quinta-feira, 18 de julho de 2013

GRADIVA - OS LIVROS DE JULHO - 2013






4 comentários:

Gasparzinha disse...

Sendo que só me encontro cientificamente apta para dar resposta à questão do livro "Consegue arrotar muito alto?"(Yes, I can) e tendo poucos estudos conseguidos de forma atabalhoada nos sítios mais inóspitos mas possíveis (por causa da minha etnia cigana), pergunto ao Dr. Alcácer: O que é o vazio?
Folheando a Teoria Quântica dos Campos, descobri, mais ou menos, que, "mesmo na ausência de átomos ou de qualquer partícula elementar, o espaço não pode ser considerado totalmente vazio uma vez que, a todo o instante, pares de partículas e anti-partículas virtuais são formadas e aniquiladas no vácuo". Pode explicar-me que virtualidade é esta que preenche o vazio que afinal não é vazio porque cheio de virtualidades? A Física Quântica é uma ciência comprovável ou move-se no labirinto sem saída de vazias virtualidades? Quem consegue explicar o vazio, com certeza explicará Deus…

Se ouviu falar do filósofo e matemático francês Edme Mariotte (1668) saberá, com certeza, que existe uma grande porção da retina a que faltam fotocorretores. O nosso campo visual parece contínuo mas não é. Existe uma falha aberta que corresponde ao ponto em que faltam fotocorretores, como se houvesse um buraco na nossa visão, um ponto cego que nos impossibilita de ver o quadro todo. Cá p´ra mim, a ciência mora nesse ponto cego. O cérebro inventa o que não consegue ver, criando uma mancha visual que imita o padrão de fundo e daí completa o quadro, nascendo uma teoria em que a lógica está presente mas fundamentada num descontinuum de informação.

Regressando ao vazio e ao seu misticismo ativo de conceção imobilista… Se existe um fluxo de partículas e anti-partículas virtuais que permanentemente surgem e desaparecem no vácuo, como que se de um corpus místico, um holograma da matéria se tratasse, então poder-se-á afirmar que o vazio existe mas afigurando-se como fio condutor do Absoluto porque encerra a imagem da conceção do Universo. Na realidade, será um campo de passagem, uma flutuação do vácuo ou a faísca que permite a conversão de um não para um sim?

Passo a exemplificar dentro da mesma amplitude e atmosfera intelectual. Tenho um mestre budista que não é mestre, nem é meu, e muito menos é budista porque os budistas matam o Buda quando o encontram e o Buda não é encontrável porque não existe na realidade, assim como o Absoluto, mas é no Absoluto que o Buda existe, portanto, a sua existência assim como a sua morte são virtuais. Um budista quando afirma que é budista, nesse exato momento, deixa de o ser porque um budista simplesmente não o é. Afirmo que é meu mestre apenas na exata medida em que virtualmente me ensina a entender o vazio dentro do qual se processam as promessas do real que só se realizam se sofrerem a ação de uma vontade superior (se calhar, a minha) que as materialize e lhes dê consistência terrena, o tal “sopro de Deus nas narinas” do tal Deus que ninguém prova que existe e que sopra, sem o qual, muitos acreditam que seria impossível haver narinas. Também não é mestre porque estudou mais para cima.

Ora, depois deste virtual mas entendível exemplo, retransvio-me para o trilho inicial, aquele que não existe: será o vazio um permanente estado de perda, ou pelo contrário um espaço de configuração e reconfiguração existencial como uma oficina de mecânica quântica em auto-gestão e em cósmico estado seminal, libertador de fecundas energias criativas, alma Mater do mundo e suas extensões?

Força Dr. Luís Alcácer, comprove agora as virtualidades que estudou. Quibir!

F.M.

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Boa leitura em julho.

ana disse...

boa! muito boa!

Gasparzinha disse...

Oh

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