terça-feira, 14 de agosto de 2018

COMUNICADO de 11 DE AGOSTO DE 2018 DA PLATAFORMA ALGARVE LIVRE DE PETRÓLEO


Maria do Carmo Vieira já aqui escreveu sobre o furo de Aljezur. Publico, porque sou sensível às questões levantada (como é que se pode ser contra as alterações climáticas enquanto se procura petróleo?),  um comunicado de um conjunto de associações ambientais que foi recebida no Algarve pelo Presidente da República (na imagem a costa de Aljezur, provavelmente a ser alterada com a eventual exploração do petróleo)


Presidente da República considera que os argumentos apresentados contra a exploração de petróleo valem a pena ser ouvidos
A convite do Senhor Presidente da República, a Plataforma Algarve Livre de Petróleo, esteve numa audiência em Almancil.

Nesta reunião a Plataforma Algarve Livre de Petróleo salientou as consequências negativas e os
riscos da prospecção e consequente exploração de petróleo em Portugal. Dando-lhe a conhecer
alguns detalhes do papel que o Estado está ter na defesa do interesse privado das
empresas, uma vez que os ganhos são apenas para as empresas concessionárias, em
detrimento do interesse público.

Pedimos especial atenção para o estado da democracia, quando o governo opta por ignorar
objecções apresentadas em consultas públicas, bem como pareceres dos municípios e pareceres
de consulta prévia.

Questionámos como pode um ministério do ambiente defender uma actividade poluente numa
zona proposta para Área Marítima Protegida e rodeada por áreas protegidas, quando a lei obriga
a uma avaliação caso-a-caso.

Voltámos a frisar que se trata de uma zona sísmica, e que os riscos que nos impõem nunca
poderão ser compensados. Como atribuir um valor à região nesta troca?

No momento em que se vive na região, as consequências dos incêndios em Monchique,
questionámos a confiança na gestão ambiental do Estado.

E apelámos ao principio de precaução que rege as actividades de risco.

Lembrámos os acordos para redução das alterações climáticas e a urgência de um plano
energético para o País com prioridade para soluções sustentáveis, numa defesa efectiva do
ambiente.

O Presidente manifestou preocupação e interesse nas questões apresentadas, e no apurar de
respostas. Aguardamos pois a intervenção da Presidência na defesa da região e do País contra
esta ameaça à região e à democracia.

Para que Portugal consiga preservar o mar limpo e o ambiente sadio que nos define e a que
temos direito, mas também o dever de defender.

Em pleno século XXI, é urgente colocar o país na linha da frente nas renováveis e lutar
verdadeiramente contra as alterações climáticas.

P'la Plataforma Algarve Livre De Petróleo
www.palp.pt

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