De Eugénio Lisboa, professor universitário, ensaísta, crítico literário, é com enorme prazer que transcrevo alguns poemas de seu livro "O Ilimitável Oceano":
Anaxágoras ou o Astrónomo
Qual o fim da vida?, foi-lhe alguém perguntar.
E ele: o sol, a lua, os céus investigar.
Demócrito
Prefiro entender o que sei
a poder ser, na Pérsia, rei.
Euclides
Um percurso exacto.
Um discurso claro.
O rigor em acto.
O escuro raro.
Arquimedes
Nos líquidos perscrutou
o segredo vertical
de uma força que achou:
descobrir é casual
quando muito se pensou.
Galileu
As leis do movimento perscrutaste,
com paciência e cândido olhar.
Com o mesmo olhar o vasto céu sondaste,
humilde mas altivo no ousar.
Copérnico
O céu que viste era o céu
de Ptolomeu. Mas diferente
foi a forma de o olhar.
No modo de julgar, teu,
a Terra, astro movente,
demitiu-se de pensar
que era o centro do mundo:
assim ver, que abalo fundo!
Eugénio Lisboa
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O corpo e a mente
Por A. Galopim de Carvalho Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
1 comentário:
Interessantíssimo, já tinha ouvido falar de Eugénio Lisboa, mas não o conhecia como poeta. Selecção de poemas particularmente feliz para o contexto deste blogue. Mais um livro para a lista... já de si incomensurável...!
HR
Enviar um comentário