quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Um problema semântico?

Num artigo recente da revista Wired, Clive Thompson apresenta a sua solução simplificada para a comunicação científica em geral e para o debate evolução-creacionismo em particular. Tudo se baseia na resolução de um problema semântico. Segundo Thompson a Ciência triunfará apenas quando a “teoria se tornar lei” (sic). A lógica baseia-se no batido slogan anti-evolucionista “A evolução é uma teoria, não um facto”e é a seguinte: já que a teoria da evolução está mais que provada, então deveria passar a denominar-se lei.
Segundo Clive Thompson, muitas das dúvidas da opinião pública em relação à ciência provêm do palavreado utilizado pelos cientistas quando comunicam factos. A linguagem dos cientistas quando comunicam ciência é prudente soando, por vezes, amedrontada. Como cientistas, prestamos demasiada atenção ao detalhe e as certezas são rejeitadas por lealdade ao rigor científico.
Para Ciência que está há muito estabelecida e é sólida deixemos então de utilizar a palavra teoria e passemos a utilizar a palavra lei. Segundo os exemplos de Thompson, ninguém chama às Leis de Newton as teorias de Newton. Então já está. Problema resolvido. Passemos a chamar à teoria da evolução a Lei de Darwin ou a Lei da Evolução e ponhamos um stop aos argumentos semânticos sobre “teorias” não provadas.

40 comentários:

Anónimo disse...

isso era capaz de ser uma solução!

pelo menos poupava-me algumas dezenas de discussões que já tive com algumas pessoas a tentar explicar que em ciencia uma teoria para ser teoria tem de estar muitissimo bem estabelecida e apoiada por inumeros dados.

o pior é que para quem não está dentor dos assuntos, mesmo estas explicações não têm a força que a palavra "teoria" parece ter nakelas cabecinhas...

Anónimo disse...

O problema do debate evolucao-criacionismo na Europa, é que ele só existe porque algumas pessoas resolveram importá-lo dos EUA. A maior parte das pessoas está-se a danar. É como discutir se foi o O.J.Simpson que matou a mulher ou nao. Nao é um problema nosso. Alguém se entretem com o debate evolucao vs. reencarnacao?

Quanto às 3 Leis de Newton, devo dizer que nunca percebi porque se chamam de leis, quando: a segunda nao passa de uma definicao do conceito de forca; a primeira é implicada pela segunda; e a terceira é uma forma pouco clara de dizer que forcas se adicionam.

Anónimo disse...

"Segundo Clive Thompson, muitas das dúvidas da opinião pública em relação à ciência provêm do palavreado utilizado pelos cientistas quando comunicam factos."

O problema não é o palavreado, é a burrice nas pessoas que não sabem pensando que sabem tudo e não querem aprender, por exemplo os criacionistas de serviço andam aqui no blog a depitar palermices que são do dominio da cultura geral e outros conhecimentos que já se conhecem à seculos ou decadas e andam aqui a expor o seu conhecimento escolastico pré galileu..
Haja paciencia, se querem discutir ao menos informem-se, e deixem deus de lado porque isso já começa a enjoar, deus não explica nada, dizer que foi deus não leva a lado nenhum, arranjem melhores argumentos e contraponham com 1 nova teoria susceptivel de rivalizar com as actuais, mas sem deus ok?

Anónimo disse...

Porque independentemente de ferir sentimentos das pessoas, as pessoas que defendem o criacionismo e explicam tudo através de deus são preguiçosas mentais, pensar custa, aprender custa, teorizar custa, então dizem que foi deus e pronto, facil..

Anónimo disse...

Pessoalmente discordo. Julgo que isso seria retirar aquilo que distingue a Ciência do resto e a evolução de tal medida poderia não ser a melhor.

A meu ver são as pessoas que têm que aumentar o seu nível cultural e não a Ciência que tem que diminuir para chegar a mais pessoas, seria uma emenda que se poderia revelar pior. Sem dúvida que a Ciência pode ajudar neste campo, mas nunca sem se descaracterizar, simplificar sim, uma simplificação "distorcida" não.

Julgo que as Leis de Newton assim se chamam devido à altura em que foram "descobertas" e por Newton ser cristão e ter grande influência nas esferas da Igreja Inglesa (que aproveitou tal descoberta para justificar a existência de um ser superior que as criou, daí serem Leis).


De qualquer das formas isto é apenas a opinião de alguém que nem de perto nem de longe "domina" Ciência ... :)

Unknown disse...

Lendo o Jónatas Machado, que "arruma" todas as leis da ciência de uma penada, das leis da termodinâmica à lei da gravidade, esta semântica não adiantava nada!

Os criacionistas só reconhecem uma lei, que é a da bíblia aka calhamaço dos embustes.

Depois, esta medida tem como pressuposto que os criacionistas são minimamente racionais. Como todos somos testemunhas, a racionalidade é um pecado a evitar a todos os custos pelos criacionistas...

Anónimo disse...

Mas esquecendo os criacionistas, penso que era bom porque mesmo às "pessoas normais" que não são criacionistas e não percebem de ciência, esta coisa de se chamar teoria faz muita confusão!

Dizem logo: "isso é só uma teoria!", sem perceberem que uma teoria cientifica é algo que não é "apenas uma teoria"...

Anónimo disse...

De nada vale chamar-lhe lei de Darwin, porque ninguém reconhece a Darwin poder legislativo. Darwin não conhecia a complexidade da célula.

Ele não conhecia as quantidades exponenciais de DNA. Daí que uma hipotética Lei de Darwin seria sempre uma lei proclamada por uma instância incompetente.

Anónimo disse...

"Lendo o Jónatas Machado, que "arruma" todas as leis da ciência de uma penada, das leis da termodinâmica à lei da gravidade, esta semântica não adiantava nada!"

Os evolucionistas é que arrumam as leis da ciência:

A lei da causalidade diz que todo o efeito físico tem que ter uma causa. No entanto os evolucionistas falam de uma singularidade inicial desprovida de uma causa.

A lei da conservação da energia diz que a matéria e a energia se podem transformar uma na outra, mas não se criam a elas próprias. No entanto, os evolucionistas dizem que a matéria e a energia terão surgido do nada por acaso.

A segunda lei da termodinâmica fala de uma tendência natural da ordem para a desordem, da complexidade para a simplicidade. No entanto, os evolucionistas postulam exactamente o contrário.

A teoria das probabilidades diz que a probabilidade de uma célula surgir por acaso é virtualmente zero. No entanto, os evolucionistas afirmam (com a confiança de uma testemunha ocular) que a célula terá surgido por acaso.

A lei da biogénese afirma que a vida só surge da vida. No entanto, os evolucionistas afirmam que a vida terá surgido "por um golpe de sorte" (Dawkins) a partir de químicos inorgânicos.

A teoria da informação diz-nos que toda a informação tem uma origem mental, sendo sempre produto de uma inteligência. No entanto, os evolucionistas afirmam que as quantidades inabarcáveis de informação contida no DNA se criaram a elas próprias, se codificaram e fabricaram um sistema de armazenamento extremamente complexo e miniaturizado a partir de processos aleatórios.

Quem é que anda realmente a brincar com as leis da ciência?

Os evolucionistas, claro!

Manuel Rocha disse...

A polémica criacionismo vs evolucionismo, não me interessa. Mas há algumas questões que este post da Sofia suscita que me merecem alguns comentários.
É possivel que muitas das dúvidas que surgem na opinião pública sobre matérias que a ciência trata, tenham também a ver com outros factores, nomeadamente com uma certa arrogância de classe que leva por exemplo, a que se escreva "Ciência" com maiúscula. Não me parece que a racionalidade, quando existe, tenha de ser decretada ou equiparada ao valor simbólico da Divindade para ter mais valor.
Quanto à questão semântica leis vs teorias, pensava eu que o estatuto de "lei" estava reservado para o conhecimento que é passível de ser reproduzido experimentalmente e que conduz sempre ao mesmo resultado quando repetido nas mesmas condições. Julgo que ainda ninguém conseguiu recriar experimentalmente condições objectivas de evolução de espécies. e por isso não me aflige nada que se mantenha com a etiqueta de teoria.
Gostaria por fim de recordar um artigo do Jorge Buescu neste Blog em que nos lembra que "correlação não é causalidade". A maioria das teorias cientificas apoia-se em correlações. Por isso e por muito grandes que elas sejam, mandaria o bom senso e a modéstia que se mantivesse o estatuto de teorias. Pior seria se lhes atribuissemos o estatuto de "leis" e novos conhecimentos futuros viessem a revelar que as "leis" afinal estavam erradas.

Anónimo disse...

"A lei da causalidade diz que todo o efeito físico tem que ter uma causa. No entanto os evolucionistas falam de uma singularidade inicial desprovida de uma causa."
Não se conhece a causa, que é bem diferente de se dizer que é desprovido da causa. Ainda mais, é uma das teorias que existem reconhecendo os cientistas a possibilidade de não ter acontecido tal.
Ao contrário de muitos religiosos, quando não se desconhece as causas de algum acontecimento não se atribui a uma divindade... procuram-se saber as causas vivendo na incómoda ignorância, mas ao menos tem-se noção que se é ignorante (a leitura de Platão é bastante interessante).

"A lei da conservação da energia diz que a matéria e a energia se podem transformar uma na outra, mas não se criam a elas próprias. No entanto, os evolucionistas dizem que a matéria e a energia terão surgido do nada por acaso."
Se a teoria/possibilidade do Big Bang se verificar, e segundo percebi o que me foi ensinado, toda a matéria estaria "concentrada" tendo o Big Bang provocado a sua expansão e portanto "desconcentração".

"A segunda lei da termodinâmica fala de uma tendência natural da ordem para a desordem, da complexidade para a simplicidade. No entanto, os evolucionistas postulam exactamente o contrário."
Como não tenho conhecimentos suficientes para contra-argumentar, pesquiso... e encontro http://www.geocities.com/gilson_medufpr/termo.html .
No entanto jugo que um dos autores do blog (senão mais) podem facilmente contra argumentar da mesma forma ou melhor que aquele artigo.

"A teoria das probabilidades diz que a probabilidade de uma célula surgir por acaso é virtualmente zero. No entanto, os evolucionistas afirmam (com a confiança de uma testemunha ocular) que a célula terá surgido por acaso."
Virtualmente zero é diferente de zero.

Quanto ao resto (e também muito do acima), acho que anda a confundir conceitos e situações em que são aplicadas as ditas leis (que se calhar algumas não deveriam ter ess título). Até as leis que compõem o nosso sistema jurídico são aplicadas num contexto, existindo outras leis a ser aplicadas caso o contexto mude.

Fulano de Tal disse...

A probabilidade de sair o euromilhões a uma pessoa em particular tb é virtualmente zero, e no entanto ele sai a alguém quase todas as semanas.

Palmira F. da Silva disse...

Caro SV:

Tal como em relação a tudo o que diz, no que às leis da termodinâmica diz respeito, o arrazoado do anónimo que todos conhecemos é tão imbecil que nem chega a estar errado: não faz sentido.

Um conhecimento muito básico de termodinâmica impediria as figuras tristes do dito anónimo sempre que se arroga a debitar algo sobre termodinâmica, especialmente sobre um parâmetro que não deve fazer ideia o que seja, a entropia, que confunde com desordem.

Um exemplo simples para mostrar a confusão do dito senhor sobre " tendência natural da ordem para a desordem, da complexidade para a simplicidade".

Um espécie química na fase gasosa é mais "desordenada" (na realidade com maior entropia, falar em desordenado só confirma a profunda ignorância do senhor) que no liquído e este que no sólido.

No entanto todos nós podemos apreciar a beleza da "complexidade" e "ordem" de um cristal de neve que se forma espontaneamente a partir de água na fase de vapor.

Não sei se o dito senhor pretenderá que a "informação" para a formação dos cristais de neve " tem uma origem mental, sendo sempre produto de uma inteligência".

Não sei se ele pretenderá que é a tal "inteligência" - e não as propriedades químicas - que determina a formação de agregados como micelas ou vesículos ou as incontáveis reacções químicas espontâneas que ocorrem com abaixamento de entropia do sistema.

Anónimo disse...

Estimada Palmira.

Os cristais são exemplos de ordem, mas não de complexidade irredutível.

Esta supõe a convergência simultânea de diferentes partes, de forma especificada, integrada e interdependente, para a realização de uma função inovadora, não possível a partir das partes isoladamente.

Ou seja, uma coisa é ordem, outra, bem diferente, é complexidade.


O crescimento de um cristal envolve regularidade. Se partirmos um cristal de sal obtemos cristais de sal mais pequenos.

Diferentemente, se partirmos a molécula de uma proteína biológica (v.g. insulina) não obtemos insulina em quantidades mais reduzidas.

Deixamos de ter insulina porque destruímos a informação contendo as sequências especificamente codificadoras da insulina.

A formação de um cristal envolve a assunção, por parte das moléculas, de um padrão pré-determinado, sem qualquer aumento de informação e complexidade.

Diferentemente, os seres vivos adquirem complexidade, durante o seu processo de formação, graças à existência de um código com informação pré-existente (v.g. DNA), contendo as instruções complexas e especificadas para a criação da vida e sistemas altamente precisos de conversão da energia (v.g. fotosíntese, digestão, respiração, circulação sanguínea), também ele codificado no DNA.

O fabrico de proteínas depende da informação codificada no DNA e de uma maquinaria extremamente complexa de transcrição, tradução e execução das instruções codificadas.

Comparar cristais com DNA é realmente comparar alhos com bugalhos.

Anónimo disse...

"A probabilidade de sair o euromilhões a uma pessoa em particular tb é virtualmente zero, e no entanto ele sai a alguém quase todas as semanas"

É muito mais provável que o Euromilhões calhe a alguém todas as semanas, do que a uma determinada pessoa.

Anónimo disse...

Eu, que sou leiga no assunto, não entendo, por mais que me esforce, qual a problemática que existe entre evolucionistas e criacionistas; nem entendo o que isso possa ter a ver com Deus.
Desculpem-me mas não entendo!
Há coisas que hoje se conhecem, e que há algum tempo não se conheciam, que são explicadas pela ciência, hoje, e que ontem não eram.
Houve tempos em que, porque não havia hipótese de se entender de outra forma,se acreditava que a terra era plana - hoje só um louco afiraria isso.
Que o nosso era o único planeta.
E depois, quando se soube que não era, pensava-se que tudo girava à volta da terra, o que não é verdade, como sabemos...
E, mais isto e mais aquilo e mais aqueloutro...
O problema é que a ciencia não sabe hoje ainda explicar mauitas coisas, mas, e daí? Ontem ainda sabia menos! Mas o que sabe, sabe! Ou pelo menos algumas certezas tem.
Acreditar na Biblia e em Deus, nada tem a ver com a ciência, penso eu. Os planos são diferentes - por vezes as coisas são vistas de forma errada e radical. Entender a Biblia uma um texto em sentido figurado, saber interpretá-lo, saber retirar ensinamentos para a vida de lá, também tem muito que se lhe diga.
Querer levá-lo à letra, só traz problemas.
Claro que se vamos querer que Deus tenha mesmo criado o mundo em 7 dias, sermos todos descendentes de Adão e Eva, então estamos mal.
Se virmos a Biblia como um texto "poetico" (às vezes bem "trágico"), até podemos aprender algumas coisitas.
E até mesmo para quem vê na Biblia um código de vida, nunca se esqueça da fraze que está escrita como tendo sido proferida pelo próprio Jesus "A César o que é de César, a Deus o que é de Deus"
Teresa

Anónimo disse...

Teresa. Se calhar era melhor amadurecer um pouco melhor o seu pensamento e então pronunciar-se. Que acha?

Anónimo disse...

As leis científicas são produzidas por quem ?

Pela Natureza ? Ou pelos homens ?

Nesta matéria parece que não avançámos nada desde Descartes e a sua crença de que haveria um Livro da Natureza a ser descoberto.

Depois admiram-se da confusão a que se presta esta incapacidade filosófica de colocar as questões em terrenos sem armadilhas de linguagem.

Wittgenstein I e II deveria ser leitura obrigatória para os aprendizes de cientista.

Anónimo disse...

Wittgenstein II é o filho?

Anónimo disse...

"aprendizes de cientista" diz um criacionista professor de direito

:)

Anónimo disse...

Acho muito bem que os aprendizes de cientistas leiam Ludwig Wittgenstein.


Curiosamente, Ludwig Wittgenstein aconselhou os evolucionistas a admitirem que não têm evidências da evolução e a calarem-se.

Na verdade, no seu Tractatus Logico-Philosophicus 4.1122. Wittgenstein afirma que a teoria de Darwin tem mais que ver com filosofia do que qualquer outra hipótese de ciência natural.

Um criacionista não diria melhor.

Anónimo disse...

Qualquer pessoa com os mínimos - primários, mesmo - conhecimentos de Epistemologia, sabe bem quão disparata é esta proposta. Seria o equivalente a voltarmos à Física Aristotélica.

Mr. Shankly disse...

Acho um disparate. As gerações de cientistas têm vindo a ser sucessivamente desmentidos pelas seguintes. Acho prudente e lógico continuarem a chamar-se teorias.
Quanto ao mambo-jambo criacionista, pode continuar a chamar-se disparate.

JSA disse...

Caro anónimo, venha lá com as suas tretas habituais à vontade. Se se quer convencer que são verdadieras está no seu direito. Também está no seu direito de acreditar que pode respirar debaixo de água sem equipamento. Veja lá se faz isso. Olhe, experimente fazê-lo, pedindo ao seu Deus que o permita. Se conseguir converte toda a gente. se não o conseguir ao menos deixa de nos chatear com a sua ignorância a tentar convencer-nos de mentiras.

Anónimo disse...

A necessidade de descobrir Leis que nos compelem a agir de determinada maneira, a vontade de nos inscrevermos num mundo de leis imutáveis e objectivos fixados, corresponde ao ideal platónico partilhado por grande parte da comunidade científica.

O Rei-filósofo deu lugar ao Rei-cientista, na sua ânsia desmesurada de alcançar a Verdade Absoluta e de a impôr a todos os imbecis e ignorantes.

José Oliveira disse...

Talvez o anónimo devesse ler um pouco mais de filosofia antes de vir para aqui dizer estas coisas, um pouco à toa... Infelizmente só lêem alguns autores à procura do que podem usar para dizer que o que defendem é ciência.

a) Desde sempre que as teorias científicas têm na sua bases hipóteses metafísicas. Começando logo pela mais básica de todas: parte-se do princípio de que existe um mundo exterior à nossa mente e que o podemos conhecer com alguma certeza... Qualquer pessoa que leia um pouco de Filosofia da Ciência depressa aprende isto;

b) Dizer que deus criou o mundo é uma proposição, é uma afirmação que pode ser ou verdadeira ou falsa. Agora o que algumas pessoas se esquecem é que não são as proposições que confirmam a verdade dos factos, é precisamente o contrário: são os factos que tornam as proposições verdadeiras. Qualquer tentativa de inverter este raciocínio está condenada a ser ilógica e irracional -- e no limite idiota;

c) As teorias científicas têm a -- enorme -- qualidade de poderem ser revistas; é exactamente isso que as torna científicas! Mas para serem substituídas é necessário que exista uma teoria que explique tudo o que a anterior explicava e o que a anterior não era capaz, ou seja tem de ser qualitativamente melhor! Qual a parte da teoria criacionista que poderia eventualmente substituída por outras melhor? Tanto quanto consigo perceber nenhuma, porque se baseiam num relato "infalível". É essa uma das principais razões porque (o criacionismo) não é considerado ciência;

d) O criacionismo não explica mais nem melhor o que se passa na Natureza... Simplesmente faz recuar as interrogações um passo, leia-se, até um suposto deus criador, o que não é uma melhoria na teoria, porque continua a não explicar deus e este continua a ser invisível e não testável;

e) Há já algumas décadas que a ciência não se arroga de ter as respostas para tudo, nem certezas absolutas: se algum cientista o afirma das duas uma ou não é cientista ou está a mentir. As certezas absolutas são do domínio da fé, não do conhecimento;

Se quiser posso indicar-lhe algumas referências bibliográficas sobre este assunto, caso esteja interessado em aprender...

Com os melhores cumprimentos,

José Manuel Oliveira.

Anónimo disse...

José Manuel de Oliveira (JMO) disse:

JMO “Desde sempre que as teorias científicas têm na sua bases hipóteses metafísicas. Começando logo pela mais básica de todas: parte-se do princípio de que existe um mundo exterior à nossa mente e que o podemos conhecer com alguma certeza... Qualquer pessoa que leia um pouco de Filosofia da Ciência depressa aprende isto;”

Exactamente. Todo o conhecimento científico é indissociável de pressuposições e paradigmas. Ninguém pode interpretar os factos de forma inteiramente objectiva e neutral, especialmente quando ninguém observou a evolução de uma espécie a partir de outra totalmente diferente e menos complexa.

Os criacionistas partem do princípio de que Deus criou o mundo e que revelou na Bíblia as verdades fundamentais da sua verdade.

Essa verdade foi garantida pela vida, obra, morte e ressurreição de Jesus Cristo e pela capacidade de resistência da Bíblia às mais variadas instâncias críticas ao longo dos séculos.

JMO “b) Dizer que deus criou o mundo é uma proposição, é uma afirmação que pode ser ou verdadeira ou falsa. Agora o que algumas pessoas se esquecem é que não são as proposições que confirmam a verdade dos factos, é precisamente o contrário: são os factos que tornam as proposições verdadeiras. Qualquer tentativa de inverter este raciocínio está condenada a ser ilógica e irracional -- e no limite idiota;”

A proposição de que Deus criou o mundo é inteiramente corroborada pelos factos.

Não se conhece nenhum mecanismo naturalista de criação de matéria, energia, espaço, tempo, informação, vida, por processos aleatórios. Além disso, a origem do Universo e da vida não foi observada por ninguém.

Daí que todos nos aproximemos desse tema com base nas nossas pré-compreensões e visões do mundo.

Os fósseis, rochas, ossos, genes, etc., não falam por si. Nós falamos por eles.

Os factos não falam por si. Eles devem ser interpretados. Os criacionistas estão convencidos de que a aceitação da Bíblia é a que melhor permite uma interpretação dos factos.

JMO “c) As teorias científicas têm a -- enorme -- qualidade de poderem ser revistas; é exactamente isso que as torna científicas! Mas para serem substituídas é necessário que exista uma teoria que explique tudo o que a anterior explicava e o que a anterior não era capaz, ou seja tem de ser qualitativamente melhor! Qual a parte da teoria criacionista que poderia eventualmente substituída por outras melhor? Tanto quanto consigo perceber nenhuma, porque se baseiam num relato "infalível". É essa uma das principais razões porque (o criacionismo) não é considerado ciência;”

Os criacionistas têm revisto as suas teorias, assim como fazem os evolucionistas naturalistas. Por exemplo, a teoria dos buracos brancos de Russell Humphreys, com a sua noção de poço gravitacional e dilação gravitacional do tempo foi um importante upgrade dos modelos cosmológicos criacionistas.

Os criacionistas não negoceiam a verdade da Criação, desde logo porque não têm qualquer razão científica para o fazer. Além disso, os naturalistas também não negoceiam o seu naturalismo. Na verdade, os criacionistas baseiam-se no relato infalível do único testemunha ocular da criação: o Criador.

Os evolucionistas baseiam-se nas especulações falíveis e provisórias de cientistas falíveis que não presenciaram nenhum dos eventos (v.g. origem do Universo, origem da vida) de que gostam de falar com tanta confiança.

Uma ciência que começa com um mundo racional criado por um Deus racional é muito mais racional e fidedigna do que uma ciência que se baseia em acidentes cósmicos e processos aleatórios.

A afirmação de que uma ciência sem Deus é melhor do que uma ciência com Deus não é uma afirmação científica. É uma afirmação ideológica, além do mais destituída de mérito intrínseco.


JMO “d) O criacionismo não explica mais nem melhor o que se passa na Natureza... Simplesmente faz recuar as interrogações um passo, leia-se, até um suposto deus criador, o que não é uma melhoria na teoria, porque continua a não explicar deus e este continua a ser invisível e não testável;”

Um Deus que se revela como espiritual, eterno e infinito não pode ser testado. Nem lhe podemos estender as conclusões que tiramos acerca do Universo. ~

O Universo físico teve um princípio, necessitando por isso de uma causa. Um Deus eterno, por definição, não tem princípio, não necessitando por isso de uma causa. Quem crê no Deus da Bíblia crê num Deus eterno, sem princípio nem fim. Ele criou o tempo, o espaço, a matéria e a energia, estando para além deles.


No entanto, podemos ver no Universo os efeitos da sua actuação, quando percebemos a sintonia do Universo e a extrema complexidade especificada e integrada da vida.

Quando encontramos um achado arqueológico (v.g. um templo) podemos não encontrar o povo que o construiu. Mas podemos claramente concluir que o achado arqueológico, pelas suas características, não pode ter siso o produto do tempo, do vento, da chuva ou da erosão.

JMO “e) Há já algumas décadas que a ciência não se arroga de ter as respostas para tudo, nem certezas absolutas: se algum cientista o afirma das duas uma ou não é cientista ou está a mentir. As certezas absolutas são do domínio da fé, não do conhecimento;”

As certezas absolutas só nos podem ser dadas pelo Criador. É exactamente o que a Bíblia diz.

Deus sabe tudo o que há para saber e vê tudo o que há para ver. Só um Deus omnisciente é que nos pode dar certezas absolutas.

A criação, a queda, a salvação a restauração de todas as coisas são certezas absolutas, do Génesis ao Apocalipse.

A verdadeira ciência começa com o reconhecimento de Deus.

Deus é o único que nos pode esclarecer com certeza sobre a origem, o sentido e o destino das nossas vidas.

Quem começar sem Deus começa com premissas erradas e chega a conclusões erradas, se é que chega a alguma conclusão definitiva.

Os criacionistas afirmam que não existe uma explicação naturalista para a vida.

Os evolucionistas afirmam que um dia conseguirão encontrar essa explicação.

Até agora a evidência confirma a posição dos criacionistas e desmente a posição dos evolucionistas.

Esta baseia-se exclusivamente na sua fé naturalista.

JMO: “Se quiser posso indicar-lhe algumas referências bibliográficas sobre este assunto, caso esteja interessado em aprender...”

Todas as sugestões de leitura são bem vindas. Mas uma viagem pela enciclopédia criacionista on-line também é recomendável.

www.creationwiki.org

Com os melhores cumprimentos

Anónimo disse...

JSA disse:


"Também está no seu direito de acreditar que pode respirar debaixo de água sem equipamento. Veja lá se faz isso. Olhe, experimente fazê-lo, pedindo ao seu Deus que o permita. Se conseguir converte toda a gente. se não o conseguir ao menos deixa de nos chatear com a sua ignorância a tentar convencer-nos de mentiras."

Mais um tesourinho deprimente da "rigorosa, objectiva, neutral, fundamentada" argumentação evolucionista.

Poderia ser mais eficaz se me desse uma evidência concludente de evolução de partículas para pessoas.

Anónimo disse...

Caro Pacetti:

Voçe acaba de incarnar a personagem do físico que é, na realidade, um contabilista, ou um engenheiro. Um pouco à figura do Carlos Fiolhais. As três Leis de Newton chamam-se Leis por que o próprio Newton as considerou como as Leis da Natureza. Não eram hipóteses, ou conjecturas. Eram as Leis da Natureza (corporal). E elas devem muito as Leis que Descartes havia estabelecido nos "Princípios de Filosofia". Razão pela qual o caro Filipe até considera que elas não são especialmente interessantes, quando, na realidade, elas representam o corolário de um imenso projecto de investigação, e o início da Física actual.

Anónimo disse...

Quando sobrevoo os textos do criacionista de serviço (ainda cheguei a ler alguns, agora já não, chiça!!!!!!) fico sempre com dúvidas, e admito que afinal o Darwin podia estar errado. Custa-me acreditar que havendo evolução e selecção possam existir criaturas destas...

Anónimo disse...

"se me desse uma evidência concludente de evolução de partículas para pessoas"

como os criacionistas só têm seis mil anos, nós desculpamos porque são partículas numa fase muito precoce de vida

Artur Figueiredo

José Oliveira disse...

Caro Anónimo:

Penso que me entendeu mal. Quando fiz referência a livros, não me referia às ciências, mas à Filosofia das Ciências. A minha área de estudo é a Filosofia e só isso é que posso discutir de forma minimamente fundamentada, o que concordará comigo, é essencial: não podemos falar do que não sabemos...

"(...) Ninguém pode interpretar os factos de forma inteiramente objectiva e neutral" - Já foi tentado e os resultados não foram animadores. A questão que se coloca é se o nosso ponto de partida nos pode levar a vários pensamentos ou se, pelo contrário, é uma forma de espartilhar a inteligência e uma forma do discurso paralizante que o Desidério denuncia tantas e tantas vezes: Não vale a pena procurar ou porque não se chega a nenhuma conclusão certa ou porque a resposta está dada à partida.

"A proposição de que Deus criou o mundo é inteiramente corroborada pelos factos." - Quais factos? Parece-me que parte da afirmação que deus existe para provar que deus existe... Ou seja parte da proposição para (querer) confirmar um facto.

"Não se conhece nenhum mecanismo naturalista de criação de matéria, energia, espaço, tempo, informação, vida, por processos aleatórios. Além disso, a origem do Universo e da vida não foi observada por ninguém." - O anónimo está à procura de uma verdade revelado do tipo religioso que não encontrará nunca na ciência, e se alguém lhe disser que sim está a fazer péssima ciência e má religião... Além disso como foi explicado aqui, há alguns dias atrás, a teoria da evolução não pretende explicar como começou a existir o mundo ou como surgiu a vida. Tenta simplesmente explicar como a vida evoluiu.

"Os criacionistas não negoceiam a verdade da Criação, desde logo porque não têm qualquer razão científica para o fazer. (...)" - Pois aqui é que difere da ciência! Se se conseguir demonstrar que deuas existe e que criou o mundo tal como ele é, então de certeza que os cientistas, pelo menos os honestos aceitaria esse ponto de partida, mas é preciso prová-lo! Não basta bater com os punhos na mesa e afrimá-lo até à exaustão...

"Uma ciência que começa com um mundo racional criado por um Deus racional é muito mais racional e fidedigna do que uma ciência que se baseia em acidentes cósmicos e processos aleatórios." - O que é mais racional: acreditar que as coisas simplesmente aonteceram, e que são assim como poderiam ter sido diferentes; ou acreditar num ser infinito, omnipotente, perfeito, fora do tempo, fora do espaço, que criou tudo simplemente porque quis. Eu confio mais na primeira hipótese.

"Deus sabe tudo o que há para saber e vê tudo o que há para ver." - Qual deus? O Cristão? O Muçulmano? Os deuses Hindus? Ou os deuses da mitologia nórdica? O problema é exactamente que cada uma se arroga de ser a Verdade, enquanto que as outras não o são. E o engraçado é que nunca provaram que são de facto Verdade, ou não haveriam ateus...

"A criação, a queda, a salvação a restauração de todas as coisas são certezas absolutas, do Génesis ao Apocalipse." - Desculpe mas tem que apresentar provas. Até porque desde há séculos que se vem prevendo o fim do mundo e até agora nada; e pior ainda: as pessoas que fazem as previsões nunca são responsabilizadas quando elas não se concretizam...

"A verdadeira ciência começa com o reconhecimento de Deus." (...) "Quem começar sem Deus começa com premissas erradas e chega a conclusões erradas, se é que chega a alguma conclusão definitiva." - Começar com deus é espartilhar o pensamento e por muito falível que ele possa ser, e isso é inaceitável. A ciência não parte de uma verdade revelada para a adaptar a tudo o que vê. É a questão que eu mencionei quando falei de proposições. Os cientistas fazem conjecturas, que depois são testadas, sendo aceites se correponderem aos factos que tentam explicar.

"Os evolucionistas afirmam que um dia conseguirão encontrar essa explicação." - Lá está outra vez a confundir ciência com religião outra vez. Os cientistas dizem que estão à procura de uma explicação, não da "Explicação".

Quanto às referências bibliográficas ficam sugestões apenas de nomes. Se vir numa biblioteca os nomes: Imre Lakatos, Karl Popper; Thomas Khun, dê uma vista de olhos aos livros e de certeza ficará com uma melhor impressão da ciência. Pelo menos é o que eu espero...

Cumprimentos,

José Manuel Neves Oliveira.

Anónimo disse...

"O Rei-filósofo deu lugar ao Rei-cientista, na sua ânsia desmesurada de alcançar a Verdade Absoluta e de a impôr a todos os imbecis e ignorantes."

ah ah! o anonimo agora comeca a combinar inspiracao nietzscheana
com a palavra de Deus...

(nao sei se
e' o mesmo anonimo; espero que sim porque tal combinacao seria verdadeiramente divertida)

Anónimo disse...

Eu confesso que sou um grande nabo em ciência. Na realidade, sou um grande nabo em quase tudo (sou um profissional na arte de ser incompentente), e é exactamente por ser um grande nabo que venho a este espaço. Tenho uma grande curiosidade sobre certos assuntos.
Este debate da Evolução vs. Criação, que tantas vezes descamba no insulto ou numa luta de galos, não é um deles. Ironicamente, por mais desprovidos de racionalismo e/ou lógica que sejam (e às vezes são) os comentários do "anónimo", são esses mesmos comentários que acabam por trazer algum interesse a este debate porque é por causa deles que muitos dos participantes acabam por explicar teorias, leis ou lá como querem que se chame a essas conclusões a grandes nabos como eu, ainda que de uma forma um pouco descontextualizada. Pensava eu que seria exactamente essa a função deste blog.
No entanto gostava que, se puderem ou quiserem, me pudessem explicar se estarei correcto no seguinte:
O criacionismo e o evolucionismo são "só" sobre a vida na terra? ou engloba tudo o que existe (vida, universo, multiverso, etc)?
Se for no ponto de vista mais amplo o criacionismo diz que deus é tudo, criou tudo e é infinito. O evolucionismo diz que tudo veio de algo(nada se perde, tudo se transforma), do big bang ou do choque entre dois objectos massivos ou de outra causa qualquer, e que seja qual for essa causa, ela também terá que ter sido consequência de outro evento qualquer e assim sucessivamente até ao infinito(ou terei extrapolado conclusões precepitadas e o evolucionismo considera a hipótese de uma causa primordial?). Se assim é (é?), parece-me que os dois pensamentos discordam sobretudo em três aspectos: Causalidade Vs. propósito, timeline e forma de obtenção de dados, sendo que embora a última seja a que levanta maior e mais impaciente discussão, é a primeira que deveria ser o centro da questão, mesmo sabendo de antemão que a resposta "nunca" será conhecida.
Resumindo, a minha questão é:
a) As leis existem como consequência de algo? (ou seja, foi a forma como o big bang ocorreu que as fez ser assim ou deus criou o universo e as leis "apareceram para dar sentido a esse universo)
são as leis "apenas" a consequência de algo?

Ou

b) são as leis a causa das coisas? (se não fossem como são o Big bang nunca teria existido, deus fez primeiro as leis e a partir daí o universo gerou-se a ele próprio)

ou nada disto interessa?

Anónimo disse...

As leis que a ciencia considera, depois de formuladas e testadas hipoteses, são validas em todo o universo, quer aqui quer em marte ou em alfa centauro.
Estas leis existem para explicar os acontecimentos e as situações, como a gravidade, a atracção dos planetas, as luas, etc..
O big bang deu origem ao universo, ele existe de certa forma e maneira e essas leis servem para explicar o seu funcionamento.
O creacionismo não sei bem mas o evolucionismo ou a ciencia evolutiva, entre outras ciencias tentam explicar as coisas relacionando o universo total, claro que se tratar do ser humano por enquanto abarca somente a terra, mas suponha que se encontram bacterias em marte ou outro planeta então vai englobar esse planeta, ela tende a ser universal, o criacionismo suponho eu e digo suponho que seja só sobre a terra pois estes defensores ainda acham que a terra é o centro do universo e nos humanos os eleitos..

Filipe Moura disse...

É uma ideia interessante a do post, mas mais que provada está a teoria da relatividade e, no entanto, ninguém fala em "leis de Einstein". Dá-me ideia que uma "lei" tem de ser algo do séc. XIX ou anterior, que se aprenda na escola secundária... :)

Respondendo ao segundo comentário, do Filipe Paccetti Correia (se ele ainda me ler): precisas da primeira lei de Newton para definires o que é um referencial de inércia, assim como precisas da "lei zero da termodinâmica" (que também parece ser "deduzível" da segunda) para definires equilíbrio térmico. Abraço.

Google quero apagar o perfil blogger. disse...

toupeira disse:

..."ela também terá que ter sido consequência de outro evento qualquer e assim sucessivamente até ao infinito(ou terei extrapolado conclusões precepitadas e o evolucionismo considera a hipótese de uma causa primordial?)."

A ciência não tem (ainda, acrescento eu) qualquer resposta, maioritáriamente aceite no meio cientifico, a esta pergunta. Muitos estão a procurar, aconselho leitura da Scientific American do mês de Outubro pag 26, 28 e 29 onde se afirma que estão a surgir idéias de métodos capazes de testar teorias "exóticas" entre as quais a que diz que houve um big crunch antes do big bang. Testável como? Confesso que após ler o texto não percebi. Mas serve para ilustrar que muita gente anda à procura de respostas para a questão que colocou.

Cumpts

Anónimo disse...

Nem toda a ciência é verificável ou reprodutível porque, por variadíssimos motivos, nem todas as experiências podem ser feitas. Portanto, nem tudo o que é hipótese ou teoria pode realmente transformar-se em lei. E nem todas as hipóteses ou teorias muitas vezes repetidas são verdadeiras.
Adelaide Chichorro Ferreira

Anónimo disse...

Ao Filipe Moura:

Obrigado, tens toda a razao!
Abraco.

A(o) CP:

Percebo o enorme carinho que sente pelas 3 "Leis" de Newton. Creio, no entanto, que só lhes chamamos Leis pela sua importância e em deferência pelo génio de Newton. Porque, de facto nao se trata nem de hipóteses ou conjecturas, tampouco de leis, mas sim de 3 definicoes. Em particular, do conceito de Força, que se tornou incontornável a partir daí.

João Vasco disse...

«"A lei da causalidade diz que todo o efeito físico tem que ter uma causa.»

Isso é falso.
Isso não é nenhuma lei, mas sim uma profissão de fé no "determinismo".

Tanto quanto sabemos pela mecânica quântica, o acaso existe. Acaso: sem causa.

Os criacionistas não querem apenas negar a biologia, geologia, física nuclear, etc.. Também querem negar a física quântica, essencial para a construção de transístores dos computdores que usam para espalhar a ignorância e a mentira. Irónico, hein?

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