
acima de entidades como Homero,
Luís Vaz de Camões, Vergílio ou Dante,
às quais eu rendo fervoroso preito
e me ajoelho
como perante
o Criador
que fez o favor,
no seu conceito,
de sem o teu científico conselho
nos pôr dentro do peito,
juntinho ao coração,
o tormentoso Amor,
esse vulcão
que tem o efeito
de um detonador
ante a visão
de um rosto feminino,
que o espírito nos deixa pequenino:
poeta por contágio como sou,
é por eles que eu vou!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Posso estar enganado, mas lembro-me de ter lido, há já alguns anos, que alguns dos resultados de Einstein teriam a contribuição da sua primeira mulher, Mileva Marić.
Mas suponho que o assunto não é consensual entre os historiadores que sobre ele se debruçaram...
Incomoda-me falarem do einstein sem terem "estudado" a sua vida e trabalho. Sim, há muito para ler e compreender sobre Einstein, e muito está disponível para tal empreedimento, mas claro, custa e então é mais fácil falar do que não se sabe.
Se Einstein não considerava as mulheres capazes para a ciência porque é que o grande amor da sua vida, pela qual lutou contra tudo e contra todos, para ter uam relação com ela e para se casar com ela, era uma estudante de Física?
Se houve uma razão para Einstein se ter apaixonado pela MIleva foi precisamente ela ser uma mulher que queria fazer ciência. Não foi pela sua beleza, muito menos pela sua nacionalidade (os Alemães não simpatizavam muito com os Sérvios) ou pelo seu dinheiro 8que não tinha). Foi a Física que os juntou e foi a Física que os separou.
Infelizmente quase 100% das pessoas continua a desconhecer o que foi a vida do Einstein e o esforço impossível que era ser um marido "normal" e estar a tentar construir uma teoria como a da relatividade geral, que exigiu um esforço de cerca de 10 anos de trabalho intelectual.
E acerca da participação de Mileva na relatividade (especial), nem uma única carta de Mileva para Einstein fala de Física e muito menos da relatividade (especial). Este facto deve significar alguma coisa.
Sou o primeiro a lamentar que Mileva tenha chumbado duas vezes nos exames finais de Licenciatura, especialmente porque este chumbo se deveu a uma única negativa em cinco exames. SEria muito interessante saber como teria evoluido o casamento deles se Mileva fosse licenciada.
Casar-se com Mileva pela Física... é surrealismo puro! "Não vou por aí!" - diria Régio. JCN
Caríssimo JCN
Realmente, casar com alguém pela "física"...
Valha-nos a sua lucidez, e resposta pronta.
E o desassombro de dizer clara, frontal e honestamente, aquilo a que mais ninguém parece atrever-se...
Continue em forma, por muitos e bons anos.
Que eu preciso e gosto de aprender. E gratamente aceito as lições (mesmo que fossem "tareias") de pessoas como o Senhor.
Einstein procurou em Mileva uma companheira que estivesse intelectualmente ao seu nível. Einstein não queria uma mulher que almejasse "somente" ser esposa e mãe dos seus filhos (por muito importante que isso seja, porque o é). Sendo Mileva uma mulher com interesse pela ciência e pela física em particular foi o que fez com que ela superasse as outras "concorrentes". E tudo correu bem até Mileva ter desistido de concluir a sua licenciatura (após dois exames finais negativos (em 10 exames) em anos consecutivos). A partir do momento que não obteve o diploma Mileva desistiu de alimentar o seu interesse em ciência, dedicando-se totalmente ao filho e ao esposo, sem interesse pela física que Einstein tanto gostava. Foi assim que Einstein se foi desapaixonando por Mileva gradualmente até o seu grande interesse na vida ser práticamente só a física.
Quantas mulheres pensam os senhores estudavam física/matemática na Europa e na Suiça em particular no fim do século XIX? O que Einstein sentiu por Mileva teve no interesse mútuo pela ciência o seu principal detonador. Nada melhor do que ilustar este ponto de vista com o comentário da mãe de Einstein: "vais casar com um livro". Mas ele casou, contra a opinião de quase toda a gente que o conhecia.
Não considero uma resposta estilo "é surrealismo puro" digna duma discussão séria neste blog. Surrealismo? Isso é argumento para contrariar ou favorecer o que quer que seja?
É esse tipo de resposta que as pessoas procuram para as questões levantadas num blog deste tipo?
Caro Edu:
Não foi minha intenção desconsiderar a sua opinião sobre o amor de Einstein por Mileva. E suponho que também não terá sido a do Professor João de Castro Nunes.
A questão aqui, pelo menos da minha parte, tem a ver com o sentimento de amor de um homem por uma mulher. E esse parece-me tão sublime e tão extraordinário, que está muito para além de qualquer atracção pelo conhecimento científico do domínio da "física"...
Se bem que agora há muito quem o queira restringir a coisa vulgar e comezinha...
E não estou a afirmar que seja o caso de Edu.
Muito cordialmente.
Será que, para o respeitável senhoe Edu, este blgue, rotulado sob a poética inspiração de Lucrécio, terá de ser necessariamente uma sisuda sala de aula, sm qualquer grão de sal na comida? Estou em crer! JCN
Deixando de ver em Mileva a personificação da "física", Einstein podia ao menos sentimentalmente manter-se fiel ao "físico" da mãe do seu filho, caso nele tivesse qualquer peso a suave doutrinação ovideana da "ars amandi": um peco! "Não vou por aí!". JCN
De borla, disciplina.
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