sexta-feira, 28 de maio de 2010

Protesto fotográficos dos bolseiros de investigação científica IV


A adesão de bolseiros de todo o país ao protesto fotográfico é um sinal inequívoco de insatisfação com as condições de trabalho dos jovens (e menos jovens) investigadores. E não é para menos: as bolsas não são aumentadas desde 2002 (perda de 20% do poder de compra), o subsidio de doença é uma fracção do valor do indexante apoios sociais (€419,22) e não há subsidio de desemprego. Pode-se dizer que os bolseiros pouco ou nada são afectados pelas medidas de contenção do défice (à excepção do aumento do IVA), pois já há muito que contribuem "preventivamente" para combater a crise!

A diversidade e importância das instituições a que estão ligados e o número de bolseiros nas imagens (sem dúvida inferior ao total) é bem reveladora da importância dos bolseiros no sistema científico nacional.

26 Maio 2010 - (30 bolseiros)
E os bolseiros do IST retomam a iniciativa com mais um protesto!
Instituto Superior Técnico - Universidade Técnica de Lisboa

24 Maio 2010
Protesto no CEVDI-INSA
CEVDI - Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas
INSA - Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, I.P.
Para cada investigador, o número na fotografia representa o número de anos como bolseiro de investigação

Maio 2010 (14 bolseiros)

Maio 2010 (59 bolseiros)

Maio 2010 (28 bolseiros)
Universidade do Porto

7 comentários:

Anónimo disse...

Honestamente, os bolseiros deviam pensar se no dias de hoje este tipo de protestos faz sentido.

Os bolseiros são mão-de-obra qualificada. Se o dinheiro é assim tão importante, mudem de emprego. Eu falo por mim, que sou bolseiro de doutoramento.

Talvez visse com bons olhos um aumento no valor das bolsas, mas parece-me mais sensato pugnar por isso diminuindo o número de bolsas atribuídas. Eu trabalho ímenso, mas não punha a mão no fogo por todos os bolseiros.

Ana disse...

Diminuir o número de bolsas atribuídas?... o_O

Já são muitas, estou a ver...

Distribui-las melhor, não?... Não será gritante que existam laboratórios super-lotados com bolseiros e outros tantos a sobreviver sem dinheiro nenhum e a obrigar os potenciais colaboradores a procurar outro laboratório, emprego, mecenas, etc, para poderem mostrar o que valem?...

Se os bolseiros são mão de obra qualificada, não têm o direito a exigir mais condições para continuarem a executar essa mesma qualidade?

Desculpe, mas acho que não está a ver o cenário lá muito bem...

Anónimo disse...

Tendo qualquer pessoa o direito de exigir o que quer que seja, os bolseiros também o têm. Não é isso que está em causa.

O que está em causa é a razoabilidade da exigência. Acho pouco razoável que trabalhadores altamente qualificados precisem de recorrer a bolsas se têm tanta vontade de ganhar dinheiro, quando a par disso temos, por exemplo, os idosos a viver em profunda miséria, quer económica quer social.

No actual cenário de cortes que atingem os mais vulneráveis, ainda menos razoável é esta exigência por parte de jovens altamente qualificados.


Um trabalhador altamente qualificado facilmente consegue que lhe paguem melhor noutro sítio, aonde seja mais tangível a qualidade e o valor do seu trabalho.

Ana disse...

Desculpe, anónimo, mas acho que está a misturar alhos com bugalhos.

Ana disse...

Ps - não pretendo criticar nem julgar, certo? Pretendo apenas expressar a minha discordância quanto à sua opinião, nada mais do que isso.

(convém explicar-me neste aspecto, uma vez que o hábito de argumentação agressiva, confundida com argumentação apaixonada, está já demasiado enraizado em todo o lado)

Anónimo disse...

Desculpe, Vani, mas acho que o mínimo exigível era fundamentar essa afirmação que faz. Comentários de rottweiler são ridículos.

Repare, eu até podia fazer um enorme esforço para mudar de ideias, mas com tantos argumentos como esse que apresentou, acho que fico onde estou.

Para dizer o que diz -- ruído -- é preferível não dizer nada.

Ana disse...

Caro anónimo, aqui a Roti que só emite ondas mecânicas poluidoras aos seus excelsos receptores, diz-lhe o seguinte, almejando que o código encontre matéria por onde se propagar:

"A humanidade, que deveria ter seis mil anos de experiência, recai na infância a cada geração."


Parabéns, defende muito bem as suas ideias! É assim que pensa vir a defender a sua tese de doutoramento? Está, realmente, num óptimo caminho, continue, força! Não se esqueça de insultar o júri, é sempre bom impor os nossos pontos de vista à força e aproveitar para descarregar as nossas frustraçõezitas diárias!...

E aqui encerramos, mais uma vez, como tanto se enraizou nesta blogosfera e nesta pseudo-civilização, o que poderia ter vindo a ser uma troca de ideias saudável. E encerra-se porquê? Porque, mais uma vez, debate é confundido com ataque pessoal e argumentos objectivos são confundidos com estaladas verbais.

Penso que o senhor já emitiu toda a descortesia possível e, visto que tão bem demonstrou que não sabe trocar ideias sem partir de imediato para a chapada verbal, agradeço que não volte a dirigir-se-me.
Seja feliz com os seus ideais e espanque severamente todos os que não concordarem consigo, sim? ^_^ baibai...


"Se toda a humanidade menos um fosse da mesma opinião, e apenas um indivíduo fosse de opinião contrária, a humanidade não teria maior direito de silenciar essa pessoa do que esta o teria, se pudesse, de silenciar a humanidade"

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...