Extracto de uma entrevista que dei a Helena Teixeira da Silva do "Jornal de Notícias" (saiu ontem e está na Net aqui):
É contra as aulas de substituição? E o que diz da impunidade das faltas?
As aulas de substituição não são um verdadeiro problema. Problema sim é a falta de reconhecimento e de estímulos aos professores. E problema sim é uma certa “nomenklatura” ministerial e o “eduquês” que fala. Quanto às faltas, sou pela tolerância zero. E só a um secretário de estado com um currículo de faltas poderia lembrar que houvesse faltas impunes.
Acha que a escola é o reflexo da sociedade que temos? Ou será o contrário?
Sociedade e escola estão entrelaçadas. A escola é o meio que a sociedade inventou para assegurar o seu futuro. Claro que a escola é feita pela sociedade de uma época para transmitir os conhecimentos e valores do passado. Mas com uma boa escola podemos esperar um futuro melhor. Como muita gente sofro com o estado da educação nacional: a falta de uma boa escola pode custar-nos o futuro!
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
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5 comentários:
Carlos Fiolhais,
Faço votos para que a sua excelente ideia da "Casa do Conhecimento" se concretize.
Parece que o Fiolhais continua iludido com a ministra. Parece que se alguém é responsável pelo estado do ensino (presente e futuro), esse alguém ou é um secretário de estado, ou uma «certa nomenklatura», mas a ministra escapa sempre a qualquer crítica.
A verdade é que, hoje, as notícias mostraram aquilo que qualquer pessoa, que não andasse iludida com a retórica e propaganda do ministério da educação, já teria percebido há muito tempo: este governo «trabalha» para as estatisticas e manipula-as. Assim foi com os professores, assim vai ser com os alunos.
Com a avaliação de professores (e de escolas) que vai ser posta em prática já se adivinhava o que hoje se ficou a saber: que os professores andam a ser pressionados pelos CEs para não darem negativas. O sucesso educativo está garantido!
Todos aqueles que aplaudiram o ataque aos professores conduzido por este ministério (que os acusou de laxistas, absentistas, responsáveis pelo baixo nivel de escolaridade dos alunos, etc) agora só têm de ficar satisfeitos com o que vai ser o futuro do ensino: os profs não faltam mais, mas os alunos podem faltar à vontade; o trabalho burocrático dos profs vai aumentar, mas em compensação o trabalho nas aulas vai sair penalizado; o nível de escolaridade dos alunos vai aumentar, mas o seu nível de conhecimento vai diminuir.
E isto tudo porquê? Porque o reconhecimento dos professores tornou-se quase impossivel com o novo ECD, e porque o único reconhecimento ainda possivel passa por se alcançar um sucesso estatístico com os alunos.
Mas do que é que se estava à espera quando o nosso Primeiro-Ministro tem um percurso académico que espelha na perfeição este tipo de politica educativa?
Tudo muito bonito, mas quantos professores votaram nestes palermas que nos pseudo-governam? Deitamo-nos na cama que fizemos. Bad luck.
A lógica do manuel é absurda.
Eu, pelo menos, não me deito na cama com quem não escolho.
No limite não escolhemos os políticos. Limitamo-nos a consumi-los e a substituí-los por outros mais modernos, passado o prazo de validade.
O Sr. Xman não percebeu a ideia do Manuel. Trata-se de se deitar na cama que fez (ou ajudou a fazer) e não de se deitar com quem quer que seja.
è isso Manuel?
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