segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

GOLPE DE ESTÁDIO?

Acaba de ser anunciada a intenção de Portugal se candidatar juntamente com Espanha à organização do Mundial de Futebol de 2018, um bom pretexto para a realização de mais um passatempo conjunto DRN/Sorumbático.

Como já se percebeu, trata-se de premiar, com um exemplar do livro cuja capa aqui se vê, o melhor comentário que venha a ser feito a esse assunto até às 17 horas do próximo dia 21 de Janeiro (quarta-feira).

NOTA: Embora o passatempo seja organizado pelos dois blogues, todas as respostas deverão ser dadas apenas aqui, no DRN, na caixa de comentários de baixo.
Actualização: o resultado está afixado no comentário das 19h52m

16 comentários:

Anónimo disse...

E porquê esse livro?

António Silva

mariazita disse...

Boas, eu duvido que esta ideia seja viável, a minha opinião é contra esta organização/ideia, uma vez que penso eu já chega de “gastadeiros” de dinheiro...

Foi a Expo98 e a maior parte dos edifícios/pavilhões estão ao abandono...

Foi o Euro2004 e uma fortuna em Estádios novos, alguns deles já nem se sabe onde foram construídos porque nem equipas têm, Ex: estádio do Algarve...

Não chegava um autódromo, que nem a fórmula 1 cá vem, já construíram outro, agora em Portimão, porque não um investimento no que já existia...?????

Chega de gastar dinheiro mal gasto, em coisas sem utilidade nenhuma...num país onde ainda há quem passe fome...

Tenham juízo...

Rui Pascoal disse...

Diz-se que “de Espanha nem bom vento nem bom casamento”, eu discordo e não é por estar lá o nosso Prémio Nobel. Penso até que se o Iberismo tivesse ido em frente teríamos ganho mais mas isso não cabe agora neste estádio.

Quanto à história que nos querem contar basta olharmos para o Euro 2004. A festa foi bonita mas a factura ainda está por pagar.

Lembram-se de anedotas sobre casamentos? São bons de comer mas difíceis de “digerir”…

Anónimo disse...

Acho bem e acho que é bem feito!!!

Musicologo disse...

Eu acho bem a ideia de rentabilizar alguns estádios já construídos e encher as nossas unidades hoteleiras de turistas e selecções, além de continuar a ser uma boa promoção para o país e, claro, qualificação automática para o Mundial2018.

Mas só por isso mesmo: por as infraestruturas já estarem construídas!

Venha cá a FIFA reclamar que quer melhoramentos, que estádios de 15 anos precisam de pinturas, retoques, bancadas, ou o diabo a 4, e podem desde já descontar o meu apoio.

Teoria: rentabilizar o trabalho já feito? SIM.
Mas: Ter de investir MAIS para isso? NÃO.

Anónimo disse...

Como quase tudo o que vem do CMR, é completamente vazio de interesse, consistência e de ideias. Refiro-me tanto ao livro, quanto ao concurso, como - e principalmente - à opinião do geriático.

Tratam-se de três jogos, a realizar - talvez - em 2018 em estádios (Luz, Dragão e Alvalade) que já estão construidos.

Unknown disse...

crisis?! what crisis?

Anónimo disse...

Por mais que há época do Europeu tenha achado tudo isto um devaneio de Novos Ricos que não somos, agora com os estádios construídos temos é de rentabilizar um investimento que ainda deve andar a pesar nos Orçamentos de Estado.
Nota-se o calculismo inteligente desta candidatura.
Espanha que poderia assumir sozinha o evento, lá acedeu a juntar-se a nós, assim poupando algum dinheiro. Nós que não podíamos assumir o evento sozinhos, então toca de nos colarmos a quem poderia com o mínimo de esforço.
Mas, apesar de tudo, deveríamos ser realistas.
A área da Península Ibérica é de uma enormidade quando toca a viagens de equipas de futebol em 2 ou 3 dias, pelo que o mais certo é a candidatura acabar rejeitada.
E, até lá, vamos gastar dinheiro que não temos em projectos, propostas, anúncios, eventos de demonstraçao... (acho que já perceberam a ideia).
E da próxima vez já Espanha entra nisto sozinha!
Pode ser que me provem que estou errado, que o turismo aumente nessa altura (e será que ficar do outro lado da fronteira, mais a meio da Península não é opção melhor?), que entre muito dinheiro nos cofres portugueses (sem que depois seja preciso gastar mais para tratar do que ficou) e que sejamos aclamados pelo nosso trabalho (enquanto que dentro do país mais uns quantos apresentam contas aos erros e ao descontentamento?).
E, claro, que Portugal não seja o enteado desta história e fique com os jogos sem interesse e sem público, mais tudo o que isso acarreta!

JSA disse...

É mais uma candidatura dos empreiteiros. A ideia original, dizia-se, era a de ter o jogo de abertura em Portugal e o de encerramento (final) na Espanha. Infelizmente, parece que o jogo de abertura deve ser realizado num estádio que possua capacidade para mais de 80 mil pessoas, coisa que não existe em Portugal. Uma vez que a FIFA não condescenderá nesse ponto, qual a solução? Bom, mais umas obras, suponho. ou então teremos apenas uns jogos por aqui, o que faria dito um Mundial de Espanha, não de Espanha/Portugal, tal como uma Volta à França com início na Alemanha não é uma Volta à França e Alemanha.

Outro ponto que me preocupa é o desprendimento dos dirigentes. Quando lhes apontam a crise, dizem que mal será se a crise em 2018 não estiver ultrapassada. Infelizmente temos, mais uma vez, a atitude d'O último a sair que apague a luz. A total irresponsabilidade perante o futuro. Mais uma nota é o facto do nosso presidente da FPF, Madaíl, ir (aparentemente) sair do cargo mas estar disposto a ficar ligado ao processo para ajudar a candidatura. Isto significa que só está à procura de um poleiro onde se manter.

O Euro2004 foi engraçado, mas um desperdício. Um Mundial 2018 poderá ser também engraçado, mas também um desperdício. Não pago os meus impostos em Portugal, pelo que não seria afectado, mas isso não me retira a responsabilidade de me preocupar com o futuro. E não é de organização em organização (a seguir vem o quê?, os Jogos Olímpicos?) que Portugal vai sair do atoleiro em que os seus dirigentes (desportivos ou não) o meteram.

JSA disse...

Já agora Carlos Antunes:
«A área da Península Ibérica é de uma enormidade quando toca a viagens de equipas de futebol em 2 ou 3 dias»

Já existiu um Mundial nos EUA, o Brasil será o provável organizador em 2014, a África do Sul não é exactamente o Luxemburgo. Pela sua lógica Portugal deveria organizar o torneio sozinho, suponho, para não cansar os jogadores.

Gonçalo Ferreira disse...

Gonçalo Ferreira

Num país onde a maioria das famílias espera ansiosamente pelo final do mês para poder pagar as suas despesas correntes, num país onde se acaba de saber que se entrou em recessão técnica,num país onde reina quem rouba e processa quem atira em defensa, parece anedótico falar de uma organização conjunta de um Mundial de Futebol com o país vizinho, contudo não podemos esquecer todo o prestigio que têm um pais organizador de um mundial de futebol, todo o negocio turístico que esse evento possa trazer, todo o entusiasmo e alegria que um evento de futebol dá ao Povo deste país, pois assim sendo este país para sair da depressão em que insiste e persiste nada melhor que um campeonato mundial de futebol para animar.

João disse...

Não podia estar mais de acordo com o sr. JSA, ao considerar isto uma candidatura de empreiteiros (como em tudo neste país, à beira mal plantado).
Mas, ao contrário do Euro2004, penso que este trará benefícios para os Portugueses.
Desde os tempos da Expo98 e Euro2004, que os empreiteiros vivem à custa desses grandes eventos, que acabam por capitalizar os seus bolsos e descapitalizar o país. Foi à custa desses grandes eventos que passaram a ser recrutados grandes números de imigrantes, o que faz com que num país tão pequeno como o nosso isso tenha repercussões enormes na nossa economia.
O facto deste ser em conjunto com a Espanha traz benefícios enormes, porque sabe-se que há imensos portugueses a trabalhar na construção civil espanhola, daí eu dizer que traz benefícios aos Portugueses, mas não a Portugal em particular.
Claro está, existe a questão dos estádios com capacidade para mais de 80000pessoas, a possibilidade de jogos inferiores no nosso país e lá volta tudo aos interesses. E perante esta questão: reformular os existentes ou construir de novo? Lá vai o Zé Povinho ter mais 40 anos de miséria para pagar estádios, onde, diria eu, 80% nunca terá hipóteses de entrar (e até pagou para que ele existisse).

OP artesanato disse...

A candidatura de Portugal e Espanha ao Campeonato do Mundo de futebol, vai ser um autentico golpe nos estádios, uma vez que os construidos para o Euro, parecem não ser os mais indicados para o campeonato do mundo, isto claro, se a crise que o mundo atravessa não condicionar a realização de diversas competições de agora em diante.

Miguel SCP disse...

E porque não a organização de um Mundial em conjunto com nuestros hermanos?
Os estádios estão feitos e acabados (pelo menos alguns...), as infra-estruturas estão feitas, a experiência adquirida da organizaçao de um Europeu permite-nos de antemão ficar com uma ideia daquilo que nos espera.
Temos vários estádios que desde e Euro 2004 estão às moscas. É certo que a maior partes deles nem seriam utilizados, mas pelo menos algum poderia vir a ter uso. Temos de lhes limpar o pó e deixarmos de lado a ideia, para quem por lá passa, que não estão ao abandono. Porque parecem. Por este andar e daqui por uns anos, pode ser que se candidatem a património da humanidade, tal o estado de degradação a que acabarão por chegar.
Pelo menos ficamos com mais alguns monumentos para visitar. "Allgarve, the lost Stadium" ate serviria para atrair mais turistas.
E, do modo que as coisas andam, não nos tínhamos de preocupar com a qualificação. Era acesso directo! Com ou sem Ronaldo, estávamos lá!
Luis Miguel Sales

Carlos Medina Ribeiro disse...

A resposta à pergunta «Porquê este livro?» é a seguinte:

Há dias, li aqui um 'post' do Carlos Fiolhais acerca deste tema e em que a expressão "Golpe de Estádio" aparecia no título.
Depois, ocorreu uma coincidência: no mesmo dia em que foi anunciada a candidatura de Portugal tropecei no livro cuja capa aqui se vê e achei que era pena deixá-lo fugir.

Já agora, acho que, se os estádios já feitos puderem ser rentabilizados (ou seja, se o cômputo, considerados todos os aspectos, for positivo), não vejo qualquer problema nisso - muito antes pelo contrário.

Carlos Fiolhais disse...

Foi decidido premiar 'ex-aequo' autores de dois comentários com opiniões opostas: JSA e Miguel SCP, para o que se obteve um 2.º livro do mesmo valor («Morte no Estádio», um policial de Francisco José Viegas). Pede-se, então, aos referidos leitores que, nas próximas 24 horas, escrevam para sorumbatico@iol.pt indicando morada para envio, e dizendo qual dos livros preferem. O primeiro que o fizer receberá o que escolher; o outro ficará com o outro livro. Obrigado a todos!

Carlos Fiolhais

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...