terça-feira, 13 de novembro de 2007

O QUE SABEMOS


No Laboratório Chimico na Rua da Escola Politécnica em Lisboa (Museu de Ciência da Universidade de Lisboa) está em cena uma peça de teatro sobre o físico Richard Feynman: "O Que Sabemos". Informações sobre a peça de Peter Parnel (no original "QED") com produção do Teatro Nacional de D. Maria II e encenação de Amândio Pinheiro encontram-se aqui.

Richard Feynman (1918-1988) é um génio da física, um dos maiores físicos do século XX. Não nasceu a tempo a tempo de participar na criação da teoria quântica (que ficou pronta por volta de 1926), mas utilizou-a de um modo bastante criativo. Foi o autor de trabalhos essenciais sobre electrodinâmica quântica, isto é, o estudo da interacção da luz com a matéria, que lhe valeram o prémio Nobel de 1965, usando métodos originais. Aliás, a extrema originalidade foi uma marca do seu trabalho em várias áreas da física.

Foi também um grande pedagogo, muito apreciado pelos alunos: os chamados "livros vermelhos" de Feynman ainda hoje são úteis a quem está a aprender física (são mesmo "livros de culto"), tal como o resumo "O Que é uma Lei Física" (edição portuguesa da Gradiva).

Esteve ligado à resolução de vários problemas práticos, como por exemplo a causa da explosão da nave Challenger da NASA. E foi o autor da ideia da nanotecnologia, a engenharia à escala atómica e molecular, que hoje está tanto em voga.

Foi ainda um grande brincalhão, um físico divertido. Os livros "Está a Brincar, Sr. Feynman!" e "Nem Sempre a Brincar, Sr. Feynman!" (também publicados entre nós pela Gradiva) estão recheados de histórias curiosas que ilustram bem essa sua faceta.

A peça "O Que Sabemos" , em exibição no belo cenário do Laboratório Chimico de Lisboa, dá uma ideia bem sugestiva da mente e da vida de um sábio incomum!

6 comentários:

Google quero apagar o perfil blogger. disse...

Fui ver no início do mês passado.
Recomendo vivamente.

Também, junto ao mesmo espaço no jardim botânico (bilhetes comprados no mesmo local), se pode assistir ao "Darwin no Jardim".

"A partir da 'Autobiografia' e da 'Viagem de um Naturalista à Volta do Mundo' o TNDM II promove um percurso alternativo pelo Jardim Botânico, onde, numa interacção entre um guia e um actor, realiza uma viagem pelo mundo de Charles Darwin, um dos mais proeminentes cientistas de todos os tempos. Desde a Geologia, passando pela Botânica e não esquecendo a Antropologia, levaremos os espectadores a participar de um universo em permanente evolução."

Cumpts


(Anónimo do costume, por um dia, troque a paróquia por estas peças, venha daí)

Anónimo disse...

O tal que era um génio e só tinha um QI de 125! Nem sei o que o Watson diria disso, se calhar nem lhe passava cunfia!
O Dick devia ser uma curte, não queria nada com idiotas pomposos, estava sempre pronto pra brincadeira, pro engate, sem manias, sem merdas, e pelo meio ainda arranjava tempo para trabalhar um bocadinho nas físicas!
Seria dos raros profes com quem eu iria beber um copo, porque o pessoal que anda por aí, incluindo alguns génios, são muita muita seca!
luis

Anónimo disse...

A humildade de um ciêntista:

"Se a teoria M for bem sucedida, se for de facto uma teoria de tudo, representa o fim da física como a conhecemos? A resposta é não. Vou dar um exemplo. o simples conhecimento das regras de xadrez não faz de nós grandes mestres. De modo semelhante, conhecer as leis do universo não significa que sejamos grandes mestres na compreensão da riqueza e da variedade das suas soluções"

Michio Kaku
Bizancio

Anónimo disse...

Ao anónimo das 22:05

Fui ver o link da bizâncio e ao que parece este senhor está a trabalhar numa "teoria de tudo", se o excerto que colocou no seu comentário são mesmo palavras dele, não há duvida de que se trata de um cientista com humildade.

Fazem falta pessoas assim nas ciências. Nunca li nada dele, nem tinha ouvido falar mas vou certamente pesquisar.

paulu disse...

"Está a Brincar, Sr. Feynman!" e "Nem Sempre a Brincar, Sr. Feynman!" não mostram só o lado divertido deste homem.

Com efeito, se é certo que descobrimos os excelsos talentos de Feynman como percusionista e arromabador de cofres, também somos confrontados com a sua grande humanidade, um dom que infelizmente nem sempre atinge todos os grandes génios como ele.

Gostei muito que o De Rerum Natura o lembrasse! E creio que vou ter que ir ver essa peça... :)

Anónimo disse...

Mais fiolhadas. Haja pachorra para aturar este tipo de contabilista de partículas que nada sabe de física fundamental.

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