sexta-feira, 25 de maio de 2007

UMA BREVÍSSIMA HISTÓRIA DO TEMPO


Artigo que saiu na revista "Educação Matemática", da Associação de Professores de Matemática:

O título de cima presta homenagem ao livro popularíssimo de Stephen Hawking [1] do qual há uma recente versão mais curta [2]. Mas, ao contrário dessa obra, não se trata aqui de contar a história do Universo desde o seu início, há cerca de 15 000 milhões de anos, mas antes de contar muito abreviadamente a história da visão do tempo nas ciências físicas, desde que estas se iniciaram há cerca de quatrocentos anos.

E forçoso é começar essa história com o italiano Galileu Galilei [3]. Para Galileu o tempo era, como ainda hoje, uma grandeza que se podia medir com um relógio, tal com o espaço é uma grandeza que se pode medir com uma régua. Medir é, sempre foi, conhecer. Os relógios usados por Galileu eram muito rudimentares. Os primeiros relógios mecânicos, baseados no pêndulo, só puderam ser construídos na sequência dos desenvolvimentos da mecânica. Galileu foi o descobridor da lei do isocronismo das pequenas oscilações de um pêndulo (segundo a qual, o tempo de uma pequena oscilação não depende do ponto exacto de partida), mas só dezenas de anos mais tarde o holandês Christiaan Huyghens usou esse conhecimento para construir um primitivo relógio de pêndulo. Mas Galileu tinha à sua disposição ampulhetas e também um relógio que ainda hoje pode ser usado por qualquer pessoa: o pulso. O sábio italiano não tinha um relógio de pulso, mas tinha um pulso de relógio e é, de facto, fantástico, que tenha descoberto a referida lei e outras, como a da queda dos graves, que relaciona a distância d percorrida por um grave com o tempo t decorrido, d = ½ g t^2, com g uma contante (chamada aceleração da gravidade, g = 9,8 m/s^2) usando o seu próprio ritmo cardíaco (que não se alterou com a iminência do momento de “eureka”, pois isso teria impedido até a própria descoberta...).

Isaac Newton [4], o inglês que nasce no ano em que Galileu morre, segue a tradição inaugurada por Galileu de descrever a Natureza com a ajuda da matemática (Galileu tinha dito que “o Livro da Natureza está escrito em caracteres matemáticos”). A segunda lei de Newton, que relaciona directamente força F com a aceleração a, F = ma, com m a massa, uma grandeza que mede a inércia do corpo ao movimento, é uma maneira geral de expressar leis particulares como a lei do isocronismo das pequenas oscilações ou a lei da queda dos graves. A aceleração traduz a mudança no tempo da velocidade, que por sua vez traduz a mudança no tempo da posição. A mecânica que Galileu e Newton inauguraram (o segundo criando para o efeito a ferramenta matemática necessária – o cálculo infinitesimal) trata afinal de mudanças no tempo. E o que é o tempo? Pois, como Santo Agostinho disse, todos sabemos se não formos obrigados a explicitar o que é, mas já não sabemos se o tivermos de fazer (um humorista, perante essa dificuldade, saiu dela definindo o tempo como “o que impedia que tudo acontecesse em simultâneo”). Newton procurou, nos seus “Princípios Matemáticos de Filosofia Natural”, definir o tempo. E deixou claro que existia um tempo absoluto, igual para todos, isto é, que todos os relógios marcavam o tempo da mesma maneira [5]: “O tempo absoluto, verdadeiro e matemático, por si mesmo e da sua própria natureza, flui uniformemente sem relação com qualquer coisa externa e é também chamado de duração”.

Por sua vez, o espaço era outro conceito absoluto, isto é todas as réguas mediam as distâncias da mesma maneira. Seja de novo dada a palavra a Newton [5]: “O espaço absoluto, na sua própria natureza, sem uma relação com o que quer que seja exterior, permanece sempre igual e imóvel...”

O tempo e o espaço, conceitos dissociados, funcionavam como cenários iguais para todos, onde se passavam todos os acontecimentos. Os movimentos cujas leis Newton descreveu com a ajuda da matemática eram uma alteração das posições de um corpo no espaço ao longo do tempo.

A mecânica newtoniana triunfou. Ela, tem, porém, uma grande dificuldade, ao lidar com o tempo: não consegue distinguir passado de futuro. As leis de Newton não fazem essa importante distinção: são invariantes relativamente a inversões do tempo. No entanto, todos sabemos que o futuro é diferente do passado, que muitos fenómenos indicam claramente uma “seta do tempo”. No século XIX desenvolveu-se um outro ramo da física, a termodinâmica. Ora, a segunda lei da termodinâmica, estabelecida pelo alemão Rudolph Clausius, ao contrário da segunda lei de Newton, fala da diferença entre futuro e passado: define uma grandeza para sistemas macroscópicos, chamada entropia, S, e afirma que a entropia de um sistema isolado tende para um máximo. Nos processos ireversíveis em sistemas isolados, a entropia cresce necessariamente. Essa lei exprime-se por uma inequação [6], Delta S > 0, e não por uma equação.

Um problema que chegou até aos nossos dias é precisamente o de fundamentar a termodinâmica na mecânica newtoniana (ou, mais em geral, na mecânica quântica). A mecânica estatística procura, de facto, ligar o microscópico e o macroscópico, mas tem dificuldades em explicar como é que, no primeiro nível, não há diferença entre passado e futuro, ao passo que no segundo nível já há. Pois não é o macroscópico feito a partir do microscópico?

Uma grande evolução no conceito de tempo dá-se no início do século XX dá-se com o alemão, mais tarde suíço e norte-americano, Albert Einstein [7]. Além de se ocupar da mecânica estatística, Einstein preocupou-se com a ligação entre a mecânica clássica, de Galileu e Newton, e o electromagnetismo, de Faraday e Maxwell, este estabelecido tal como a termodinâmica ao longo do século XIX.

Na mecânica havia um princípio da relatividade, já descoberto por Galileu, segundo o qual todos os observadores de sistemas de inércia viam da mesma maneira um dado fenómeno físico (há invariância ao passar de um referencial de inércia para outro, entendendo-se por referencial de inércia aquele onde são válidas as leis de Newton; encontrado um, qualquer outro com velocidade constante em relação ao primeiro será também de inércia). Mas no electromagnetismo já não era visível esse princípio, parecendo existir um sistema de referência privilegiado, o chamado éter. Einstein defendeu, numa tentativa de unir os dois ramos da física, a existência de um princípio da relatividade tanto para a mecânica como para o electromagnetismo. Mas, para isso, teve de modificar a mecânica, deixando intacto o electromagnetismo. Ou melhor, este não ficou intacto: o conceito de éter “evaporou-se”...

Einstein partiu, para estabelecer uma nova mecânica, a mecânica relativista, que engloba a mecânica de Galileu e Newton no limite das pequenas velocidades (assim como Newton viu mais longe por ter subido aos ombros do gigante Galileu, também Einstein viu mais longe ainda porque conseguiu subir para os ombros de Newton). Partiu do princípio de que existia um princípio da relatividade para todas as leis da física e não apenas para as leis da mecânica. E – outro postulado essencial – partiu também do princípio de que a velocidade da luz é um invariante, isto é, tem o mesmo valor para todos os observadores.

Este último postulado parece, à primeira vista, estranho. É fácil, com efeito, supor que um raio de luz lançado de dentro de um comboio viage não à velocidade da luz c = 300 000 km/s, que aparecia nas equações do electromagnetismo escritas por Maxwell, mas a essa velocidade mais a velocidade do comboio. Mas Newton admitiu que não, que a velocidade do raio de luz lançado de dentro do comboio não depende, visto do cais, da velocidade do comboio!

As consequências são, de facto, extraordinárias. Uma das mais imediatas e também das maiores é que o tempo flui de maneira diferente para quem vai no comboio e para quem está no comboio. Suponhamos uma experiência, que tem de ser mental, de um comboio a viajar com um velocidade comparável à da luz. (No tempo de Einstein já havia comboios, embora muito lentos... ) Uma lâmpada eléctrica acende-se no tecto do comboio, um feixe de luz parte para baixo, é reflectido por um espelho no chão do comboio e regressa à lâmpada. (A lâmpada eléctrica foi inventada por Edison no ano em que Einstein nasceu). Do ponto de vista de um observador dentro do comboio, o movimento da luz dá-se em em linha recta e na vertical. Mas, do ponto de vista de um observador no cais (supomos o comboio transparente para facilitar a observação), o movimento é ainda em linha recta, mas não vertical, mas sim oblíquo. O feixe desce propagando-se para a frente, no sentido do comboio, bate no espelho e sobe, sempre propagando-se para a frente. A distância percorrida é obviamente maior pois a soma dos dois lados iguais de um triângulo isósceles é maior do que a altura do triângulo. Agora, como a velocidade da luz é a mesma para os dois observadores e a distância percorrida é maior para o observador externo, só há uma conclusão a tirar: o tempo marcado no interior do comboio é diferente do que o tempo marcado fora do comboio, ou, mais precisamente, o tempo decorrido dentro do comboio entre a emissão e a recepção da luz pela lâmpada é menor. Ou, dito ainda de outra forma, relógios em movimento atrasam-se! Este é o conhecido fenómeno da dilatação do tempo, que pode ser descrito matematicamente com a ajuda apenas do teorema de Pitágoras [8].

Este fenómeno já foi verificado experimentalmente com relógios atómicos, os relógios mais precisos que hoje existem (e que se baseiam no processo quântico de emissão e absorção de luz por átomos): um relógio ficou fixo em terra e outro deu a volta à Terra, a bordo de um avião. Comparados os dois relógios no fim da viagem, o relógio que tinha viajado marcou um tempo um bocadinho menor. Marcaria bastante menos se houvesse tecnologia para o colocar a grande velocidade, a uma velocidade comparável com a da luz. Quase à velocidade da luz, o tempo praticamente não passa...

Com Einstein cada observador passou, portanto, a medir intervalos de tempo diferentes entre os mesmos acontecimentos, consoante a sua própria velocidade. Caiu o tempo absoluto de Newton, igual para todos, para passar a haver um tempo relativo. Cada um passou a ter o seu próprio tempo!

E o mesmo se passou relativamente ao espaço: para o espaço, em vez do fenómeno da contracção do tempo, previu-se e verificou-se o fenómeno da contracção do espaço: réguas em movimento parecem encolhidas quando vistas de fora. Tal como o tempo, também o espaço, que se julgava absoluto, passou a ser relativo!

Ficou, porém, alguma coisa de absoluto, algo sobre o qual todos podem concordar (além da velocidade da luz). Foi possível construir matematicamente uma nova entidade à custa do espaço e do tempo: o espaço-tempo. Por outras palavras, juntando o espaço (com três dimensões) ao tempo (com uma dimensão) ficou uma entidade (com quatro dimensões) onde se podem definir intervalos invariantes. O espaço e o tempo são relativos mas no espaço-tempo, há absolutos! A geometria do espaço-tempo não é euclidiana, se o espaço e o tempo forem consideradas grandezas reais (no sentido matemático do termo: descritos por números reais). Mas, curiosamente, se o tempo for considerada um imaginário puro, um número real multiplicado pela constante imaginária i, que se define como a raiz quadrada de -1, então o espaço-tempo tem uma geometria euclidiana. Este espaço a quatro dimensões foi chamado espaço de Minkowski do nome do matemático alemão (nascido na Rússia) Hermann Minkowski, que descreveu pela primeira vez o novo espaço. Minkowski tinha sido professor de Einstein na Escola Politécnica Federal de Zurique, mas se conseguiu encontrar uma expressão matemática conveniente para as ideias de Einstein, não conseguiu quando lhe dava aulas descortinar as qualidades intelectuais fora de comum do seu hoje famoso discípulo.

A revisão dos conceitos de espaço e tempo (que só assume verdadeira importância para velocidades próximas das da luz, sendo suficientes as ideias de Galileu e Newton para as velocidades baixas) não se fez sem dificuldades científicas e até filosóficas. Uma das mais famosas encontrou expressão no “paradoxo dos gémeos”, do nome do físico francês Paul Langevin. Segundo Langevin (um físico que visitou Portugal nos anos 30 do século XX, ajudando na difusão entre nós das ideias relativistas), um par de gémeos que fosse colocado numa situação assimétrica de movimento, isto é, um enviado numa viagem de ida e volta a uma velocidade próxima da da luz a uma estrela distante enquanto o outro permanecia no nosso planeta, envelheceria de maneira assimétrica: o gémeo em Terra estaria muito velho, enquanto o gémeo que viajou pareceria ter tomado um elixir da juventude. Esse paradoxo – paradoxo porque do ponto de vista do gémeo em viagem é o seu irmão que viaja e, portanto, deveria ser ele a ficar mais jovem – encontra-se hoje resolvido. Mas ilustra bem as dificuldades que a teoria da relatividade restrita (assim se chama a mecânica de Einstein) representa para o senso comum.

Einstein conseguiria ainda uma generalização da sua teoria da relatividade restrita, que ficou conhecida como teoria da relatividade geral [9]. O grande físico considerou então sistemas não inerciais, isto é, acelerados. Partiu de uma ideia de Galileu: que um corpo grande e um corpo pequeno, na ausência de resistência do ar, caem ao mesmo tempo. O facto de o tempo de queda ser independente da massa do objecto atraído, mas tão só das propriedades do objecto atractor, explica-se porque a massa que descreve a resistência ao movimento – a massa inercial – é exactamente igual à massa que descreve a intensidade da atracção – a massa gravitacional. Na segunda lei de Newton, a força gravitacional, ou peso – a massa gravitacional m_gr multiplicada pela aceleração da gravidade g - tem se ser igual à massa inercial m_in (que antes designámos apenas por m) multiplicada pela aceleração, m_gr g = m_in a.

Como as duas massas nos dois lados da equação são iguais, segue-se que a aceleração é uma constante, a = g, o que traduz o facto de todos os corpos caírem da mesma maneira. Se todos os corpos caem da mesma maneira num certo sítio, é intuitivo pensar que a queda de um grave num sítio tem a ver com as propriedades do espaço nesse sítio. Mas que propriedades?

Einstein descobriu que a força gravitacional, responsável pela queda dos graves, tem uma origem geométrica, como vamos ver. A segunda lei de Newton diz que a força gravitacional é equivalente a uma aceleração, o que todos nós sabemos porque, quando um carro acelera, sentimos uma força a puxar-nos para trás (e, quando o carro trava, sentimos uma força apuxar-nos para trás). A atracção sentida numa nave fechada e parada devida à proximidade de um planeta é, portanto, equivalente a uma aceleração, devida eventualmente a um foguete em funcionamento, sem que exista um planeta próximo. Mas, numa nave acelerada, tudo deve ficar para trás, incluindo um feixe de luz. E, se a nave acelerada é como uma nave puxada por um planeta, a luz deve “sentir” a força da gravidade. Einstein pensou que a luz devia ir pelo caminho mais curto e, se a luz se encurva perto de um corpo com grande massa, concluiu que o espaço (também o tempo, já que o espaço e o tempo estão inextrincavelmente ligados) tem uma geometria curva, perto desse corpo. Concluiu que o espaço-tempo tem uma geometria curva perto de um corpo com uma grande massa. E que a força gravitacional resulta afinal dessa curvatura.

Concluiu bem, porque no ano de 1919 num eclipse do Sol medido na ilha do Príncipe, que então era território português, e na ilha de Sobral, já então como hoje território brasileiro, que os raios luminosos provenientes de estrelas por detrás do Sol eram encurvados ao passar perto do Sol. “A luz pesa” foi o título de uma pequena notícia no jornal “O Século” quando, passados uns meses, a descoberta foi anunciada na Royal Society de Londres [10].

Tal significa que um relógio e uma régua marcam, respectivamente, tempos e distâncias diferentes perto e longe de um astro com uma grande massa. O efeito é mais visível para os objectos astronómicos com maior massa, como os buracos negros, esses sítios do cosmos onde o tempo e o espaço acabam, pois os tempos e as distâncias são radicalmente alterados. Este fenómeno está hoje confirmadíssimo, sendo de resto utilizado como tecnologia, pois os relógios atómicos situados a bordo dos satélites que asseguram o sistema de posicionamento global (GPS) marcam, a carca de 20 000 km de distância da superfície da Terra, um tempo diferente dos relógios à superfície do nosso planeta.

As consequências da teoria da relatividade geral foram, porém, bastante mais além do que dá a entender a referência anterior às implicações tecnológicas. A matemática é um pouco mais complicada que a da relatividade rsetrita. Na equação central da teoria da relatividade geral de um lado está o tensor (uma entidade matemática com 4 x 4 = 16 números) que descreve a métrica do espaço-tempo e do outro o tensor que descreve a matéria e a energia (de acordo com a famosa fórmula E = m c^2, energia e massa são grandezas equivalentes). A geometria do espaço-tempo depende da presença da matéria-energia. Numa imagem útil, ainda que seja necessariamente grosseira, o espaço-tempo assemelha-se um lençol estendido onde se coloca um objecto de grande massa: o lençol fica mais esticado perto desse objecto. A força gravitacional é afinal essa deformação geométrica do espaço-tempo.

A questão que se pode colocar à escala cosmológica é a seguinte: que tipo de geometria tem o Universo todo? Segue-se das equações de Einstein que o Universo pode estar em expansão, mas o sábio não foi na altura suficientemente sábio... Decidiu acrescentar, à mão, um termo, chamado constante cosmológica, que permitia tornar o Universo estático. Depois das observações do astrónomo norte-americano Edward Hubble nos anos 30 do século passado sabe-se que o nosso Universo está em expansão, tornando dispensável a constante cosmológica de Einstein. De acordo com observações dos últimos anos, parece até que está em expansão acelerada [11], pelo que a questão da constante cosmológica permanece ainda em aberto. Einstein chamou a essa sua ideia o “maior disparate” da sua vida e a sequência veio mostrar que há, por vezes, disparates geniais...

Qualquer que seja o valor e a origem da constante cosmológica, o facto conhecido hoje é que o Universo teve um início há quase quinze mil milhões de anos. Nessa altura (o Big Bang, um “buraco branco”, uma espécie de buraco negro ao contrário) surgiu o espaço-tempo, isto é, surgiu o espaço e o tempo ligado a ele. Há só tempo depois do Big Bang. Quer dizer, não há um tempo anterior a esse evento (já Santo Agostinho sabia isso pois recusava a ideia de um tempo eterno antes da criação do mundo por Deus). De então para cá ocorreu toda uma sucessão de processos astrofísicos de auto-organização, para não falar já (o espaço e o tempo não o permitem...) dos processo físico-químicos, que estão na base da vida que apareceu pelo menos num planeta, o nosso...

Esta auto-organização (aumento da ordem) parece estar em contradição com a segunda lei da termodinâmica (aumento da desordem). É uma contradição apenas aparente, pois a termodinâmica se aplica a sistemas delimitados e é perigoso considerar todo o Universo como um desses sistemas (a pergunta é metafísica: delimitado de quê?). A origem da seta do tempo, descrita pela segunda lei da termodinâmica, permanece hoje ainda por explicar... Einstein explicitou de forma clara esse problema quando, poucos meses antes de ele próprio morrer, tomou conhecimento da morte do seu amigo Michele Besso. Escreveu então à viúva uma frase que ficou famosa [12]: "...para nós, que acreditamos na física, a separação entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão, ainda que persistente."

É essa ilusão que os físicos, e não só,persistem em conhecer melhor.

BIBLIOGRAFIA

[1] S. Hawking, “Breve história do temp. Do Big Bang aos Buracos Negros”, Gradiva, Lisboa, 1ª edição, 1988.
[2] S. Hawking e L. Mlodinow, “Brevíssima história do tempo”, Gradiva, Lisboa, 2007.
[3] S. Drake, “Galileo”, Dom Quixote, Lisboa, 2ª edição, 1081.
[4] J.-P. Maury, “Newton e a mecânica celeste”, Civilização e Círculo de Leitores, Lisboa, 1992.
[5] S. Hawking (coord.), “On the shoulders of giants. The great works of Physics and Astronomy”, Runnig Press, Philadelphia e Londres, 2002. Está a ser preparada uma tradução portuguesa, a publicar pela Dom Quixote.
[6] J. Güemez, C. Fiolhais e M. Fiolhais, “Fundamentos de termodinâmica do equilíbrio”. Fundação Gulbenkian, Lisboa, 1988.
[7] A. Pais, “Subtil é o Senhor. Vida e Pensamento de Albert Einstein”, Gradiva, Lisboa, 2ª edição, 2004.
[8] C. Fiolhais et al. , “F12”, Texto Editores, Lisboa, 2005.
[9] M. Kaku, “O Cosmos de Einstein”, Gradiva, Lisboa, 2005
[10] C. Fiolhais (coord.), “Einstein entre nós”, Imprensa da Universidade, Coimbra, 2005.
[11] O. Bertolami, “O livro das escolhas cósmicas”, Gradiva, Lisboa, 2006.
[12] A. Calaprice (coord.), “The new quotable Einstein”, Princeton, University Press, Princeton, 2005.

31 comentários:

Bruce Lóse disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

"Qualquer que seja o valor e a origem da constante cosmológica, o facto conhecido hoje é que o Universo teve um início há quase quinze mil milhões de anos."

Facto??! Só mesmo para os crentes. Ainda por cima porque este valor tem sido frequentemente revisto.

Anónimo disse...

As noções científicas de inflação do Universo e de dilação gravitacional do tempo, quando lidas a partir de uma cosmologia bíblica, (tendencialmente galactocêntrica), são totalmente consistentes com criação súbita e recente da Terra.

Isto, evidentemente, partindo do princípio de que, não sendo o tempo constante, é cientificamente sustentável, à luz da teoria da relatividade geral, que enquanto na Terra decorriam 6 dias da criação, noutras partes do Universo decorriam biliões de anos. É claro que isso supõe o abandono da constante cosmológica ou princípio coperniciano e, eventualmente, a adopção de modelos de expansão do Universo com base em "buracos brancos".

Deus criou muitas variedades de corpos celestes, sendo essa diversidade bem ilustrada pelo diagrama Hertzsprung-Russell. Este diagrama atesta a diversidade dos corpos celestes, mas não necessariamente a sua evolução.

Tudo isto, evidentemente, sem prejuízo da necessidade de ulteriores investigações científicas sobre este ponto.

Anónimo disse...

Você é IDiota, não é?

Anónimo disse...

Pelo menos numa coisa devemos estar todos de acordo: é graças à ciência e não à bíblia que aqui estamos a fazer os nossos comentários. A física deve ser, de facto, uma disciplina muito interessante, digo "deve", porque apesar de no secundário ter sido aluna de ciências, tive a sorte de ter tido a mesma professora de física/química nos 10º e 11º anos. Sorte, porque ela era muito boa pessoa, contudo, não gostava de física e eu só "aprendi" química.

guida martins

:: rui :: disse...

Ninguém diz que não, que não é a ciência que nos dá muitas das coisas que usamos actualmente. Mas esta não é nada se não tivermos um entendimento básico sobre a nossa postura na vida, regras básicas, morais, que serviram de base ás leis actuais. No entanto, a questão com as leis é que poderão ser muito mal interpretadas por via de um desenraizamento da base de onde é que elas foram tiradas. Hoje em dia, vê-se cada vez mais leis, que foram desenvolvidas sobre outras leis, e que estão a afrouxar muito sobre as leis iniciais que nos foram dadas na Biblia. Com este afrouxamento, dá-se possibilidade a que fenómenos como o aborto, a homossexualidade, a corrupção, comecem a ser toleradas pois há leis que as permitem. Quem faz ciência (ou usa um produto fruto de estudo científico) num mundo cada vez mais frouxo em termos de regras, está a permitir que se posssam ser criados (ou usados) dispositivos ou aparelhos que são usados para as piores finalidades.
A questão realmente é esse afrouxamento das leis que de tal maneira estão, que é necessário voltar a rever a base, para que não andemos constantemente a remediar questões com ideias quando já temos maneira de as prevenir. E isso poupará muito tempo e dinheiro de investigação em coisas que para as quais já há solução. Agora, há quem não esteja interessado nisso e procure mais e mais desregramento. Mais e mais afrouxar de leis e criação de outras leis para regular o afrouxamento de outras. E isto acaba por tornar as coisas mais complexas quando poderiam ser mais simples.

Anónimo disse...

Realmente o espaço-tempo tem que se lhe diga. De vez em quando, quando visito este blog, tenho a sensação que recuo à Idade Média e volto, felizmente!

guida martins

:: rui :: disse...

Engraçado é ver realmente que muito da era pós-moderna se assemelha à era pré-moderna.

A questão é que vivemos neste momento e podes crer que neste momento, há gente a viver como se vivesse noutras eras e todas elas na mesma era que é a actual. Já experimentei umas quantas (variações da mesma), e realmente a conclusão é que poderia ter evitado se as visse escritas na Bíblia. Viver na época actual é o melhor, sem dúvida, no entanto, há quem não ache e prefere viver em épocas anteriores, embora pareça que sejam bem modernas.

Anónimo disse...

Esta ideia que se tem intensificado nos últimos anos de os crentes se colocarem no papel de vítimas, coitadinhos, já é a maior graçola do séc. XXI. Os crentes são provocatórios ao andarem por todo o lado a evangelizar, a vender os Livros por correspondência em todos os blogs, a cuspir na sopa que a Ciência lhes confecciona e que a Civilização Ocidental, evolução da cultura greco-romana e anteriores, lhes põe no prato.

Que eu tenha reparado nem os cientistas, nem os ateus vão para a porta das igrejas gritar -Uuuuuh! Ou fazer desacatos a pedir a mudança do treinador.

Cada vez que se descobre mais alguma coisa logo aparece o Sr. Jacinto em bicos de pés esbracejando eufórico: - Estão a ver, estão a ver! O homem não consegue fazer disto, - É o Senhor , é o Senhor! O Sr. Jacinto, realmente não parece que conhece o Senhor, parece é que está convencido que é ele próprio, o Senhor.

Mas quando é que a Ciência disse que o seu objectivo último era inventar outra natureza? Mas quando é que disse que a sua invenção ia ser ainda mais perfeita do que a própria natureza.

O Sr. Zé diz que os processos da natureza são muito inteligentes. Há muito que todos sabemos isso. Daí a extrapolar para um criador é uma coisa da sua cabeça.
Do nada passa para a totalidade num passe de magia, mas provas, onde estão? Na sua cabeça claro!
Mas afinal, qual nada? Onde é que isso existe na natureza?

Quando aparece algo mais complicado ao Sr. Tó da Silva e Mello, logo exclama: - Ai a minha cabeça que isto é inteligente, tou que nem posso: - Foi Deus!
Trouxe-lhe a verdade, não é? Então conte-nos lá qual é que é essa verdade.

A concepção de Deus o que é que produz? Missas, padres-nossos, avé marias, umas festas para a comunidade e um sentimento de culpa por não sermos Deus, mas vamos lá chegar quando morrermos, ou é mais do tipo, -Não sei, mas essa verdade está prometida. Quando chegar ao Paraíso logo vos direi.

A Ciência não lançou nenhuma bomba e se acaso foi por desleixo que não resolveu problemas, já vocês, foi propositadamente que fizeram genocídios, cruzadas e atrasaram e limitaram, por vezes até à morte muitos desenvolvimentos do conhecimento.

O Sr. Ambrósio está sempre a dizer mal da ciência, mas renunciar a tudo o que ela nos trouxe, mas, dedicar-se a eremita, ou profeta de pé descalço, está bem, está! É tão bom o conforto, a tecnologia, ou a medicina.

O que o Ti Jaquim gostava era que nós fossemos lá sentar o rabinho ao pé dele todas as semanas, para poder tirar umas belas fotos de família. Sei lá sentia-se mais seguro, mais aconchegadinho. Mas isto não é assim, não! Oh Ti Jaquim, tire lá o potro para o estábulo, que não tarda chove.

A D. Felisberta fica muito ruim porque nós não sabemos o Livro de trás para a frente e vice-versa, chateia-a que não vamos todos lá comungar à mesma mão, já infectada anteriormente por dezenas de outros pecadores, entretanto já perdoados e a salvo. Isso aborrece-vos e ficam irados. Logo somos classificados de mais bêbados, mais drogados, mais desleixados e irresponsáveis que os crentes, no fundo, humanos ainda, mas com muito menos virtudes e saúde.

Mas, sabe D. Felisberta, esse sentimento tem sido a causa dos períodos mais negros da vossa história: ou os evangelizamos ou os exterminamos. E infelizmente é o objectivo final de todas as crenças e religiões.

O que mói o Sr. Godofredo de Santos e Costa não é o pecado original e a salvação da Humanidade. O que o mói, é que o baptismo não é a causa da diminuição da mortalidade infantil, nem é a confissão e o perdão a causa do aumento da esperança média de vida.

O que os Srs. todos queriam, era que a Ciência vos trouxesse Deus entre dual lamelas, numa bandeja de prata, para poderem comungar com mais certezas.

O Sr. Manel está sempre a dizer que a bíblia disse isto e acertou, disse aquilo e é verdade, mas isso já muitos outros livros antes o fizeram. Agora conhecimentos único e essenciais, quais são? As vossas regras morais? Obrigadinho. Verdade! Mas qual verdade?
Qual mar plano, insonso, a... atépido até à perfeição.

Mas para que é que a verdade nos interessa? Para ficarmos no quentinho, no conforto do já está tudo decidido e feito? Agora é só abanarmos o rabinho e portarmo-nos bem que logo ficaremos na plenitude? E que mais? Não querem que vos dêem a comidinha na boca e vos mudem as fraldas.

Eu continuo a dizer que a ignorância é que é produtiva! É o que nos faz procurar a causa, a resposta, a forma, o modelo e reutilizá-lo de uma forma criativa e eficaz noutra situação à posteriori. Ignorância? Aqui já estou a falar de mim próprio e não vá provocar mal entendidos, quiçá vociferarem que o demónio, qual dragão, voltou a expelir as suas inflamadas certezas. Calo-me.

Abracinhos.
Artur Figueiredo

:: rui :: disse...

Peço desculpa, posso ter se pareci algo arrogante, vou tentar remendar-me. Estamos todos a aprender.

:: rui :: disse...

posso ter parecido

Anónimo disse...

Excelente comentário Artur Figueiredo!

:: rui :: disse...

A rebeldia de muitos levou a que mais complexidade fosse aumentada. É insonso, é monótono, é tudo o mais, mas que realmente é o que é procurado por muita gente para conseguir alguma estabilidade para poder por exemplo, criar uma criança, mas que, com a velocidade de muita tecnologia introduzida e informação, muitas pessoas andam perdidas e a flutuar sobre toda esta parafernália de informação, sem que consigam encontrar-se firmemente de modo a poder criar uma criança por exemplo. Cada vez mais, temos casamentos desfeitos e só quem teve a felicidade de reconhecer a felicidade de ter nascido de um casamento nao desfeito é que pode entender que deve haver algo aqui que deve ter ajudado a que nao se desfizesse. Se não podemos controlar tudo, algo deve ter realmente ajudado. As pessoas que escolheram "viver noutras eras" tentam ao máximo quebrar todas estas "instituições", ou criando outras sobre estas, tolerando tudo o mais, de modo a que todos tenham o direito de serem quem são. Não passa de uma ideologia tambem e que tentam passar a todos, mas é uma ideologia de remendos, de fragmentos, e que se arrasta e cria mais fragmentos e remendos.

No final de isto tudo quero dizer que todos nós somos falíveis, todos erramos, todos temos entendimentos incorrectos em determinados momentos, todos queremos decidir sobre a nossa vida sem que ninguém nos chateie. Como é que então vamos viver neste mundo se não houve uma ordem reguladora? Está visto que as leis podem ajudar, a tecnologia e a ciência podem ajudar, mas olhem para o conteúdo desta internet que usamos hoje, que tipo de conteúdo é que encontram mais? Sexo e pornografia! E se este é o conteúdo mais dominante na internet, será que este pode definir as regras do jogo? Podemos procurar as causas, respostas, formas, modelos, e tudo o mais, ou podemos ver que é tudo por causa da nossa falibilidade, da nossa tendência para pecar.
Para quem acha que está tudo feito e decidido, como explicam o aumento exponencial de sites de pornografia, de sexo, de pedofilia, de crianças desaparecidas e exploradas sexualmente? Como? Estas pessoas que os produzem, não vêem as maravilhas da ciência?

:: rui :: disse...

Mais uma vez peço desculpa por alguns erros na estruturação das frases, mas isto realmente é demais. Não há separação da ciencia com a fé. Há separação sim para quem quer colocar a fé num canto e pôr a ciência a dominar o mundo.

Anónimo disse...

A fé na ciência vs a ciencia da fé.

As duas coexistem, ás duas se exige que evoluam por um mesmo principio, uma sociedade melhor.
As duas já provaram serem capazes das maiores atrocidades.
A existência humana não se sustenta sem nenhuma das duas ( a fé tb é uma necessidade biológica)
As duas, na sua íntrinseca natureza, andam mais perto do que se imagina.
Como em tudo, os extremismos são nefastos, tocam-se, e acaba tudo no mesmo saco.
Um saco escuro,bafiento onde reina a surdez do umbigo.

Cumprimentos, Filipe

Anónimo disse...

Mas, quais foram as atrocidades da ciência?

Artur Figueiredo

Anónimo disse...

Rui, és um verme. Rasteja de volta para a igreja que o teu deus vai apreciar o sacrifício.

Misturas pornografia e pedofilia e para ti é a mesma coisa. Tens um sentido moral completamente distorcido. Tenho pena. A porcaria da religião fodeu-te a cabeça. E aposto que até tremeste com este "fodeu-te". Os católicos tremem com tudo o esteja relacionado com sexo. É algo pecaminoso, de uma maneira confusa que nenhum religioso consegue explicar bem.

O rui acha que sem a moral cristã, o Mundo iria transformar-se num antro de pedofilia e pornografia. Isto diz bastante do ser que é o rui. O rui não é pedófilo porque a pedofilia vai contra a lei de Deus, e o bom rui não quer ir parar ao Inferno.

Anónimo disse...

ahahah

eu sou ateu e não sou pedófilo!!!!

:: rui :: disse...

>> Obrigado por mais uma oportunidade para responder.

Rui, és um verme. Rasteja de volta para a igreja que o teu deus vai apreciar o sacrifício.

>> Primeiro que tudo, não está escrito em nenhum lado que eu pertenço a alguma igreja. E se pertencesse, essa não me iria obrigar a rastejar, de certeza. E Deus está muito contente por estar aqui a responder-lhe.

Misturas pornografia e pedofilia e para ti é a mesma coisa.

>> Realmente não são a mesma coisa, por isso têm dois nomes diferentes, mas ambas são bastante perturbantes, mesmo para quem nao tem fé em Deus, ou não?

Tens um sentido moral completamente distorcido. Tenho pena.

>> O que lhe faz dizer que tenho um sentido moral distorcido? Em relação a quê? A si? Certamente, tenho um sentido contrário ao seu, mas isso não quer dizer que seja distorcido. Apresente-me a sua base de entendimento e pode ser que eu esteja errado.

A porcaria da religião fodeu-te a cabeça. E aposto que até tremeste com este "fodeu-te".

>> O que me treme é que existem pessoas que estão tão pouco desenvolvidos mentalmente e que tudo serve para se defenderem de nem sabem bem o quê.

1Colossenses 3:18 Ninguém se engane a si mesmo; se alguém dentre vós se tem por sábio neste mundo, faça-se louco para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia;



Os católicos tremem com tudo o esteja relacionado com sexo. É algo pecaminoso, de uma maneira confusa que nenhum religioso consegue explicar bem.

>> 1Timóteo 4:3 Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus;


O rui acha que sem a moral cristã, o Mundo iria transformar-se num antro de pedofilia e pornografia.

>> O mundo da internet está a transformar-se numa desses antros, vivemos paredes meias com esse mundo. E como o mundo da internet é feito de pessoas que vivem no mundo, o resto do mundo está a caminhar para lá. Talvez as coisas não estejam mal para si, e não estou a dizer que seja, mas vejo que está a ficar mal para muitas pessoas.

Isto diz bastante do ser que é o rui. O rui não é pedófilo porque a pedofilia vai contra a lei de Deus, e o bom rui não quer ir parar ao Inferno.

>> Se vir realmente o que escreveu, pode ser que consiga perceber que isso também se pode aplicar a si, mas como não quero afirmar com certeza, gostava de lhe lembrar que temos todos uma natureza pecadora, por via do pecado de Adão, o primeiro homem, que a partir daí, introduziu a morte. Para evitarmos cometer pecados, temos uma maneira, que é através de Jesus Cristo. É completamente racional a cruz de Cristo e o sangue que derramou para libertar dos pecados de todos. Ele já fez o trabalho todo, nós só precisamos de acreditar n'Ele e pedir perdão de cada vez que cometermos uma falta. E Ele é especialista naquelas mesmo muito graves, aquelas que ninguém imagina ser possível haver recuperação possível. E ninguém tem este poder senão Ele. Eu tinha um "coach" americano uma altura, um dos melhores do mundo, com os melhores "assessments" (testes de conhecimento próprio), fiz cerca de uma dúzia deles, e no final percebi que tudo não passava de uma auto-justificação para continuar a fazer o que queria e sem saber bem como, a minha vida piorou bastante. Percebi que estava em negação daquele que me criou e que justifica mesmo aqueles que O negam. Ele controla tudo, e no entanto, quer o melhor para todos. Para si também.

Anónimo disse...

Ó meu invertebrado, diz-me lá qual é o grande mal da pornografia? Dá-me a volta ao estômago pensar que existem pessoas como tu que a comparam à pedofilia.

És um fanático. Não pensas pela tua cabeça, justificas as tuas opiniões com passagens da Bíblia. Pessoas como tu são a causa dos maiores males no Mundo neste momento. Algures no médio oriente alguém como tu está a pensar fazer-se explodir como mártir porque o Corão lhe diz que 77 virgens estarão à sua espera no Paraíso.

És um doente. Só um doente segue a Bíblia nas suas opiniões/acções.

Revelation 21:8
But the fearful, and unbelieving, and the abominable, and murderers, and whoremongers, and sorcerers, and idolaters, and all liars, shall have their part in the lake which burneth with fire and brimstone: which is the second death.

Matthew 5:17-18
Do not think that I have come to abolish the Law or the Prophets; I have not come to abolish them but to fulfill them. I tell you the truth, until heaven and earth disappear, not the smallest letter, not the least stroke of a pen, will by any means disappear from the Law until everything is accomplished.

Exodus 21:17
Anyone who curses his father or mother must be put to death.

Exodus 22:19
Anyone who has sexual relations with an animal must be put to death.

Exodus 31:14
Observe the Sabbath, because it is holy to you. Anyone who desecrates it must be put to death; whoever does any work on that day must be cut off from his people.

Leviticus 20:13
If a man lies with a man as one lies with a woman, both of them have done what is detestable. They must be put to death; their blood will be on their own heads.

Leviticus 24:16
Anyone who blasphemes the name of the LORD must be put to death. The entire assembly must stone him. Whether an alien or native-born, when he blasphemes the Name, he must be put to death.

Deuteronomy 13:6-10
If your very own brother, or your son or daughter, or the wife you love, or your closest friend secretly entices you, saying, "Let us go and worship other gods" (gods that neither you nor your fathers have known, gods of the peoples around you, whether near or far, from one end of the land to the other), do not yield to him or listen to him. Show him no pity. Do not spare him or shield him. You must certainly put him to death. Your hand must be the first in putting him to death, and then the hands of all the people. Stone him to death, because he tried to turn you away from the LORD your God, who brought you out of Egypt, out of the land of slavery.

Anónimo disse...

Tipo simpático, o Jesus.

Bom, Rui, suponho que achas que as pessoas que não respeitem a santidade do Domingo devem ser mortas. A autoridade de Jesus Cristo assim o diz.

Tal como defendes que eu deva ser morto, que vou blasfemar o nome de Deus agora: o Deus em que acreditas é o personagem mais infantil, egoísta, egocêntrico e desagradável que existe. Ups, ya o tipo não existe.

:: rui :: disse...

Lopes, tenho a impressão que estás a levar isto longe demais. Não comparando a pornografia com a pedofilia, acho que há um grande mal nas duas práticas, e tenho mais repúdio pela pedofilia, já que envolve crianças inocentes.

Foste buscar o Corão e no entanto, o Corão não apresenta uma forma de salvação mais próxima, já afirmei que no Islão, as pessoas procuram salvar-se com actos (trabalhos). Na Bíblia, diz que Jesus já fez o trabalho todo! Todo!

Romanos 5:6-9 Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo homem bondoso alguém ouse morrer.
Mas Deus dá prova do seu amor para connosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

Nas minha palavras eu digo, Ele já fez o trabalho todo. Ele morreu por nós para nos livrar das faltas, das omissões, da nossa natureza pecadora.

João 15:7 Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito.

Lopes, a questão é que a nossa natureza pecadora por vezes não nos deixa ver algo mais, e acredita, que ninguém opera maior transformação numa pessoa que Jesus Cristo. É maior que o amor de uma pessoa por outra. Embora este amor de uma pessoa por outra nao se possa tocar, este pode causar um bem-estar. Mas, se estamos em falta, esta outra pessoa pode não nos perdoar. Jesus perdoa todos. Sem excepção.

João 3:16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

É normal que uma pessoa ande confusa quando vê algo diferente. O que não é normal é que ao ver algo diferente, queira continuar confuso e não querer saber mais.

Tit 1:16 Afirmam que conhecem a Deus, mas pelas suas obras o negam, sendo abomináveis, e desobedientes, e réprobos para toda boa obra.

Espero que tenha mais tento na forma como se expressa, pois há limites para estas discusões. Ninguém o está a tratar mal, simplesmente estou a mostrar-lhe que esteja a cair em situações com as quais pode arrepender-se mais tarde.

Uma noite descansada.

Anónimo disse...

Pensa um bocadinho e objectivamente diz lá qual é o mal da pornografia?

Ouve lá ó Rui, e porque raio é que consideras verdade o que a Bíblia diz? A Bíblia está cheia de disparates, como aqueles que enunciei acima. Foi escrita há 2000 anos, num tempo de profetas, messias e milagreiros. A veracidade das histórias lá relatada é altamente questionável, incluindo o facto de ter alguma vez existido um homem chamado Jesus.

Enfim.

Anónimo disse...

"Observe the Sabbath, because it is holy to you. Anyone who desecrates it must be put to death; whoever does any work on that day must be cut off from his people."

Queres que acredite neste deus, que me quer ver morto por não frequentar a missa ao domigo? :>

Tens que reconhecer que o tipo consegue ser desagradável.

És um idiota.

Idiota.

Anónimo disse...

Posso arrepender-me mais tarde destas coisas que digo? Ahaha .. Mais tarde quando? Quando morrer e ir parar ao Inferno? :>

É uma diferença entre mim e ti, o medo de uma eternidade de sofrimento não condiciona minimamente a minha vida.

És um coitado. Não existem fantasmas, nem espíritos, nem almas. Aproveita esta vida que é a única que existe.

Anónimo disse...

Não me estou a portar com classe. Peço desculpa, Rui. Mas o facto é que me pareces um tipo minimamente inteligente e no entanto a religião e a fé têm o efeito que têm em ti. E tantas, tantas pessoas, como tu. Óbvio que compreendo o porquê, mas não aceito e não me consigo manter calado.

Anónimo disse...

Atrocidades da ciencia: a bomba atómica por exemplo.
Sim, eu sei..foram os homens que a deflagraram.Assim como a religão..é materializada por homens.

Filipe

Anónimo disse...

São os homens que materializam as ideias. De acordo. E fazem-no através do conhecimento.

Neste sentido parece que o Homem 1470, anterior ao Homo Erectus, é o responsável pela intifada pois supõe-se que fabricou os primeiros utensílios em pedra.
E, os sumérios serão os responsáveis por todas as atrocidades perpetradas pelas religiões desde há mais de cinco mil anos, inclusive a católica, pois foram eles que nos deixaram os primeiros registos de escrita ideográfica, mais tarde também com sinais fonográficos, e sem os quais as crenças nunca teriam o papel que lhes conhecemos hoje.

Mas, este raciocínio é perigoso sobretudo para os crentes. É que não resta espaço para Deus, é tudo resultado do conhecimento.

Mais, levado ao extremo, estávamos aqui a defender que nos devíamos ter mantido pelo menos australopitecos e limitávamo-nos a materializar a ideia do almoço.

Nesta questão da responsabilidade pelas atrocidades, independentemente do ponto de vista, continuo a encontrar talvez uma pequeníssima diferença, que para mim faz toda a diferença.

A bomba atómica não foi "lançada" pela ciência para exterminar os opositores da ciência. As cruzadas, as perseguições aos judeus, ou as atrocidades cometidas em nome da evangelização foram executadas para acabar com os ateus e com os crentes de outras fés.

A História é o que é, não conseguimos reinventá-la de modo a ficarmos mais confortáveis com a nossa consciência.

Artur Figueiredo

Anónimo disse...

Deus é luz. Mesmo assim tem de curvar-se perante a grandeza da ciência

Anónimo disse...

Um livro muito interessante é o Star light and Time, do físico americano Russell Humphreys. Está na amazon. O mesmo mostra que a teoria da relatividade e as observações astronómicas podem ser compatibilizados com a ideia de que o Universo foi criado em 6 dias.

Anónimo disse...

Convém precisar a coisa porque, como sabemos, as coisas, frequentemente, não são o que parecem.

Os seis dias incluem o feriado e a ponte, que foram utilizados para trabalho intelectual (redefinição de estratégias) e o próprio dia da inauguração.

Como à época só o trabalho físico era reconhecido, o Senhor recebeu somente três malgas de sal como remuneração, estando nós em presença de uma injustiça nunca remida e que continua a ser perpetuada até aos nossos dias.

Com o plano tecnológico do Sr. Sócrates a ideia é vir a fazer isto em seis horas. A ver vamos!

Artur Figueiredo

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