sábado, 8 de maio de 2010

Atenção: não procure interpretar


ATENÇÃO
A partir daqui, siga cuidadosamente os procedimentos descritos no
Guião de Aplicação de cada prova.
Não procure decorar as instruções ou interpretá-las, mas antes lê-las
exactamente como lhe são apresentadas ao longo deste Manual.


À semelhança de outros anos, esta é a advertência feita aos Aplicadores da Provas de Aferição de Língua Portuguesa e de Matemática para os 4.º e 6.º ano de escolaridade. São 22 páginas de instruções. Se retirarmos a capa e o índice são vinte. Vinte páginas de instruções!

Vale a pena lê-las
aqui e aqui.

Nota: Depreende-se que os "aplicadores" sejam os professores, mas a palavra professor é omissa... como acontece em muitos documentos provenientes da tutela!

15 comentários:

Anónimo disse...

Quem foram os atrasados, deduz-se autores, que escreveram este lixo?
Eu já sabia da existência desta treta, mas não chegara a ler, os professores devem ter alguma deficiência profunda para precisarem disto não??

mais uma ideia iluminada do ministério da deseducação!

José Batista da Ascenção disse...

Compreende-se. Há muito. Mas é preciso não aceitar!

O TEU FLUVIÁRIO METE ÁGUA CAMARADA disse...

axxo que não vale a pena ver

o post é uma repetição burocrática de algo que em si contêm a mesma mentalidade

lamento não perceber as vossas preces

dos nomes que vejo apenas reconheço um por ter assistido a uma palestra de um matemático numa escola secundária

venho de um blog sobre uma palestra perfeita

chego a outro que pelo título parecia ser apetecível e deparo-me com

outra palestra de me levar às lágrimas

afunda-se um país num mar de palestras e de polémicas sem nexo

professor é quem ensina a palavra é omissa
porque raros conheci em 14 anos de vida escolar ou fora dela

bona fides

Graça Sampaio disse...

Como se fossemos todos um bando de atrasados!

O TEU FLUVIÁRIO METE ÁGUA CAMARADA disse...

ou seja 14 mentes aparentemente sãs
apenas
produzem um post desta qualidade
porque não ir à raiz do problema


no tempo perdido em discussões estéreis


na burocratização das almas, da minha que fui por vós formada
da vossa que vos aconteceu o mesmo ou se auto-formataram

da sociedade poderiam como diz no blog comentar este vosso aspecto que é parte das várias coisas do mundo, procurando expor a sua natureza.

Parte da realidade do mundo é infelizmente esta a vossA diria mesmo triste realidade

um erro, que analisa outro erro, estará certo?

ou errado?

Anónimo disse...

A questão não é ser-se ou não um bando de atrasados. Deixemos isso para outras discussões.

A questão é que, com documentos assim e procedimentos assim, não só nos vamos manter atrasados (no caso de o sermos) como mais facilmente nos tornaremos nesse bando (no caso de não o sermos).

Carlos Santos

Fartinho da Silva disse...

Tratam os professores, como seres que nunca aplicaram um vulgar teste aos seus alunos...

Os autores deste lixo, porque é disto que se trata, se trabalhassem num empresa privada seriam chamados à atenção e tal manual nunca seria aprovado. Como trabalham num ministério gigantesco e sentem a necessidade, natural, de justificar o seu inútil emprego, produzem lixo e ainda mais lixo. Como o dinheiro que gastam na elaboração de tal disparate e na distribuição do mesmo não é deles, mas do contribuinte, sentem que tudo podem fazer.

Já agora, provas de aferição? Isto tem alguma justificação objectiva? Isto cabe na cabeça de alguém com o mínimo de juízo? E para delírio absoluto, decide-se aplicar tal disparate a todos os alunos do país? E quem paga este delírio? O contribuinte, claro!

Mas exames exigentes e rigorosos, nem vê-los!

Jaquim disse...

Qual o problema.

Todas as especificações/instruções são deste tipo e assumem que o leitor e um aborto intelectual porque muitos deles o são.

Contrariamente ao escrito nos comentários no sector privado existem instruções bizarras (porque estas nem chegam a esse ponto).

E já agora, onde posso encontrar a palavra "apliadores" nas instruções?

Espanto dos espantos não a encontrei.

Ana disse...

É apenas mais um sinal e sintoma da burocratização de tudo. A maioria dos manuais, folhas de avaliação, planos de aulas e de módulos, referenciais da matéria, blábláblá, não passam de uma fachada burocrática (que duvido que alguém leia ou corrija...), de papelada elaborada de acordo com o que é burocraticamente elegível e não de acordo com o que é real. Porque seria agora diferente com as provas de aferição e afins?...

Helena Damião disse...

Caro leitor da 11:23
Agradeço ter assinalado o erro, do qual não dei conta e que já emendei.

Jaquim disse...

Helena, pensei que estivesse a ser sarcástica e como tal a referir-se a uma gralha nas instruções.

Aparentemente enganamo-nos os dois.

Helena Damião disse...

Caro Leitor Jaquim
Não, o erro foi meu, não consta nas instruções.
Obrigada por tê-lo assinalado.

José Batista da Ascenção disse...

Mas, atenção: a gralha permanece na primeira linha do "post".

joão boaventura disse...

A expressão

Não procure interpretar

Tem lógica pelos significados que se lhe podem abstrair.
Vejamos:

1 - Não procure entender nem compreender(porque poderá não ser claro), sujeite-se ao que está escrito, bem ou mal, não discuta;
2 - Não procure tirar dúvidas, nem indagá-las, está em cima da hora e já não há tempo ara esclarecer;
3 - Não procure executar o que lá está (como uma peça musical;
4 - Não procure traduzir, o que se passou na cabeça dos redactores;

Convém não esquecer que Portugal, na Europa, está cá muito em baixo... geograficamente falando.

Agradeço que não interpretem meu comentário.

Anónimo disse...

A que tem mais "piada" é aquela: no final, o professor diz aos alunos "Obrigado pela vossa colaboração. Agora, podem sair.".
Quem no seu perfeito juízo se lembrou desta?
Os alunos fazem o especial favor de fazerem uma prova que não conta para nada, a não ser para avaliar o sistema e o sistema que em primeira linha é representado pelos professores, agradece o facto de os alunos colaborarem. Afinal, mas há crise em que país? Bancarrota nem pensar! É gastar dinheiro em papel e tinta e electricidade num teste que não avalia. Enfim, é a escola do futuro!
Cada dia que passa com esta gente à frente dos destinos do país é mais um degrau que descemos rumo ao descalabro.
Parabéns, portugueses! Têm o que merecem.

"A escola pública está em apuros"

Por Isaltina Martins e Maria Helena Damião   Cristiana Gaspar, Professora de História no sistema de ensino público e doutoranda em educação,...