terça-feira, 23 de julho de 2013

Perpetuum Mobile

A ideia de moto perpétuo, a máquina que consegue funcionar continuamente sem necessitar de energia adicional, é uma das paixões dos inventores de garagem. De vez em quando, lá aparece mas um num jornal, reclamando o brilhantismo da invenção e dizendo que os americanos e os árabes lhe querem roubar a patente. Na verdade, o sujeito é um burro. Não porque a invenção dele viola as leis da termodinâmica(se produz trabalho, consome energia), não porque viola as leis do bom senso(há milhões de pessoas com mais educação que ele que poderiam ter chegado a essa invenção há séculos), mas porque o tema que escolheu foi claramente errado. Ele deveria ter-se dedicado ao perpetuum mobile económico que, com grandes possibilidades, poderia ter chegado a líder da oposição. Pelo menos a comentador televisivo chegaria com toda a certeza.
Voltando a um tema que já foquei, economia é troca de trabalho. Consomem-se recursos para produzir recursos que os outros consomem e assim sucessivamente. Como um universo em expansão. No sentido contrário vai dinheiro que paga a produção de um para este pagar os recursos que usou. Ponto fundamental para que a sequência não se quebre, é que os recursos que são consumidos sirvam para produzir recursos que serão consumidos para que o dinheiro que flui em sentido contrário não perca valor. Tal como a máquina, entre o consumo do recurso e o produto tem que se acrescentar trabalho para que o recurso não perca valor porque o agente económico vai consumir parte dos recursos para funcionar que não volta à economia.  Quanto mais não seja, come. Se não produzir, o dinheiro perde valor.
Quando o estado cede dinheiro a alguém, esse alguém(*) deve produzir algo que entre na sequência, isto é, que produza algo que vai ser consumido para produzir algo que será consumido e que traga uma quantidade de dinheiro em sentido contrário sem que haja perdas. Senão entra em défice e vai ter que, ou imprimir dinheiro ou, se não puder, tem que ir buscar o dinheiro a outro lado. E é esta a história da República Portuguesa nos últimos 40 ou 50 anos.
Quando se diz que a austeridade é necessária, quer-se dizer que o dinheiro que o estado entrega a alguém entra numa sequência produtiva. Se não consegue, não entrega. Não é aumentar impostos, não é acabar com as PPPs,  é não entregar dinheiro a quem não produz. Os 4.7 mil milhões de euros que alegadamente é preciso cortar são 4.7 mil milhões de euros que habitualmente o estado perde nessa sequência. Não é por causa do BPN, não é por causa das PPPs, é por tudo, todos os anos. E não podem ser tirados aos impostos, porque os impostos é o dinheiro que tem que vir em sentido contrário, não pode ser usado para compensar aquele que não vem. Essa conta só bate certo no perímetro do estado, no perímetro do país há destruição de riqueza, obviamente. Compensar esse défice com mais impostos só serve para aldrabar os eleitores.
A versão económica do moto contínuo é não cortar na despesa do estado para apostar no crescimento económico, como aparentemente boa parte dos políticos portugueses quer. Todos os recursos vão circular sem que as máquinas consumam nada e, ainda por cima, vão produzir sem consumir. A mesma magia dos últimos 50 anos. Por isso, cá vai a sugestão a todos os inventores de garagem, metam-se na Economia. Não só não aturam a arrogância de físicos armados em bons como, com alguma certeza, ainda vão ser aplaudidos por eles!
(*) Claro que reformas não entram neste racional porque estão a pagar trabalho já feito. 

24 comentários:

Gasparzinha disse...

Num enquadramento de desemprego e de sobrevivência como o nosso, não me parece que as soluções apresentadas por um qualquer economista de requinte argumentativo sejam concretamente válidas só porque fundamentadas na sabedoria teórica dos circuitos que a economia deve trilhar. Teremos sempre de pedir ajuda explicativa a físicos armados em bons.

Neste momento histórico da economia portuguesa, em que o governo é remodelado a toda a hora (já desisti de saber quem são); em que as regiões de vácuo se vão expandindo; em que os buracos de Verme e os buracos negros esticam o espaço muito para além da barreira da luz; em que a Alice leva o tempo a teletransportar as moedas que roubou em toda a parte para o País das Maravilhas; em que a teoria da relatividade é geral e salve-se quem puder; em que o dinheiro dos erários públicos cai em campos gravitacionais tão fortes de esferas invisíveis que o horizonte de todos os acontecimentos se tornam pontos de não-regresso; em que a massa circulante deixa um rasto de gás e poeiras impossível de se condensar nos tais buracos negros; em que os universos paralelos nascem como crianças ilegítimas, não me parece possível qualquer tipo de crescimento económico a não ser para abutres e agiotas.
Por outro lado, não deixo de me espantar pela capacidade de férias fora de casa que o português desempregado demonstra ter. É interessante perceber que os bens de primeira necessidade como a habitação, higiene e saúde pública, educação, cultura, alimentação começam a entrar em queda livre enquanto as pessoas continuam a gastar em automóveis, televisão, espetáculos, viagens de turismo e o diabo a 4… Não deixa de ser uma escandalosa contradição. Mas as economias capitalistas como a que vivemos têm essa filosofia anárquica de mercado incentivando a produção de bens materiais supérfluos numa lógica de lucro a que quase todas as empresas aderem vendendo tudo o que possa ser vendido. E como o consumidor é programado pela máquina publicitária para não pensar, embarca nessas compras que supostamente o humanizam e lhe emprestam uma alegria descartável e implica-se em pesados encargos por bens que provavelmente nem precisaria. Depois, este caráter anárquico da coisa transparece na permanência das crises do desemprego, da inflação, do excedente de bens que se tornam invendáveis por falta de poder de compra.

Nós, como país economicamente subdesenvolvido e neo?-colónia da Alemanha, ancorados em dívidas e barcarolas financeiras a meter água por todos os lados, resta-nos ser sugados pelo vampiro-mor-do-reino e deixar passar o tempo enquanto expira a última horta, a última traineira, a última fábrica e vendemos o que resta do país na feira da ladra a qualquer cigano que apresente dinheiro vivo.

F.M.

João Pires da Cruz disse...

Enquadramento de sobrevivência em que as pessoas são burras e gastam no que não precisam? Algum desses pressupostos deve estar errado, certo?

Unknown disse...

Não vou discutir se Portugal é ou não subdesenvolvido, ou se somos uma neo? (ou meta, ou supra, ou infra, ou ultra, ou para, ou …) colónia da Alemanha, ou que mais considera partilhar com os restantes leitores do De Rerum Natura.

A realidade é um pouco diferente, se ainda não se deu conta eu passo a explicar (sem complicar muito a coisa, que não é complicada). Em 2011, o governo chefiado pelo Engenheiro José Sócrates (então primeiro ministro, escrutinado pelos Portugueses através de eleição livres) deu-se conta que Portugal estava falido (incapaz de assumir os seus compromissos) e ao encontrar-se nessa situação pediu ajuda externa. O governo, ainda na plena posse da soberania, decidiu então sujeitar o país a um acordo com a União Europeia e o FMI de assistência financeira (com o acordo do PS, do PSD e do CDS), para poder honrar os seus compromissos e congratulou-se com a prontidão a que essas entidades se dispuseram a ajudar o nosso país. Convém notar que foram actos de livre vontade, na realidade esses nossos governantes também poderiam ter dito que não pagávamos nada a ninguém (ou que só pagavam metade, ou …). Assim, pode dizer-se que foi o nosso país, através de representantes delegados para o efeito que convidou os tais vampiros para virem fazer seja o que for que os vampiros gostam de fazer.

Anónimo disse...

"Algum desses pressupostos deve estar errado, certo?"

Porquê?

Porque não todos certos?

João Pires da Cruz disse...

Não. Estão todos errados. Sobrevivência de quem? Das pessoas que consomem viagens? Ou dos outros?

Seja qual for o enquadramento macro, a geometria da sociedade não se altera substancialmente tirando na parte inferior que, como diz o dito, quem sofre é o mexilhão. Essas pessoas estão num enquadramento de sobrevivência, mas as outras não, as outras consomem. Estas, no enquadramento de sobrevivência consomem nada. Logo, ninguém é burro, cada qual consome o que pode, sendo que há coisas aparentemente superfulas que já eram consumidas acima de um nível que até podem ter acréscimos. Não me parece que para isso se tenha que fzer um sermão moralista sobre consumo. Até porque a sobrevivencia de uns é o consumo dos outros.

Pires sem Lima disse...

Se as pessoas são burras ou não, não sei, mas devem ser já que não são capazes de alternativas. PSD é o que está; PS é o que esteve e há-de estar; CDS é o que quer estar sempre e, se possível, a controlar tudo..

Todos os pressupostos estão certos e há muita gente a gastar o que não tem e o que não é seu. Ou não há?

Vasco da Gama, descomplicando, se ainda não se deu conta, caminhe bem, mas bem, bem para trás do Eng. Sócrates e dará com a cabeça bicéfala de quem faliu o país. Isto não é de agora. De ambos os perfis e de frente, não vislumbro qualquer inocente.

Macro enquadramento: não há dinheirinho por causa de anos de CORRUPÇÃO e má gestão financeira! Tudo o resto são soluções de bombeiro.

Sem moralismos, lá contava o Eça:
Era uma vez uma pêga! Esta pêga habitava com sua dona um mercado de Lisboa e, de quando em quando, visitava o estabelecimento de um vizinho. Um dia, o vizinho molestado cortou os voadouros à pêga. Resultado: o vizinho da pêga foi levado ao tribunal e condenado à cadeia.
Tiremos deste facto a jurisprudência que ele encerra:
Artigo 1º - A pêga é inviolável.
Artigo 2º - Quem levantar a mão para a pêga tem pena de prisão.
Faz-lhe lembrar algum panorama da nossa justiça? Ora deixa-me lá fazer um exercício de analogia…

maria disse...

não percebi nadinha . mas ouvi agora uma anedota gira : um físico ia a uma gelataria e pedia sempre 2 gelados , comia um e punha o outro na mesa à frente duma cadeira., vai o homem dos gelados pergunta-lhe pq fazia aquilo . ah , sabe a mecânica quântica e tal , a matéria aí à frente da cadeira de repente pode transformar-se numa rapariga muito gira , e come o gelado e apaixona-se por mim,! e o homem dos gelados : mas porque não oferece gelado às raparigas giras que aqui vêm ? uma pode apaixonar-se por si.. e diz o fisco : ai é , e quais eram as probabilidades de isso acontecer ? :)

Anónimo disse...

Podemos dizer isto e o seu inverso , arranjar múltiplos culpado, mas só uma coisa é certa :- o sistema não tem pernas para andar muito mais. Não podemos continuamente aumentar a produção e o consumo, ter um bilião a trabalhar e o resto à procura de emprego. Visões de futuro procuram-se!

Ivone Melo

Mestre Shutaku disse...

Derreti-me a rir! Valha-me Deus.

Como dizia um certo mestre Zen (daqueles que entram em concursos de espera e morrem mesmo velhinhos), "A felicidade é isto: ser-se dissolvido em algo completo."

José Batista disse...

Obrigado, maria.
Já há bastante tempo que não ria ao ler estas caixas de comentários.
E mais, contei a anedota e os meus ouvintes também riram, feito de que não tenho lembrança em outras situações em que me atrevi...
Ora, este sítio estava (mesmo) precisado de um bocadinho de humor, como já houve.

Antitrust disse...

Agora que o governo foi remodelado e reajustado, todos falam em crescimento económico. A emergência de um novo discurso a par da austeridade. Faz-me lembrar o Billy Sunday (pregador) quando saudou a instauração da Lei Seca:
"O reino das lágrimas acabou. Os bairros da lata não passarão de uma triste recordação. Transformaremos as nossas penitenciárias em fábricas e as nossas prisões em armazéns e celeiros. Os homens caminharão de cabeça erguida, as mulheres hão-de sorrir e as crianças hão-de rir. O inferno ficará vazio para todo o sempre."

Carlos Ricardo Soares disse...

Teorias económicas, há muitas. Políticas económicas, também, há e houve. Economias, sistemas económicos, cada vez menos, mais reduzidos a um denominador comum ditado pela globalização. Para o indivíduo e para a empresa, qualquer política, teoria, economia, sistema económico, é igual ao litro, desde que "funcione", desde que "resulte", na perspectiva e no enquadramento das expectativas que ele(a)tem. Na perspectiva do colectivo, tudo muda de figura. O que é bom para o indivíduo e para a empresa/grupo/classe..., pode não ser bom, ou pode ser mau, para o colectivo. Há efectivamente uma "zona" de atrito/conflituante/antagónica/incompatível, entre o individual e o colectivo. Há épocas em que este "desajustamento" assume proporções menos notórias. Por exemplo, quando a população mundial era muito inferior à actual, e não havia industrialização, o campo de acção para o individual praticamente não conhecia limites porque não constituía uma ameaça séria e perigosa para o colectivo. Nas condições actuais, nenhum dos "modelos" passados, seja de política económica, seja de sistema económico, e mesmo político, nos serve de inspiração. Talvez possamos recuperar alguma vantagem associada a alguns sistemas historicamente ultrapassados, como, por exemplo, o feudalismo. A minha ideia central é esta: o desenvolvimento, nas demografias actuais, não é viável através de uma política de permitir o máximo de consumo para todos. Isto já foi levado longe de mais pelos países ditos desenvolvidos. É paradoxal? Pois é. São conhecidos os limites ao crescimento económico. Mesmo que todos conseguíssemos realizar o direito de termos um avião a jacto e um palácio, não conseguiríamos usá-los e era preciso quem fizesse o trabalho, que seria imenso,imenso, numa sociedade desse tipo. Mesmo que existissem robots para fazer o trabalho, não havia espaço, nem recursos materiais.
Mas os governos continuam a lidar com o que existe, aparentemente sem uma noção clara da realidade e, pior do isso, sem uma visão do que deve ser feito e é possível ser feito. Quanto ao que é necessário ser feito, os governos, então, não revelam nenhuma preocupação, pelo menos que se note. Neste aspecto, o que tiver de ser tem muita força.
Nas condições demográficas actuais, a economia de mercado, tal como a temos conhecido, está moribunda, porque serão cada vez mais os pobres e os excluídos e haverá uma crescente concentração da riqueza. A grande maioria da humanidade terá de (sobre)viver com níveis de consumo muito inferiores aos dos americanos e, mesmo assim, vamos ver o que acontece aos outros.

João Pires da Cruz disse...

Pires, sobre as alternativas, há 17 ou 18 partidos a concorrer e 7800000 pessoas a votar de forma livre. Se são sempre os mesmos é porque as pessoas escolhem assim. Sim, o macroenquadramento é DEVIDO a isso, mas isso é irrelevante nesta fase, porque quem foi corrompido foi lá colocado por nós. Recordo, por exemplo, do anterior PM que já se sabia que não era exactamente um modelo de virtudes ainda ele era min do Ambiente. Foi eleito e, pior, re-eleito! A culpa é dele?

De resto insisto nos pressupostos. Está errados.

João Pires da Cruz disse...

:) Note-se o enorme progresso de haver um físico (eu sou) que saiba o que é uma miúda...

João Pires da Cruz disse...

É a mesma do passado. As pessoas têm que trabalhar para o consumo dos outros.

João Pires da Cruz disse...

Agora há votos para conquistar. Uns falam que gastam quando forem governo sem ter dinheiro e outros falam que gastam a saber que não têm dinheiro.

O que é óbvio é que se gastar dinheiro fosse solução, como é que o estado faliu?

João Pires da Cruz disse...

São conhecidos os limites do crescimento económico? Isso não é verdade. Há 15 anos ninguém imaginava que a música, os livros, as lojas, os arquivos, as televisões, as rádios, ... poderiam ter uma existência económica sem terem, de facto, uma existência física no sentido de terem um suporte sólido e não uma sequência de 1's e 0's. Aviões? Palácios? O que é isso no mundo de hoje? Todos têm um computador, vendem arte, jogos, música, teatro, notícias, poemas, ciência, histórias, conhecimento, educação. E todos podem ter isso porque já há muito tempo que o crescimento económico se faz a 5 V. Claro que há espaço e recursos materiais. Não há, cria-se!

A economia está sempre a crescer, aquilo que chamamos nos jornais de "crescimento" é uma segunda derivada, é a derivada do crescimento físico da economia, que pode ser negativo ou positivo mas o crescimento está sempre a acontecer.

Finalmente, não existe economia de mercado, existe economia. O consumo livre é uma parte importante dessa economia e vai continuar. Não em aviões, em jogos, em arte,...

Carlos Ricardo Soares disse...

O sistema eleitoral, tal como existe é um formalismo de legitimação dita democrática, mas de democrático tem apenas o formalismo. E depois, não são 7800000 pessoas a votar de forma livre. São algumas pessoas (muito menos do que 7800000) a votar naquilo que existe. Partidos? Marcas? Bandeiras? Caras? Actores?
Dos que vão votar, uma parte vota num dos candidatos (os motivos não interessam), outra parte, vota nulo, outra ainda, vota branco. Mas o grosso dos 7800000, nem sequer vai votar. Não ir votar tem um significado. O significado que lhe é atribuído pelo sistema eleitoral é o que conta. Mas, não ir votar, ou mesmo estar a marimbar-se para os políticos e para a política, também é uma forma de fazer política, tão legítima como qualquer outra. Quando, finalmente, fazemos as contas, o partido vencedor é eleito com uma minoria, por vezes pequena, do universo de eleitores. Mas chega para "representar" toda a gente. A liberdade de votar/não votar, de ser ou não ser representado, tem realmente muito que se lhe diga. Quanto à culpa, ninguém tem culpa de nada. As coisas são como são. Se têm de ser como são, essa uma questão muito importante que está sempre a aguardar resposta.

Carlos Ricardo Soares disse...

Pois, eu tinha-me esquecido de que já não existem aviões, nem automóveis, nem pessoas, só existem fantasias e números.

João Pires da Cruz disse...

Claro que existem. Mas o crescimento económico não precisa deles para se fazer...

João Pires da Cruz disse...

Carlos, podemos trocar esse sistema por um sistema em quem decide sou eu. Quem vota a favor? EU! Aprovado por unanimidade e aclamação!

Ah, o Carlos queria aquele sistema em que o Carlos vota e fica decidido? Pois esse já não gosto eu...

Carlos Ricardo Soares disse...

Por esse ou por outro, eu não disse que sim, nem que não, nem que mais ou menos.

maria disse...

ah , redefinição do conceito economia.: da escassez " natural" de recursos passamos na economia para a abundância da cornucópia temperada pela escassez artificial ? que coisa tão feia.. gosto nada de artifícios . o que vale é que a net está cheia de robins dos bosques e Agostinhos da Silva e dadores Anonymous à distância dum clique.

João Pires da Cruz disse...

Toda a escassez na economia moderna é artificial.

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...