"O Ministério da Educação anuncia que vai fechar as escolas estatais com menos de 21 alunos. Sem apresentar estudos que sustentem a decisão, invoca razões pedagógicas e de socialização. O presidente do Observatório Geral de Educação demite-se, reclamando um esclarecimento verdadeiro aos cidadãos. O Ministério da Educação anuncia também a fusão de várias escolas e a criação de Mega Agrupamentos, mais uma vez sem apresentação de dados que justifiquem a medida (...).
Curiosamente, e com financiamento estatal, no Reino Unido prepara-se legislação que irá permitir aos pais e professores abrirem escolas de pequena dimensão; na Finlândia, as escolas pequenas são exemplos de sucesso; e, na Suécia, um conjunto de cidadãos pode requerer a abertura de uma escola se reunir um mínimo de 20 alunos interessados (...).
Se estas políticas afectam, sobretudo, aqueles que menos podem contra a voragem da burocracia e centralismo do Ministério da Educação, não significa isto que o Estado está a abdicar de garantir o direito a uma educação de qualidade a todas as crianças e jovens, apenas para manter a sua posição de controlo e monopólio do ensino?"
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
"Quatro andamentos"
Alexandra Pinheiro, do Fórum para a Liberdade de Educação, publicou no jornal Sol de 1 de Setembro passado, um texto de opinião que, além de fazer uma síntese do último processo de encerramento de escolas, deixa algumas reflexões importantes e uma pergunta inqueitante. Desse texto, que pode ser lido aqui, seleccionámos alguns extractos por se relacionarem com a interrogação que tem emergido neste blogue: as medidas educativas dependem de decisões políticas e/ou do conhecimento científico de que dispomos?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O corpo e a mente
Por A. Galopim de Carvalho Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
1 comentário:
Por favor, não digam que é o Estado que está a abdicar, que é o Estado que tem a culpa. Quem está a fazer isto tudo são pessoas concretas, pertencentes a um governo concreto, com a cumplicidade activa de um Presidente da República, todos facilmente nomeáveis.
Enviar um comentário