sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Teoria e observação na SEP

A Stanford Encyclopedia of Philosophy acaba de publicar um novo artigo sobre teoria e observação na ciência, de Jim Bogen. Poderá ser do interesse de alguns leitores deste blog, tanto cientistas quanto outros leitores interessados em ciência.

O problema filosófico fundamental é saber qual é exactamente a relação entre a observação e a teoria, em ciências como a física ou a biologia. Ao contrário do verificacionismo ingénuo que muitas pessoas sustentam, não há uma relação directa, pois praticamente qualquer teoria pode ser sustentada face a quaisquer observações que aparentemente a refutam, mudando ligeiramente certos aspectos inessenciais da teoria.

Esta banalidade lógica gera muita parvoíce, como a que constantemente nos infecta este blog: o nosso criacionista de serviço, que raia a loucura e cujos comentários tenho tido o gozo de apagar nos últimos dias, argumenta sistematicamente com base na ideia de que é possível compatibilizar o criacionismo judaico-medieval com as observações aparentemente recalcitrantes. E é. Só que isso não basta para ser racional sustentar uma dada teoria. Saber o que basta ou não é o tema do artigo. 

1 comentário:

Leonardo de Oliveira Martins disse...

Obrigado pela dica. Há também um post interessante do Carl Zimmer no site Year of Science 2009 comentando sobre "como a ciência funciona de verdade".

EMPIRISMO NO PENSAMENTO DE ARISTÓTELES E NO DE ROGER BACON, MUITOS SÉCULOS DEPOIS.

Por A. Galopim de Carvalho   Se, numa aula de filosofia, o professor começar por dizer que a palavra empirismo tem raiz no grego “empeirikós...