Demos conta de um ciclo de tertúlias intitulado Tertúlias Pré-Socráticas, organizado pelo grupo A Origem da Comédia.
A primeira sessão desse ciclo - Grécia Arcaica -, que aconteceu no passado dia 5 de Março e teve como convidada a Doutora Maria Helena da Rocha Pereira, pode agora ser visto aqui.
Os vídeos das sessões seguintes serão oportunamente divulgados no De Rerum Natura, o que só possível dado o trabalho e a amabilidade de João Diogo Loureiro e de colegas que com ele colaboram.
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20 comentários:
Pintados de purpurina,
Deus nos livre dos arcaicos,
sejam sagrados ou laicos,
a cheirar a neftalina!
JCN
Corrijo a gralha "neftalina" por "naftalina". E por que não "creolina"? JCN
Em lugar dos humanistas
temos agora humanóides:
os astros longe das vistas
dão a vez aos asteróides!
JCN
Clássicos, sim, de verdade,
até à espinha dorsal,
mas haja modernidade
na sua forma actual!
JCN
Magnífica DRª Maria Helena ! Obrigado por este momento lindo. Ouvia-a todos os dias.
(para o anónimo, contudo, e a julgar pelas quadras pindéricas, isto dos clássicos deve ser "mainstream", do tal "fruto da ignorância e da preguiça mental". Piedade para os pobres de espírito, pós-modernos, alternativos e modernaços: não sabem o que dizem.)
O classicismo precisa
de se tornar actual
contra essa forma narcisa
de manter seu visual
em redoma de cristal,
onde em múmia se eterniza!
JCN
Vosmecê, sr. Mário, quis dizer "pindéricas" ou "pindáricas"?... Valha-o Deus! JCN
Ouvindo "todos os dias", vosmecê, sr. Mário, não se enojava, digo, enjoava?! JCN
Conselho de um "pobre de espírito": coma menos broa, sr. Mário, coma menos broa! JCN
Diga-me lá, sr. Mário: na sua óptica, sou "pobre de espírito" por ser "modernaço" ou, pelo contrário, sou "modernaço" por ser "pobre de espírito"?... JCN
Caro sr. Mário: se por acaso "pindérico" se relaciona com Píndaro, tal como "safado" vem de Safo, vosmecê acaba de literariamente me pôr nos "píncaros"! Daqui ao Nobel vão dois ou três passos! Quem diria, pá! JCN
pindérico
adjetivo1. popular, depreciativo pelintra, miserável
2. coloquial, depreciativo mal vestido; piroso
Agora, mais a sério:
PÓS-MODERNIDADE
Tudo está dito à face do universo
de modo insuperável desde Homero
que poeta nenhum com mais esmero
as emoções humanas pôs em verso.
Independentemente dos países,
das línguas e das métricas usadas,
todas as formas de expressão tentadas
nem perto estão das radicais matrizes.
Na própria Roma e no Renascimento,
de Vergílio a Camões, Petrarca e Dante,
nada mais foi que emulação constante.
Na pós-modernidade, é o momento
de como faz a abelha recolher
de cada flor o que melhor houver!
JOÃO DE CASTRO NUNES
Que linda adjectivação
o senhor Mário empregou
para dizer o que eu sou,
segundo a sua versão!
Não deixou de me agradar
sobretudo o "popular".
O senhor Mário é deveras
um douto "clássico" e peras!
Ouça lá, sr. Mário, para terminar:
CLASSE
O que se chama craveira
não se ensina, não se aprende,
não se compra nem se vende,
não se encontra em qualquer feira:
quer em prosa quer em verso,
nasce connosco no berço!
JCN
Senhor Mário, de futuro,
quando comigo quiser
terçar armas a valer,
espreite melhor o furo!
JCN
Para o sr. Mário:
Bajular por bajular
não dignifica ninguém:
uma coisa é sabujar,
outra coisa é dizer bem!
JCN
Vossemecê, senhor Mário,
não dando luta ao parceiro
no domínio literário,
fez figura de sendeiro!
JCN
Diz o povo, e muito bem,
que quem diz o que não deve
nos disparates quw escreve
ouve o que não lhe convém!
JCN
Quem não tem armas capazes
para lutar a valer
é melhor fazer as pazes
e em retirada bater!
JCN
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