sexta-feira, 1 de maio de 2009

A AVALIAÇÃO DO MAGALHÃES


O primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista pediu recentemente desculpas pelo uso em tempo de antena partidário de imagens de crianças de Castelo de Vide a trabalhar (ou a brincar?) com o computador Magalhães. Seja de quem for a culpa do sucedido, o episódio só veio dar razão às vozes que têm dito que o Magalhães, além de um grande negócio, é simplesmente uma grande operação de propaganda. Tudo indica que há mesmo pessoas dentro do ministério da Educação que não sabem distinguir entre governo e partido. Transcrevo do "Público on Line".

"A presidente do conselho executivo do Agrupamento de Escolas de Castelo de Vide, Ana Paula Travassos, explicou ontem ao PÚBLICO que foi contactada telefonicamente pela equipa de apoio às escolas em Portalegre e pelos próprios serviços centrais do ME informando-a de umas filmagens que iriam ser realizadas no âmbito do projecto e-escolinhas. O objectivo do ministério era perceber o impacto que o computador Magalhães estava a ter em termos pedagógicos e como estava a ser utilizado pelos alunos."

Será que isto é avaliação do Magalhães? Não, quando muito, é avaliaçãozinha, uma avaliação manhosa de quem já sabe, ou julga saber, o resultado.

6 comentários:

Armando Quintas disse...

o facto de de darem ou venderem a baixo custo os Magalhães como objectivo de elevar as qualificações e melhorar as técnicas pedagógicas revela a mentalidade provinciana do nosso país.
Aqui ao lado em Espanha, ao invés de andarem a dar Magalhães a torto e direito, equiparam as escolas com computadores, ficando mais barato ( pois ao contrario do que o sócras diz, os Magalhães não custam 150 euros, já que o estado ou melhor, contribuintes metem o resto que falta) e apostaram em formação e dinamização empresarial criando clusteres tecnológicos com base em software livre, que somente a província da estremadura poupou em 2002 cerca de 16% do seu orçamento pelo simples facto de deixar de usar licenças proprietárias substituindo o ruindows por Linux criado por eles mesmos.
Os putos levam os Magalhães para a escola e depois fazem o que? basta que alguns não os tenham adquirido já os professores não podem fazer aulas especificas para eles nem repreender-los por ser material de estudo opcional e não obrigatório,
e que aulas pedagógicas vão dar às crianças com os magalhães? Há professores que pouco mais sabem fazer num pc que escrever um texto no word!
Então e se metade da turma tiver magalhães windows e outra metade magalhães com linux, porque tb os há, o que fazem os docentes?
Se houver no momento incompatibilidades, erros, outros problemas os professores tem formação informática suficiente?
Então os os magalhães vão começar a substituir os cadernos escolhares? assim as crianças no word teriam a vida facilitada pois este ia corrigir os erros!
Acho isto tudo absurdo e mais uma paródia ao ministério da (des)educação.
Sabiam que já há magalhães aos montes a rodarem na feira da ladra? Vendidos pelos paizinhos que depois são revendidos?
Parece que o governo anda a brincar connosco, só espero que a brincadeira não dure muito tempo e o socras caia rapidamente da cadeira.

Armando Quintas disse...

ah, já mes esquecia, avaliação do menino Magalhães:
de 0 a 5

= O

Rui Baptista disse...

Não interessa a qualidade do ovo que se anuncia. Basta cacarejar a anunciar a "boa-nova" em consecutivas operações de "marketing". Em repetidas lavagens ao cérebro o que é de má qualidade transforma-se em artigo de boa qualidade a encher as prateleiras do super-mercado governamental. Enfim...

Anónimo disse...

pode-se comprar Magalhães na feira da ladra? tenho de lá ir... mas depois há pcs + baratos e melhores à venda por aí... ou qual é o preço de rua do Magalhães?

Átila Siqueira. disse...

Oi, conheci o blog de vocês e adorei. Me visitem depois também.

Um grande abraço,
Átila Siqueira.

Anónimo disse...

Num outro País Europeu, um pouco mais evoluído, usar/manipular crianças (!) para propaganda política seria por e simplesmente motivo de responsabilidades politicas: demissão do líder do Partido autor de tal ilegalidade ou demissão do titular da pasta da Educaação, que permitiu e viabilizou esta situação inacreditável.
Em Portugal, a impunidade é total.

Carlos Correia

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