sexta-feira, 24 de maio de 2024

O CÈU NÃO NOS VAI CAIR NA CABEÇA

 



Meu artigo no Correio da Manhã de segunda-feira passada:

Um personagem da banda desenhada Asterix é o chefe gaulês Abaracourcix, cujo maior medo é que o céu lhe caia na cabeça. De facto, há frequentes casos de pequenos corpos celestes que caem para a Terra. Esses corpos, em regra de menos de um metro, são chamados meteoroides (podem ser pedaços de asteroides ou cometas, que são astros maiores). Caindo a uma velocidade incrível, incendeiam-se ao entrar na atmosfera terrestre, a menos de 100 km de altitude. A sua passagem fugaz pelo céu chama-se meteoro, da palavra grega que significa «alto no céu». Podem emitir um clarão e um estrondo. Quando são maiores do que o normal, chamam-se bolas de fogo ou bólides. Em geral, os meteoroides pulverizam-se completamente antes de chegarem à superfície terrestre. Algum pedaço sólido que chegue chama-se meteorito.

Na noite de 18 para 19 de Maio, os espanhóis e portugueses foram surpreendidos com a passagem de um bólide. Desceu na atmosfera de sudeste para noroeste e, se caiu alguma coisa, tal ocorreu no Atlântico ao largo do Minho. Não se confirmam, por isso, as primeiras notícias de que algo caiu em Castro Daire, Viseu.  Apesar de haver todos os dias meteoros em todo o lado do mundo (de dia mal se vêem), o bólide hispano-luso foi espectacular, como muita gente testemunhou. Do céu podem vir surpresas. Mas não há que ter medo, como Abaracourcix. Quando algo cai, a atmosfera é um bom escudo protector.

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