sábado, 29 de janeiro de 2011

Literatura de hoje e de sempre: Os Lusíadas

Continuam as "Terças-feiras de Minerva", em Coimbra. Neste ano, com o ciclo Literatura de hoje e de sempre.

A primeira sessão do ciclo, terá lugar no dia 01 de Fevereiro, pelas 18H30, e é dedicada aos Lusíadas, de Luís de Camões. Regina Rocha é a prelectora convidada.

Apresentação: "Os Lusíadas são a grande epopeia portuguesa, internacionalmente conhecida. Quando se pretende referir um grande nome da Literatura Portuguesa de todos os tempos, de imediato surge no pensamento de qualquer pessoa o nome de Camões e o do seu poema épico.Porque é que vale a pena conhecer esta obra? Que valores é que ela veicula? É, afinal, assim tão merecedora de ser a grande referência da Literatura Portuguesa? Nesta sessão, pretende-se partilhar com os presentes o valor intemporal do poema camoniano, a nível artístico e da universalidade de um pensamento".

Local: Livraria Minerva, Rua de Macau, 52, Coimbra.

13 comentários:

the revolution of not-yet disse...

institucionalizou-se durante duas grosas de anos

Camões e o mito do Portugal imperial

massaja o ego

logo é intemporal

joão boaventura disse...

A quem quiser participar na Sessão de 1 de Fevereiro, talvez tenha interesse em dar uma vista de olhos pelo obra de Luís de Camões, editada em Paris, em 1819 - com base na edição de 1817 - composta de 4 partes:

Advertência
Vida de Camões
Os Cantos
Notas da Advertência
Notas da Vida de Camões

Independentemente de quem vá ou não à Sessão de 1 do próximo mês, vale sempre a pena rever, ou ler pela primeira vez, o Poema Épico, de Luís de Camões.

Uma boa leitura para este fim de semana.

Anónimo disse...

Improvisando:

A VERA RAZÃO

A razão principal por que Camões
ganhou direito à imortalidade
foi ter usado, em suas expressões,
a linguagem da... latinidade.

Ao gosto dos padrões renascentistas,
ninguém melhor do que ele interpretou
o jeito de falar dos humanistas
em todos os poemas que forjou.

Inaginando, os vejo a regalar-se
desvanecidamente ao deparar-se
com pérolas de Horácio e de Vergílio.

Expressando-se na sua linguage,
deu-lhes Camões, em virtual imagem,
a fruição de um renovado idílio!

JOÃO DE CASTRO NUNES

joão boaventura disse...

Redondilha

Canta o Caminhante ledo
No caminho trabalhoso
Por entre o espesso arvoredo;
E de noite o temeroso
Cantando refreia o medo;
Canta o preso docemente,
Canta o segador contente,
E o trabalhador, cantando,
O trabalho menos sente.

Camões

Anónimo disse...

Insisto;

Camões é Portugal: ele sozinho
a sua pátria amada representa;
enquanto ele for lido, ninguém tenta
riscar do mapa o seu paterno ninho!

JCN

joão boaventura disse...

Quem estiver interessado na continuação desta Redondilha, cuja primeira linha titula o livro recentemente publicado por António Lobo Antunes, e ler muitas outras Redondilhas, poderá aceder ao Vol. IV das “Obras de Luís de Camões”, da autoria do Visconde de Juromenha (Lisboa, Imprensa Nacional, 1863).

Anónimo disse...

There is something wrong with the title of the blog : "de rerum mundi". Two genitives alone have no meaning at all, just as if you would say: about Churchill's Thatcher's. You should have written: "de rebus mundi" or, at least, "de rerum mundo" (de + ablative + genitive). A great part of the history of science has been written in latin. Please, let us respect its grammar !

joão boaventura disse...

Mil desculpas pelo lapso, no meu anterior comentário porque, inadvertidamente, não introduzi a Redondilha para a qual sugeria o acesso à referência para a ler integralmente.

Agora, o comentário integral:

Redondilhas

Sôbolos rios que vão
Por Babilónia, me achei,
Onde sentado chorei
As lembranças de Sião,
E quanto nela passei.
Ali o rio corrente
De meus olhos foi manado;
E tudo bem comparado,
Babilónia ao mal presente,
Sião ao tempo passado.
… … … … … … …

Quem estiver interessado na continuação desta Redondilha, cuja primeira linha titula o livro recentemente publicado por António Lobo Antunes, e ler muitas outras Redondilhas, poderá aceder ao Vol. IV das “Obras de Luís de Camões”, da autoria do Visconde de Juromenha (Lisboa, Imprensa Nacional, 1863).

Anónimo disse...

Ao redigir este comentário na língua dos vassalos de Sua Magestade do Reino Unido, vossemecê... não estaria com os copos? JCN

António Viriato disse...

Camões vale uma Pátria, no caso, a nossa.

Com ela se identificou, a ponto de morrer quando ela se apagava, perdendo a sua soberania.

Um punhado de destemidos patriotas haveria de pôr cobro à amputação sofrida pela Nação, naquela auspiciosa manhã do 1.º de Dezembro de 1640.

Hoje parece que poucos nossos compatriotas valorizam a data e menos ainda o acto, em consequência de uma formação deficiente que produz estudantes sem cultura nacional, convencidos os dirigentes educativos de qualquer incompatibilidade entre ser cidadão Português e ser cidadão Europeu.

Como se as duas condições não fossem complementares.

Ler e meditar o magnífico poema épico de Camões pode ser uma forma excelente de combater este presente défice cultural dos estudantes portugueses.

Louvemos por conseguinte a oportuna iniciativa dos Professores de Coimbra.

António Viriato_Lisboa_30-01-2011

Anónimo disse...

Eu sou dos que pouco valorizam a data e o acto (que nos lixou e bem lixados) talvez por falta de cultura da minha parte. Vou reler os Lusíadas para ver se passo a detestar os espanhóis um pouquinho que seja (as espanholas, nunca).

Anónimo disse...

Leia os "Lusíadas", pá, e deixe de dizer... parvoíces! JCN

Anónimo disse...

Reli e de facto resolvi nunca mais dizer parvoíces.

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