Pela primeira vez desde a época das caravelas, as exportações nacionais de tecnologia ultrapassam as importações. Durante o primeiro semestre de 2007, exportámos 506 milhões de euros e importámos 447 milhões. Esta tendência deve manter-se devido à grande aposta nos últimos dois anos na criação de empresas de base tecnológica. De acordo com Lino Fernandes, presidente da AdI, Agência de Inovação, «é de esperar que agora estas também comecem a mostrar resultados».
Outro informação inédita reside no facto de que as empresas portuguesas estão a investir mais em I&D (Investigação & Desenvolvimento) que as universidades. Para Lino Fernandes:
«Muitas empresas já perceberam que para vingar em certos mercados têm que ser muito competitivas e isso só se consegue com inovação e, naturalmente, com um forte investimento na componente de investigação».
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Portugal exporta mais tecnologia
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O corpo e a mente
Por A. Galopim de Carvalho Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh... -
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d... -
.jpg)
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
13 comentários:
Acredito que haja actualmente esta tendência de as empresa portuguesas investirem mais em I&D. Mas acho que ainda é algo muito mascarado, é pouco realista. Como é que são verificados os valores que as empresas dizem que dedicam a I&D?
Se assim for, é um bom sinal, mas ainda muito ténue e frágil.
Que bonita frase! «Pela primeira vez desde a época das caravelas»... Mas tratar-se-á de um fraseado rigoroso, ou simplesmente palavroso? De uma noção científica, ou de um fogacho retórico? Hmmmm...
Q. Rico
A propósito do entusiasmo com que foi dada a notícia acima, permito-me transcrever aqui algumas das palavras de Epifânio da Franca, CEO da Chipidea, no último Expresso:
"... Ingratamente, o último relatório da Comissão Europeia sobre a economia da União em 2006, “que pretende ser puramente analítico”, veio-nos relembrar a posição lá bem na cauda da liga dos 27 em 3 indicadores importantes que atestam a saúde da nossa economia."
etc, etc.
Ver Expresso - artigo de opinião "Realidade e Ambição" de Epifânio da Franca:
http://semanal.expresso.clix.pt/2caderno/opiniao.asp?edition=1828&articleid=ES271821
Luis Alcacer
Uma boa noticia com certeza, mas não chega, é necessário mais e melhor, recanalizar fundos e meios humanos de actividades obsoletas e escolasticas para actividades com valores acrescentados, o 1º passo é ter um ensino de qualidade e acabar com as sucessivas rebaldarias na educação, depois dar formação empresarial para dar uma visão das oportunidades e se o estado não ajuda as empresas ao menos não entrave o seu estabelecimento no territorio nacional com burrucracias, licenciamentos e afins que servem para sustentar parasitas municipais e ministeriais , processos de aceleração e o simplex vai nesse sentido, é preciso tambem divulgação cientifica cá em portugal do que se faz lá fora tambem vocacionada para o publico em geral, algo que aqui o blog já vai fazendo mas passando tambem para outros formatos, porque não a rtp2?
Quanto às empresas que estão a mudar os paradigmas, é porque estão a ter estratégia de mercado como solução para a concorrencia, não ficam à sombra da babaneira a produzir com base em mão obra barata e produtos sem valor porque assim não vão lá.
Haja melhorias nesta tendencia, e espero que seja para continuar e consigamos sair deste buraco.
È da natureza lusitana. Se não temos nada, aqui d'El-Rei que não temos nada.
Se temos alguma coisa, aqui d'El-Rei que há podiam ter feito mais.
Se tivermos muito, aqui d'El-Rei, que meios fraudulentos não foram utilizados para chegar lá.
É da natureza lusitana. Preso por ter cão, preso por não ter cão.
Continuamos agarrados ao provincianismo lusitano: insatisfeito na pobreza, inatisfeito na riqueza, insatisfeito na insatisfação.
Desconfio completa e descaradamente desses valores, basta ver a quase inexistencia de anuncios de empregos para trabalhar nas tais misteriosas empresas tecnologicas que eu nao conheco.
Imagino que na tal exportacao de tecnologia estejam metidos os carros fabricados pela fabrica da VW, ou nao? Saiu algum modelo novo da VW que esta a vender bem?
Eu bem gostava que isso fosse tao bom como parece!
Espero uma confirmacao dessa afirmacao, mas com mais detalhes!
luis
Sobre o antiprovincianismo ver aqui
http://antiprovinciano.blogspot.com/2007/04/o-que-o-provincianismo-i.html
Já agora, para quando um post sobre o cometa visível (17P/Holmes) neste Blog de Ciência...?
Só espero que a investigação pura e aparentemente inútil continue a ser financiada.
Também desconfio muito destes valores e infelizmente não comungo do optimismo com que são apresentados. Não duvido que exportemos tecnologia, eu próprio participei em projectos de exportação de tecnologia para países como a Finlândia, o Brasil e Espanha, e o mérito não é meu. mas sim de empresários com visão, tenho filhos que também colaboram em criação de tecnologia com relevância internacional, um numa empresa de ponta e outro na universidade, mas isto não me leva a crer que o quadro geral do País seja tão risonho, basta ver os números ridiculamente baixos de patentes portuguesas.
Pela primeira vez desde a época das caravelas hahaah
é isto que precisamos meus amigos. Portugal só cresce assim.
Enviar um comentário